Era início de julho de 1977 e um grupo ufológico estava reunido na praça da Baía do Sol (Mosqueiro), em Belém/PA, para mais uma vigília. Foi então que tomamos conhecimento através de populares, sobre um caso ocorrido na localidade de Igarapé Açu, poucos dias antes. Como passaríamos a noite em Mosqueiro, decidimos que ao amanhecer iríamos nos deslocar até aquela região, distante uns 90km dali.
Lá chegando procuramos as pessoas envolvidas no caso e ouvimos o seguinte: O senhor Francisco, 72 anos como, de hábito desde jovem acordava nas madrugadas para retirar sua rede de cercar igarapé (pesca de camarão). Nunca ao longo de seus anos de pescador havia perdido a hora para sair de casa e naquela madrugada, surpreso, percebeu que já havia amanhecido. Sua casa toda feita em madeira deixava entrar pelas frestas e pelo telhado, uma luz que segundo nos disse, imaginou ser do sol.
Intensa luz avermelhada
Retornou ao quarto e chamou sua esposa, dona Ana, para dizer-lhe que o sol já estava alto e que provavelmente, já teriam roubado sua rede e não teriam, portanto o que almoçar. A esposa logo percebeu que realmente já era dia claro e foi com ele até a cozinha, mas tinham dúvidas quanto ao horário, pois em suas mentes, ainda era início da madrugada. Com cautela resolveram abrir a porta dos fundos que dava para seu imenso quintal. Neste momento uma intensa luz avermelhada invadiu o ambiente, obrigando Francisco a fechar a porta imediatamente. A intensidade da luz deixou ambos encandeados durante alguns minutos, sentia uma queimação que os impedia de abrir os olhos. Passado algum tempo foram recobrando a visão quando então, deram conta de que a luz já não estava mais naquele local.
Francisco embora aconselhado pela esposa a não sair, decidiu abrir novamente à porta e percebeu que ainda era noite profunda, não sabia exatamente a hora, pois não possuíam relógio. No quintal, tudo parecia calmo e, tomado de coragem decidiu ir buscar sua rede e assim partiu contrariando a esposa. O dia amanheceu, as horas passavam e nada de Francisco voltar. Dona Ana decidiu então procurar por seus quatro filhos que moravam nas proximidades e então contou a eles o que havia acontecido durante a noite. Os filhos reuniram-se e decidiram fazer uma busca nos locais onde costumavam pescar. Procuraram por várias horas e nada, até que um deles encontrou e reconheceu o chapéu que seu pai usava. Voltaram à casa de sua mãe para reunir vizinhos e amigos para intensificar as buscas, já que a noite se aproximava.
Com o auxílio de lamparinas buscaram muitos lugares noite adentro, mais nenhum vestígio de seu pai, indagaram a outros que ali pescavam e não havia nenhuma informação. Decidiram então suspender as buscas e reiniciá-las logo ao raiar do dia. Tal procedimento foi feito durante quatro dias consecutivos e mais nada souberam de Francisco. Certos de que seu pai havia se afogado, reuniram as pessoas da família, amigos e vizinhos ao amanhecer do quinto dia. Estavam todos no quintal da casa quando um deles avistou Francisco vindo pelo caminho. Alegremente correram todos ao seu encontro, o que lhe causou grande espanto, pois segundo suas palavras não entendia o porque de tanta gente em sua casa.
Tempo Perdido
O filho mais velho contou ao pai o que se passara e que ele estivera desaparecido por quatro longos dias, foi quando então Francisco mais surpreso ainda lhes disse: “Êpa, peraí, não tem nem três horas que eu saí de casa, ainda num ‘tá\’ nem na hora do almoço” e abrindo um paneiro mostrou a todos o resultado de sua pescaria e os amigos se retiraram sem nada entender. Para Francisco, tudo estava perfeitamente normal, até seu chapéu estava no prego atrás da porta. Após ouvirmos esse caso narrado pelo próprio Francisco, dona Ana nos levou até sua cozinha e nos mostrou no assoalho de tábuas a marca provocada pela luz no ângulo de abertura da porta, foram cerca de uns 45º de uma leve queimadura (uma sombra). Nenhum de nós havia levado máquina fotográfica para registrar algo tão importante.
Fora da casa com dona Ana, admirávamos o terreno onde havia muitas árvores quando Francisco nos chamou para olhar com atenção nas árvores mais altas. A princípio não vimos nada que pudesse realmente chamar nossa atenção, foi quando então com auxílio de uma corda e forquilha, quebramos diversos galhos e o que vimos nos causou imensa surpresa. Os galhos e as folhas apresentavam externamente uma aparência perfeita em suas cascas e bordas, porém internamente estavam como carvão, ao esfregar uns aos outros esfarelavam facilmente. Foram recolhidas pela equipe, várias amostras das folhas e galhos para serem encaminhadas para análise.
Posteriormente, com o auxílio do comandante da extinta companhia aérea Cruzeiro do Sul, que acompanhava nossa equipe como convidado, o material foi encaminhado ao Centro Investigador de Objetos Volantes Extraterrestres (CIOVE), entidade espanhola com sucursal em São Paulo. O laudo da instituição, assinado pelo senhor Osni Schwarz, datado de 16 de julho de 1979, atestou que:
1) As fibras vegetais encontravam-se desidratadas;
2) As células mortas pro ação do calor, demonstram que o material foi exposto por momentos a grandes temperaturas;
3) Não possuem radioatividade.
Essa investigação foi realizada atendendo a uma solicitação do militar Flávio, membro, fotógrafo e desenhista da Operação Prato. Flávio que era considerado “braço direito” do coronel Uyrangê Hollanda, naquela mesma data estaria se deslocando com sua equipe para a localidade de Salvaterra, situada na região frontal da ilha de Marajó.