Fotos de possível UFO no Paraná são contraditórias, segundo especialista

Caso relatado como sendo de outubro de 2011 foi questionado

Paulo R. Poian

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Detalhe de uma das imagens que mostrariam um objeto não identificado
Créditos: Jefferson Nascimento

“No dia 23 de outubro de 2011 fui trilhar subindo um dos cumes da serra do mar no Paraná, estado onde resido, e notei próximo às nuvens um objeto marrom grande. Após tirar a primeira fotografia, logo bati outra e quando estava para tirar a terceira, ele não estava mais lá. Essa serra [Serra do Capivari] fica próxima a represa do Capivari e os cumes são três. O do Capivari Mirim dá para subir de carro e ficam instaladas várias antenas de telecomunicações a mais ou menos 800 m de altitude. Então segue o Capivari Médio e o Capivari Grande. A chegada é por trilhas, pela mata atlântica ou escalada, e seu topo está a mais de 1600 m de altitude, apenas com risco de caminhos perdidos.”

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Assim está relatado o suposto avistamento, recebido pelo Site de Curiosidades, onde estão as fotos originais disponíveis.

crédito: Jefferson Nascimento

A imagem do topo do cume, onde aparece um possível obejto não identificado

Uma das imagens captadas do possível objeto não identificado flagrado pelo narrador da ocorrência. Acesse em maior resolução clicando aqui

No entanto, assim que o veterano coeditor da Revista UFO e diretor do Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (INFA) Claudeir Covo – especialista em análise de imagens ufológicas – lançou seus olhos sobre as imagens, percebeu inconsistências e contradições relevantes.

“Na segunda foto, onde aparece o homem, pelas nuvens, verifica-se que são locais do céu completamente diferentes. Observe que ele não está olhando para o objeto e sim para outro lado. As fotos foram batidas em 20 de maio de 2008 e não em 23 de outubro de 2011. Basta verificar no Exchangeable Image File Format [Formato de Arquivo de Imagem Permutável, EXIF], salientou Covo.

“Parece que o relatante não sabe que as fotos eletrônicas tem as informações EXIF. Ele diz que bateu a segunda foto logo em seguida, mas houve um intervalo de cinco minutos e 30 segundos. As duas fotos foram batidas com foco infinito, mas o objeto está totalmente fora de foco, nas duas fotos. Ele diz que estava na serra, local onde há muitos insetos, não viu nada e sem querer registrou um inseto (no caso dois) em suas imagens”, finalizou o decano ufólogo.
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