Luzes e objetos não identificados agitam uma comunidade estabelecida numa fazenda próxima à cidade de Presidente Prudente, no oeste do Estado de São Paulo. Desde junho de 1994, integrantes das 14 famílias que compõem a Comunidade do Bom Pastor estão às voltas com misteriosas luzes no céu, que realizam manobras e até descem à altura do solo. As observações tiveram início depois que Ana Cristina Mouta, uma empresária de 34 anos e moradora da comunidade, ouviu um estranho zumbido numa noite de junho passado. Em seguida, durante alguns segundos, as luzes de sua casa diminuíram e oscilaram, e o telefone ficou mudo. Pensando tratar-se de um avião em perigo, já que a comunidade fica a apenas 2 km do Aeroporto de Presidente Prudente, Ana Cristina, não teve dúvidas e ligou para a torre de controle, sendo atendida pelo controlador de tráfego aéreo Henrique , 34 anos e 7 na função.
“O zumbido era contínuo e lembrava o barulho de um avião a jato”, disse Ana Cristina ao controlador, mas Henrique garantiu-lhe que nada via no céu e que telefonaria de volta para dar alguma resposta. Dentro de 10 minutos, o controlador de fato retornou a ligação, mas para dizer à empresária que o que ela estava ouvindo não era o barulho de ne-nhum avião. “Aquilo é um objeto voador não identificado”, disse Henrique à Ana Cristina, sem que essa tivesse tocado no assunto. Henrique não estava brincando: após receber a queixa da moradora da comunidade, contatou a base de Curitiba do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, o chamado Cindacta 2, ao qual o Aeroporto de Prudente está jurisdicionado, e obteve dos operadores de lá a informação de que não havia qualquer tráfego na área. Em seguida, Henrique muniu-se de um bi-nóculo potente e, em meio à escuridão das quase 21:00 h da noite, pôde ver um objeto estranho pró-ximo de onde Ana Cristina ouvia o zumbido.
“Aquilo era uma estrutura muito luminosa. Um objeto que ficava estático no ar, com várias luzes ao redor. Já vi esse tipo de coisa pelo menos outras 4 vezes e muitos outros colegas também”, declarou Henrique à Revista UFO, que esteve no local realizando levantamentos. A observação durou até quase 02:00 h do dia seguinte, por um período de quase 5 horas ininterruptos. Nesse tempo, Ana Cristina e Henrique trocaram dezenas de telefonemas, pois ela não conseguia ver o UFO, só ouvia o zumbido, e o controlador tentava indicar-lhe a posição do objeto. “Acordei outros moradores da comunidade e chegamos a subir na torre do moinho para tentarmos ver algo, mas nada conseguimos”, declarou Ana Cristina à UFO. De qualquer forma, aquilo seria apenas o começo de uma avalanche de observações que se repetiria em várias e várias noites depois dessa.
Luzes misteriosas — Dois dias depois desse incidente, porém mais tarde, pelas 23:30 h, os mora-dores da Comunidade do Bom Pastor estariam de novo às voltas com luzes misteriosas. E novamente teriam confirmações surpreendentes dos controladores de vôo da torre do Aeroporto de Prudente. Dessa vez, Ana Cristina conversou com Rafael, 30 anos e também 7 na função, que já sabia através de Henrique dos acontecimentos anteriores. De no-vo, a empresária dizia ao controlador de vôo que só con-seguia ouvir o tal zumbido, enquanto esse lhe garantia estar vendo, através de binóculos, um estranho objeto. “Era uma noite sem mo-vimento no aeropor-to, que estava quase fechado devido a um intenso nevoei-ro, mas vi um objeto em forma de elipse com uma parte azul e algo vermelho que girava em torno dele”, disse Rafael. O controlador explicou que pôde ver o objeto e Ana Cristina não porque estava no alto da torre de controle, sendo que o UFO estava acima das nuvens. Ana Cristina, no meio do nevoeiro, nada podia ver. “O curioso” – completa Rafael – “é que o UFO desaparecia num lugar para reaparecer noutro, em fração de segundos”.
A testemunha não teve dúvidas e ligou para a torre de controle do aeroporto de Presidente Prudente, sendo atendida por um controlador de tráfego aéreo de 34 anos e 7 na função. Dentro de 10 minutos, o controlador retornou a ligação para dizer à testemunha que o que ela estava ouvindo não era o barulho de nenhum avião.”Aquilo é um objeto voador não identificado”
Rafael e Henrique são funcionários da empresa Telecomunicações Aeronáuticas S.A. (TASA), que opera sob comando do Ministério da Aeronáutica, e trabalham no Aeroporto de Prudente há 7 anos. Ambos tiveram variadas outras experiências de avistamento de UFOs que, garantem, ocorrem em todas as torres de controle de tráfego aéreo do país mas são silenciadas pelas autoridades aero-náuticas. Embora o aeroporto local seja de pequeno porte – pois pousam apenas aviões do tipo Fokker 27/100 e ATR 42, das empresas TAM e Pantanal –, o registro de UFOs em Presidente Prudente é intenso. Rafael, que já viu UFOs outras 3 vezes, tem até uma teoria para explicar tamanha movimentação sobre o oeste de São Paulo: “Entre a região de Prudente e a cidade de Bataguassu, no Mato Grosso do Sul, há uma espécie de ‘cone de silêncio’ que inibe o funcionamento normal de rádios e outros aparelhos. Isso deve ser devido a fortes concentrações de minério radioativo na área – talvez urânio”. Pode não ser essa a explicação para o fenômeno, mas o fato é que algo de muito sério está acontecendo em toda uma vasta região, e as autoridades aeronáuticas bem sabem.
Há alguns anos, um avistamento chocante aconteceu no mesmo aeroporto e nunca foi divulgado. Segundo Henrique – que até algum tempo atrás chegou a manter um registro particular de todos os casos de UFOs de que tinha conhecimento –, um avião cargueiro da TAM teve seu pouso adiado devido à movimentação de um objeto voador não identificado sobre a área do aeródromo. O avião, um Fokker 27/100 de prefixo TAM 556, vinha para pouso em Prudente quando o comandante informou pelo rádio que via um objeto luminoso à esquerda da aeronave. Na torre, Henrique também confirmou a observação do objeto e trocou in-formações com o comandante, que decidiu desviar sua aeronave e rumar em direção do UFO. O Fokker ficou cerca de 5 minutos no encalço do objeto, o que permitiu a tripulação uma boa observação. Em seguida, pousou e o comandante foi até a torre de controle trocar idéias sobre o caso com os funcionários. “Naquela noite, o comandante descreveu vários casos de UFOs que viveu pessoalmente. Foi fantástico”, declarou Henrique à UFO. Não duvidamos!
Luzes coloridas — A observação desse objeto demorou alguma coisa perto de 2 horas, e o comandante disse que se tratava de um “jogo de luzes coloridas. Mas não pude ver direito devido as nuvens”. Henrique e Rafael parecem ver sempre
o mesmo tipo de objeto na região, mesmo através de potentes binóculos. Mas garantem que o radar do Cindacta 2 não capta a presença do intruso sobre Prudente – “ou diz que não capta”. Em várias ocasiões, as declarações de observação dos UFOs vêm de testemunhas situadas em diferentes localidades, como nos casos de junho passado, presenciados pelos moradores da Comunidade do Bom Pastor e por pessoas em outras cidades – inclusive um médico em Presi-dente Venceslau, que pediu para permanecer anônimo. “O objeto era um jogo de luzes intermitente, presas a um objeto muito bonito”, declarou Henrique sobre os acontecimentos, completando que a velocidade do UFO ía de média a grande, quando não estava parado sobre algum lugar.
Noutra ocasião, vários controla-dores da torre de Prudente puderam ver juntos um outro objeto. Era por volta das 06:00 h quando, junto do surgimento do sol, um estranho objeto luminoso aparecia no final da pista de pouso e decolagem. Era uma luz intensa e multicolorida que foi se deslocando até posicionar-se em direção oeste, justamente na área do ‘cone do silêncio’ ao qual Rafael se referiu. “Parece que esses objetos ficam estabilizados sobre algum ponto, reabastecendo-se de algum tipo de energia. Estão sempre no mesmo local”. Não são apenas Rafael e Henrique que estranham tamanha movimentação de UFOs sobre aeroportos. Seus colegas e superiores também [Editor: veja matéria sobre o assunto na última edição de UFO, n° 34, onde um controlador de vôo de Belo Horizonte faz interessantes declarações]. O comportamento destas naves é peculiar, especialmente sobre aéreas estratégicas ou militares. Assim, aeroportos, bases aéreas, quartéis de todos os tipos etc são pontos freqüentemente visitados por UFOs. Um exemplo é o complexo aeronáutico de São José dos Campos, próximo ao litoral norte de São Paulo. “Lá, a movimentação de UFOs é constante, o tempo todo”, garantiu Rafael.
Noites de vigília — De qual-quer forma, muita gente já está bem acordada para o Fenômeno UFO. Na Comunidade do Bom Pastor, por exemplo, os moradores passaram várias noites em vigília a espera das luzes não identificadas – e tiveram êxito em muitas delas. Desde junho passado, vêem luzes ora estáticas, ora em manobras no céu. E pelo menos em 2 ocasiões viram sondas vermelhas encostadas no solo, a não mais de 500 m de distância da sede da fazenda. As sondas eram semi-esféricas e estavam próximas à uma mata limítrofe da comunidade, que fica numa área bucólica e silenciosa. Pela noite, quando os moradores estão dispostos, ficam horas aguardando os objetos com binóculos, câmeras e muito café quente. A comuni-dade é eclética e composta por pessoas de várias formações – advogados, empresários, bancários etc –, sendo que todos têm em comum a fé cristã, embora não professem qualquer religião específica. Ana Cristina, por exemplo, é proprietária de uma escola em Prudente e nunca tinha visto UFOs antes de junho. “Para mim, foi uma surpresa saber pelos controladores da torre do aero-porto, que hoje são meus amigos, que aquele zumbido era de um UFO. Eu achava que fosse de um avião em perigo”.
A líder espiritual da comunidade, Maria Adelaide Goulart P. F. de Souza, conhecida como Dê, disse que nunca viu nada de significativo nessa área, mas que seu grupo tem tido experiências muito interessantes. “Como pode tanta gente ver du-rante horas aqueles objetos no céu?”, indagou à Revista UFO. Seu filho, o administrador Valter Bueno, 31, é um que teve suas próprias observações, ao lado de outros membros da comunidade, entre eles o empresário José Messias Xavier, 40, e o gerente de banco João Minucelli, 41. “O fenômeno é muito bonito e qualquer um pode ver, se tiver sorte de estar uma noite clara e os objetos também estarem lá”, garantem. A Revista UFO tem conhecimento de vários grupos e comunidades como essa que, em diversas regiões, reúnem-se para observar o céu e conseguem sucesso em observar UFOs. Por enquanto, no entanto, apenas algu-mas declararam isso abertamente, entre elas a Comunidade do Bom Pastor.