Finalmente, um dos grandes mistérios que povoam o imaginário humano, foi espetacularmente desvendado: a não existência dos OVNIS (Objetos Voadores não Identificados). A grande conclusão se deve a falta de provas concretas, devidamente documentadas, exigidas por estudiosos e pesquisadores céticos, juntamente com ufólogos e ufófilos cansados de esperarem uma aterrissagem fenomenal, com as justas evidências da materialidade do objeto em questão, como número de série, modelo, ano de fabricação e, consequentemente, um atestado de vida de seus tripulantes com alguma identificação: chip, passaporte intergaláctico ou algo semelhante para provar que não é holografia ou fruto de puro ilusionismo Copperfieldiano. Além disso, exigem fotos, de preferência tiradas com uma polaróide digital, para não deixar dúvidas sobre photoshop. Finalmente, a presença fundamental de testemunhas idôneas, previamente testadas por avaliação antidoping, bafômetro, certidão de sanidade mental e para não haver dúvidas, um exame de fezes comprovando que nenhuma substância \”não ética\” foi ingerida ou digerida \”indevidamente\”. As testemunhas não poderão ter nenhuma vinculação política, religiosa e, principalmente, não serem filiadas a nenhuma editora de publicação ufológica (só tem uma, não?).
Devido a essa falta de provas materiais, a grande ré dessa \”via crucis\”, a Ufologia, está entrando em depressão… Como uma mãe amorosa, que acolhe a todos que possuem um ideal, a busca da verdade, do crescimento e da evolução através de seus preceitos, de seus acervos conquistados com muita luta e dedicação de cada um de seus \”filhos ideológicos\”, ela, a Ufologia brasileira, está sendo ultrajada e desmerecida, pois foi solidificada por grandes nomes e grandes \”Homens\” verdadeiramente idôneos, que bastavam uma palavra, na época em que a honra e a honestidade valiam mais do que mil argumentos inquestionáveis…
Homens e \”Mulheres\” como o General Uchôa, Dr. Silvio Lago, Dona Irene Granchi e muitos outros, que vinham a público, em uma tremenda exposição de suas funções profissionais, com a missão de passarem informações e vivências, que poderiam ser tranquilamente investigadas, avaliadas e julgadas, sem se preocuparem ou se intimidarem com \”o que os outros iriam pensar\”, pois um verdadeiro pesquisador não se importa com isso, se seus relatos são aceitos ou não, pois ele busca a fonte dos fenômenos, o material de trabalho, a divulgação para futuras análises, não a veneração de seu \”Ego”, o medo de se expor, de errar, de ser criticado, criando assim, um escudo, um casulo que encobre sua visão para além de suas próprias limitações…
Amigos, espero que entendam esta crítica meio desvairada, mas é o meu jeito de escrever e de ver dramatizadamente a situação em questão. Não é por descobrirem uma fraude fotográfica, ou quererem abalar as bases de casos sérios, com inconsequentes depoimentos, ou inserirem descrédito em tantos outros, faltando ousadia e coragem para agirem assertivamente, com medo do erro, da retratação, do \”pedir desculpas\”, que a Ufologia será abalada como desejam muitos que se passam por incrédulos, mas que na verdade, sabem o valor de uma possibilidade, ou apenas de um vislumbramento otimista na existência da vida em outras paragens desse imenso e indecifrável cosmos, desse universo infinito, que diante de sua grandeza conhecida, nos torna invisíveis perante as outras dimensões espaciais…
Se não existir vida em outros orbes, a evolução humana estacionaria e todas as crenças religiosas cairiam por terra, pois a humanidade seria uma mera obra do acaso. E o criador, essa inteligência que permeia e expande sua criação nos seus aspectos físicos, mentais, emocionais e espirituais, não seria exclusivo da raça humana. Espirituais? Se não existir outras vidas, como existiriam os espíritos? Imaginem a religião em crise, a humanidade perdida em seus valores morais, a materialidade e o animalismo tomando conta do planeta… A falta de perspectiva, o fim dos sonhos, o caos da nulidade humana… E onde estariam os céticos e seus seguidores? Em comemoração? Felizes? Certamente que não… Além dos rótulos, existe algo dentro deles, o medo, a esperança, a solidão. Eles, com certeza, não gostariam dessa notícia, e tb perderiam a função maior de suas vidas: guerrear e derrubar os que buscam na sua \”humanidade\” a capacidade de sonhar, de imaginar, de crer em algo muito maior do que os erros e as virtudes humanas, pois com certeza, o homem sábio \”sabe\” que essa capacidade de vislumbrar, sonhar e criar é dom do Criador em nós, e através disso, começamos a perceber, que só conheceremos mais um pouco de nós mesmos e do universo que habitamos, quando não mais nos limitarmos aos nossos cinco sentidos, soltando as amarras da nossa percepção, da nossa criança interna, da nossa verdadeira essência, sabendo ver, muito além da tridimensionalidade que ainda nos embaraça a visão…
Como provar algo que não pertence a nossa dimensão? Por que essa mania de querer materializar a verdade, se ela é imaterial? Na\” verdade\”o que é a matéria? Nem nós possuímos matéria densa! É uma ilusão dos nossos sentidos…
Tudo é energia em movimento, como está \”constatando\” a física quântica.Por que não deixar fluir e separar o que pode dar frutos e o que deve ser descartado da pesquisa? Quando poderemos provar o improvável? O princípio da incerteza está aí… Uma partícula de divide em ondas quando existe mais de uma possibilidade… O observador, a consciência, pode modificar a experiência… Apesar de tudo isto, nada impede de acontecer um contato real, físico, um pouso, uma comunicação… Quem sabe? Tudo é possível.
É melhor parar por aqui, pois as idéias \”pipocam\” e creio que é melhor fazermos uma reflexão…
E para completar, não preciso dizer que o título desta matéria é apenas uma brincadeira, se de \”mau\” ou \”bom\” gosto, você pode decidir, mas, se teve paciência e chegou a ler até aqui, já valeu a \”intenção…\”
Elaine Villela