Cientistas descobriram um disco de poeira e rocha ao redor de um pulsar, um corpo celeste que surge dos restos da explosão de uma estrela. A descoberta é surpreendente porque é em discos assim que, acredita-se, nascem planetas. A própria Terra deve ter surgido de um desses discos, e os novos dados sugerem que mesmo estrelas mortas, como os pulsares, podem ter sistemas planetários. ”Isto mostra que a formação de planetas é realmente onipresente no universo. É um processo robusto, e pode acontecer em todos os tipos de ambientes inesperados”, disse o pesquisador Deepto Chakrabarty, astrofísico do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Detalhes do trabalho serão publicados na edição desta quinta-feira da revista Nature.
Usando o telescópio infravermelho Spitzer da NASA, cientistas do MIT observaram a radiação liberada pelo disco de destroços ao redor de um pulsar jovem, a 13.000 anos-luz da Terra. O pulsar já foi uma estrela gigante, que “morreu” numa explosão nova há 100.000 anos. Os cientistas não viram planetas em formação no disco, mas acreditam que o material necessário está presente. Em 1992, outro grupo de cientistas havia detectado planetas ao redor de um outro pulsar, mas não viram o disco de poeira e não puderam determinar como os mundos haviam surgido.