No dia 20 de março de 1986, os astrônomos Rodrigo Campos e Renê Laporte, do Observatório de Brasópoiis, sul de Minas Gerais, ao fotografarem a passagem do Cometa Halley com um telescópio de 600 milímetros, certamente sem se darem conta, acabaram fotografando próximo à silhueta do Halley, ou em sua direção, dentro do campo visual do telescópio, um UFO.
A foto, sensacional, foi publicada na revista. Afinal, edição de 15 de abril do mesmo ano, à página 12, como parte ilustrativa da reportagem especial de Ari Schneider sobre a passagem do Cometa Halley. Nesta foto, o UFO pode ser visto nitidamente na parte inferior do quadro, ou seja, pouco à frente do próprio cometa. O UFO tem formato semelhante a muitos outros já fotografados em todo o mundo, com cúpula e forma discóide. Um exemplo é a foto obtida na Inglaterra em 1954 por Cedric AIlingham. Tal foto guarda uma identidade muito semelhante à obtida acidentalmente em Brasópolis.
MAIS SEMELHANÇAS – George Adamski, em 1952 nos Estados Unidos, e o arquiteto Hugo Luyo Vega, em 1973 em Lima (Peru), tiveram oportunidade de fotografar objetos voadores não identificados. A exemplo da foto feita na Inglaterra, também as fotos obtidas por estes dois personagens conhecidos na Ufologia internacional assemelham-se incrivelmente à foto do UFO feita pelos astrônomos no sul de Minas.
Entretanto, para muitos leitores da Afinal, tal detalhe na foto de sua página 12 sobre o Halley passou inteiramente despercebido. Acontece que o objeto aparece junto ao \’núcleo\’ do cometa, porém a foto foi publicada em posição de melhor destaque para o astro, ou seja, de cabeça para baixo. Invertendo-se simplesmente a foto, torna-se possível visualizar perfeitamente o UFO, ainda que ligeiramente fora de foco (UFO apresenta a foto de Brasópolis na melhor posição para a observação do objeto flagrado).
UFO ou não, o fato é que, até o presente, ninguém se manifestou para “desmascarar” a foto. Em agosto de 1986, por exemplo, num programa a respeito de discos voadores levado ao ar pela TV Educativa do Rio de Janeiro, apresentei pessoalmente a foto ao público e lancei um desafio a quem conseguisse provar que o que aparecia na foto tratar-se-ia de outra coisa, menos de um autêntico UFO. Lancei o desafio inclusive aos astrônomos Rodrigo Campos e Renê Laporte, mas até o presente, absolutamente ninguém apresentou qualquer resposta ao mesmo. Aos seus autores, enviei a foto com um breve artigo comentando-a, e até hoje não obtive resposta. Assim, aplicar o ditado de “quem cala consente” pode ser uma boa resposta às minhas indagações…
OPINIÃO DE UFÓLOGOS – Levei minhas observações sobre a foto a diversos pesquisadores conhecidos nacionalmente. Entre estes, apresentei a foto ao Dr. Walter Karl Buhler, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos sobre Discos Voadores (SBEDV), do Rio de Janeiro (veja UFO nº 1 a respeito). Ao acusar o recebimento de meu estudo, o Dr. Buhler comentou que “a foto obtida em Brasópolis apresenta nitidamente um disco voador no campo ótico do telescópio”, e acrescentou que a descoberta tem grande valor.
Essa é a opinião de um dos mais ilustres e renomados ufólogos do mundo. A ufóloga carioca Irene Granchi, (entrevista desta edição de UFO) chegou a mencionar o estranho fato de um UFO surgir numa foto astronômica, na revista PSI-UFO.
Mas existem opiniões contrárias, também. O engenheiro Claudeir Covo, conhecido nacionalmente por seus trabalhos com fotografias e vídeo (produtor dos primeiros lançamentos nacionais sobre ufologia em videocassete, UFO Vídeo l e 2 – veja à página 26 e 27 desta edição), especialista em análises de fotos de UFOs, tem opinião de que a imagem do UFO na foto não seja nada além do conhecido reflexo da lente (lens flare) na câmara fotográfica, que tantas fotos de pretensos UFOs foi responsável por produzirem meio às mais adversas condições.
Sua opinião, entretanto, choca-se com as análises feitas por outros especialistas, entre eles o próprio Dr. Buhler, mas, caso seja autêntica a foto, seu valor será confirmado como inestimável, visto ter a mesm a sido obtida por um órgão ligado ao governo federal e, neste caso, assume a característica de “caráter oficial”, incontestavelmente.
A questão, portanto é: Como explicar que um simples reflexo de lente possa ser tão caprichoso ao ponto de desenhas um autêntico UFO? A questão encontra-se em aberto…