Imagine um conjunto de rochas graníticas que evidenciam interessantes gravuras pré-históricas bem no interior do Estado de Goiás. Uma ficção? Pelo contrário! Há no município de Mara Rosa, a 380 km de Goiânia, desenhos rupestres que estão despertando a curiosidade de exploradores, arqueólogos e geólogos. São inscrições em fundo relevo, situadas na Fazenda Santo Antonio, que caracterizam seres desconhecidos e místicos, desenhos de luas, planetas e até a posição do Sol. Para os espeleologistas e ufólogos da Associação de Pesquisas Ufológicas de Goiás (APU), que realizaram uma expedição à região de Mara Rosa, essa descoberta representa um mistério até então inexplicável para a Ciência. Este autor acredita que as civilizações que ali viveram fizeram as gravuras com inspiração em ETs. As imagens são de seres que têm sua cabeça em forma de capacete e suas vestes semelhantes a roupas de astronautas.
Segundo o acadêmico de Geografia da Faculdade de Pires do Rio (GO), Anderson da Silva, a idade dos desenhos e escritos é difícil de precisar, porém bem antiga. “Quem desenhou tais símbolos já sabia que o homem não era o centro do Universo pela própria disposição das imagens. Seus autores podem ser civilizações indígenas avançadas”, disse Silva. Outro estudioso que se encantou com a região desde a primeira viagem foi o pernambucano Reni de Freitas Bezerra, descendente de índios e membro da Associação para Exploração de Cavernas e Elevações (AECE). Bezerra conta que desde pequeno aprendeu a olhar a natureza de uma forma diferente do homem branco e também tem sua opinião sobre os desenhos. Depois de várias discussões com seus colegas, concluiu que as gravuras maiores representariam quatro pessoas e as menores poderiam indicar o alinhamento dos planetas, conforme mostrado nas fotos deste artigo.
Ao mesmo tempo, Silva acredita que os escritos são revolucionários. “Os dados relatam a existência de um décimo planeta em nosso Sistema Solar, uma conclusão que só agora está sendo levada a sério por cientistas”, argumentou. As inscrições rupestres de Mara Rosa dão asas à imaginação dos visitantes. A presença de uma chave logo abaixo das legendas principais na rocha conferiu à expedição ares de mistério. “Talvez esta chave seja a abertura de um túnel que dá acesso a algum outro lugar\’\’, indagou o estudioso Anderson.
A APU admite que alguns indígenas, que nem roupa usavam, não poderiam fazer tais desenhos sem tê-los reproduzido de alguém ou de alguma coisa. Este autor crê que foram seres de outro planeta que desceram na região há muito tempo atrás e foram admirados por uma civilização avançada que lá existia, talvez nos mesmos níveis que os incas, astecas e maias. Este argumento é sustentado pela intensa casuística ufológica que atinge toda a região. Muitas pessoas do local já avistaram UFOs em diversas circunstâncias, entre elas a senhora Rosalina Correia Mendonça, atual proprietária da Fazenda Santo Antonio. Ela relatou que por várias vezes pôde observar estranhas luzes esverdeadas sobrevoarem as pastagens de suas terras. Essas luzes teriam, de acordo com a fazendeira, cerca de 40 cm de diâmetro e foram observadas de longe. Somente um dia Rosalina teve coragem de ir bem perto de onde o objeto luminoso estava, ficando a aproximadamente 200 m de sua posição. “A luz passou sobre o pasto bem devagar e desceu no rumo das rochas com as gravuras”, declarou a testemunha aos pesquisadores.
Um avistamento com características semelhantes também ocorreu a Paulo André Resplandes. Ele conta que em maio de 1997, retomando do povoado de Amarolândia (GO), por volta das 02h00 da madrugada, viu algo nas proximidades das rochas graníticas. “Era uma luz ofuscante de cor avermelhada, liberando raios esverdeados na parte inferior, a uma altura aproximada de 25 m”, disse Resplandes. A senhora Divina Eterna Miranda, nora de Rosalina, também já testemunhou coisas estranhas em Mara Rosa. Disse que quando estava sentada na porta de sua casa, avistou a mesma luz que sua sogra viu. O objeto visto por Divina corresponde, em descrição, ao observado por Rosalina. Ambas são moradoras do local e demonstram respeitar muito o aspecto místico da região.
O arqueólogo Paulo Jobim, que pesquisou os desenhos nas rochas em Mara Rosa, disse que as figuras foram feitas por indígenas pré-históricos que viviam da caça e coleta de alimentos na antigüidade. “Este tipo de gravura aparece também no Nordeste e se chama Subtradição Itaquatiara”, comparou. Segundo o profissional, é importante a realização de um estudo mais detalhado dos fósseis e outros materiais encontrados na região, a fim de se entender a história do povoamento de Goiás. Entre outras coisas, Jobim aponta as principais características da Subtradição Itaquatiara. De acordo com o estudioso, a mesma seria composta por desenhos com linhas curtas, gravuras em forma de cúpula e figuras que parecem humanas.
As surpreendentes gravuras em rochas graníticas formam um verdadeiro sítio arqueológico, situado a apenas 22 km do centro do município de Mara Rosa. Desde 1977, o Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (UFGO) vem estudando a região e todos os seus recursos arqueológicos. De lá para cá, centenas de outros interessados já visitaram o local, que é de fácil acesso ao público. Apesar de não serem tombados, os símbolos estão sob proteção federal desde 1971, de acordo com a Lei n° 3.924.
Parque ecológico – O maior problema enfrentado pelas autoridades municipais e estaduais, entretanto, é a depredação intensa causada por pessoas que visitam o focal. O AECE, em intercâmbio com a Prefeitura Municipal de Mara Rosa, está concluindo um projeto que prevê a criação de um parque ecológico na região. Esta inic
iativa visa garantir a segurança das inscrições rupestres que ali se encontram, impedindo sua depredação. A idéia depende ainda da aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que não deve oferecer obstáculos para a proteção intensiva dos artefatos da região. Segundo constatamos, alguns garimpeiros têm tentado explodir as pedras para retirar o ouro que acreditam haver no local. Eles imaginam que as estranhas gravuras marcam uma região com um veio inesgotável do precioso metal [É comum, em certas regiões do Brasil, encontrar-se a lenda que relaciona desenhos em rochas com exploração de outro, diamante ou outros minerais. Em geral, tal tenda é chamada de Mãe do Ouro]. Mesmo assim, depois que o grupo esteve nessa localidade, em outubro passado, foram observadas marcas de depredação feitas por picaretas justamente na rocha onde se encontra o grande acervo de gravuras arqueológicas.
Nosso país é prolífico em sítios arqueológicos, espalhados por vastas áreas do Território Nacional. Mas no Estado de Goiás, tal acervo pré-histórico é riquíssimo. Em geral,figuras rupestres são encontradas em paredes de cavernas ou encostas de morros de rocha. Em Mara Rosa, no entanto, estão a céu aberto e podem ser examinadas por quem quiser. Neste instante, a Associação de Pesquisas Ufológicas de Goiás (APU) trabalha incessantemente na localização e análise de outros sítios similares. Acredita-se que o Estado tenha vários deles apenas aguardando serem descobertos. De sua exploração e investigação depende o integral conhecimento da ação de seres extraterrestres em nossa antigüidade.