A estrela é uma variante rara de uma Wolf-Rayet, que são astros massivos que perdem suas camadas externas de hidrogênio e hélio em ventos fortes
A nova estrela, chamada WR 142b, tem um campo magnético de cerca de 43.000 Gauss, que é mais de 10.000 vezes mais forte que o campo magnético do Sol. O astro também é muito quente, com uma temperatura superficial de cerca de 50.000 graus Celsius.
A descoberta do WR 142b foi feita por uma equipe de pesquisadores do NOIRLab, da National Science Foundation, usando dados de vários telescópios ao redor do mundo, incluindo o Telescópio Canadá-França-Havaí (CFHT), em Maunakea.
A equipe usou a espectroscopia para medir seu campo magnético, que afeta a forma como a luz é emitida ou absorvida pelos seus átomos. Eles também estimaram sua massa e a idade estudando a sua órbita em torno de outra estrela, em um sistema binário.
A equipe acredita que WR 142b é um objeto muito incomum e raro, e que pode ser o precursor de um magnetar, que é um tipo de estrela de nêutrons com um campo magnético extremamente poderoso. Estrelas de nêutrons são restos de sóis massivos que explodem como supernovas no final de suas vidas.
Acredita-se que os magnetares tenham campos magnéticos de até 1 quatrilhão de Gauss, que são tão fortes que podem afetar a estrutura da matéria e do espaço ao seu redor. No entanto, a origem dos magnetares ainda não é clara e o WR 142b pode fornecer algumas pistas.
“Este é um cenário muito específico e levanta a questão de quantos magnetares vêm de sistemas semelhantes e quantos vêm de outros tipos de sistemas”, disse André-Nicolas Chené, pesquisador do NOIRLab e um dos autores do estudo. “Nosso estudo sugere que esta estrela de hélio terminará sua vida como um magnetar.”