Desde as mais recuadas épocas, o universo tem nos acenado com a possibilidade, cada vez mais admissível, de existência de vida fora do planeta Terra. E, ao elevarmos a fronte em direção ao firmamento, uma profunda intuição nos dá a certeza de que Deus não ergueria bilhões de corpos celestes apenas para nossa contemplação. Sob o ponto de vista estatístico, no mínimo, seria uma grave incoerência nos arrogarmos os únicos moradores deste Cosmos infinito. O fato é que astros como a Terra pululam aos milhões na Via Láctea que, por sua vez, é apenas uma dentre as mais de 400 bilhões de outras galáxias. Ademais, de 1995 até os dias atuais, foram descobertos mais de 140 planetas situados além do Sistema Solar.
Buscamos no presente estudo demonstrar, por todas as comunicações mediúnicas até hoje recebidas, a total consonância dos ensinamentos dos espíritos que compõem a Doutrina Espírita, com as investigações ufológicas que, através dos tempos, nos têm dado provas substanciais acerca da existência de vida extraterrena. Costumamos afirmar que o Espiritismo é o Cristianismo Redivivo, pois, como tal, nos vêm apresentar com amplitude de entendimento os ensinamentos de ordem filosófica, com profundas implicações científicas, repletas de religiosidade cósmica, oferecidos por Cristo.
E foi assim que na França, a partir de 18 de abril 1857, data do lançamento de O Livro dos Espíritos [Editora Federação Espírita Brasileira (FEB)], primeira obra basilar do Espiritismo, passamos a ter o respaldo das inteligências celestiais, que vinham para atestar a pluralidade dos mundos habitados, revivendo, na verdade, o próprio Jesus, quando assim sentenciou: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vô-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar” [João 14, versículo 2]. Uma dessas maravilhosas moradas merece especial atenção, justamente por ter marcado sensivelmente toda a história do planeta Terra. Referimo-nos a um daqueles planetas, submetido à órbita de uma espetacular estrela, distante da Terra cerca de 42 anos-luz, situada na Constelação de Cocheiro que, entre nós, foi batizada pelo nome de Cabra ou Capella. Vamos a seguir abordar a questão da reencarnação dos espíritos ETs.
De Capella para a Terra — Aquele orbe passava por grandes transformações, sobretudo morais, que o credenciavam a uma ascensão na escala evolutiva dos mundos. Contudo, havia naquele planeta, como hoje na Terra, alguns milhões de espíritos rebeldes que impediam a consolidação do progresso que não mais se poderia adiar. Conta-nos o espírito Emmanuel, através da obra A Caminho da Luz [Editora FEB, 1938], sob psicografia de Francisco Cândido Xavier, que as grandes comunidades diretoras do Cosmos deliberaram, então, por localizar aqueles espíritos pertinentes no mal aqui na Terra, que à época do expurgo, encontrava-se numa posição bastante primitiva, razão pela qual passariam a animar os corpos dos homens primatas.
Entretanto, ressalte-se que, muito embora decaídos moralmente, aquela falange de exilados manteve em seu inconsciente todos os progressos intelectuais individualmente conquistados no planeta de origem, sendo desabrochados lentamente à medida que reencarnavam sucessivamente, o que se tornou possível pela gradual evolução dos corpos físicos, efetivada através dos tempos. Esse despertar intelectual resultou na formação das chamadas raças adâmicas, troncos das principais civilizações antigas, tais quais: Egito, Índia, China e Israel, cuja origem é, por conseguinte, indubitavelmente extraterrestre. Certamente chegaremos a tal conclusão ao analisarmos, por exemplo, as maravilhosas contribuições deixadas pela civilização egípcia, nos mais variados campos do conhecimento humano. Até hoje, a propósito, temos tentado de posse de nossa “avançada” tecnologia desvendar o mistério que ainda cerca a construção das grandes pirâmides que, sem dúvida alguma, foi resultado da aplicação da mais pura tecnologia extraterrestre.
Assim nos falou o espírito Emmanuel a respeito do Antigo Egito, segundo sua obra já citada, que “foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas Pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral”. Tal manifestação significa dizer que os extraterrestres egípcios, após terem cumprido com sabedoria sua trajetória expiatória na Terra, fizeram por merecer retornar ao seu maravilhoso planeta de origem. Prova disso é que o Egito de hoje é, sob todos os aspectos, um pálido reflexo do que representou outrora para toda a humanidade.
Mas a realidade é que espíritos de outros planetas, ainda hoje, têm reencarnado na Terra. Na Questão 172, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec assim indagava: “As nossas diversas existências corporais se verificam todas na Terra?” As entidades responderam: “Não. Vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas. Porém, são das mais materiais e das mais distantes da perfeição”. Portanto, está estabelecida a indubitável existência de vida alienígena, além da franca possibilidade de reencarnações de espíritos – das mais materiais, conforme acima se observa – de diversos mundos em nosso planeta, sem que nos apercebamos dessa realidade. Isso se justifica pela análise da nota de Kardec ligada à Questão 188 daquela mesma obra basilar, que assim nos esclarece: “De acordo com o ensinamento dos espíritos, de todos os globos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é onde os habitantes são menos avançados, tanto física como moralmente”. Basta atentarmos para os acontecimentos diários para de fato atestarmos a realidade de que habitamos um mundo ainda muito primitivo, repleto de provas e expiações – como habitualmente rotulamos –, no q
ual, ainda que transitoriamente, o mal predomina sobre o bem. Onde o orgulho e o egoísmo, duas terríveis chagas da humanidade, nos impedem de alçar vôos mais longos em direção a planetas que, certamente, não estão assim tão distantes de nós, pois fazem parte de nossa família solar como, por exemplo, Marte.
A vida no Planeta Vermelho — No ano de 1935 vinha à tona a obra Cartas de Uma Morta [Livraria Allan Kardec Editora (LAKE)], uma coletânea de mensagens psicografadas por Francisco Cândido Xavier, na qual o espírito Maria João de Deus, sua mãe natural, descrevia aspectos interessantes e surpreendentes sobre a vida marciana. Mais tarde, em crônica datada de 25 de julho de 1939, integrante da obra intitulada Novas Mensagens [Editora FEB, 1938], o espírito Humberto de Campos, também sob psicografia de Chico Xavier, nos traria informações complementares, corroborando o relato anterior. Analisemos, comparativamente, as comunicações recebidas sob o mesmo tema. Em seus aspectos gerais, a citação mais contundente de Maria João no livro já citado é: “Vi-me à frente de um lago maravilhoso, junto de uma cidade formada de edificações profundamente análogas às da Terra”.
Já o espírito Humberto de Campos, em Novas Mensagens, declara: “Ao longe, divisei cidades fantásticas pela sua beleza inaudita, cujos edifícios, de algum modo, recordavam a Torre Eiffel ou os mais ousados arranha-céus de Nova York (…) Ante os meus olhos atônitos, rasgavam-se avenidas extensas e amplas, onde as construções eram idênticas às da Terra”. Maria João também fala do assunto e destaca: “Percebi que a vida da humanidade marciana é mais aérea. Poderosas máquinas, muitíssimo curiosas na sua estrutura, cruzavam os ares, em todas as direções”. Campos também faz comentários pertinentes ao tema e revela que se tratavam de “máquinas possantes, como se fossem sustidas por novos elementos semelhantes ao ‘Hélium’. Balançavam ao pé das nuvens, apresentando um vasto sentido de estabilidade e harmonia, entre as formas aéreas”.
Quanto aos aspectos geográficos da vida marciana, também há fartas referências em obras espíritas respeitadas. O espírito Maria João alega a existência de uma atmosfera parecida com a da Terra, mas cujo ar, na sua composição, parecia muitíssimo mais leve. “Assegurou-me, então, o Mestre, que me acompanhava que a densidade em Marte é sobremaneira mais leve, tornando-se a atmosfera muito rarefeita”. Ainda segundo seu relato, apenas a vegetação seria ligeiramente avermelhada, mas as flores e os frutos particularizavam-se pela variedade de cores e perfumes. “Vi oceanos, apesar da água se afigurar menos densa e esses mares muito pouco profundos. Há ali um sistema de canalização, mas não por obras de engenharia dos seus habitantes, e, sim, por uma determinação natural da topografia do planeta que põe em comunicação contínua todos os mares”.
Dentro da atmosfera marciana, Campos e seus acompanhantes experimentaram uma extraordinária sensação de leveza. A vegetação de Marte, segundo ele seria “educada em parques gigantescos e sofria grandes modificações, em comparação com a da Terra”. O espírito informa que é de um colorido mais interessante e mais belo do que em nosso planeta, apresentando uma expressão de tonalidade avermelhada em suas características gerais. “Na atmosfera, ao longe, vagavam nuvens imensas, levemente azuladas, que nos reclamaram a atenção, explicando-nos o mentor da caravana que se tratava de vapor d’água, criadas por máquinas poderosas da ciência marciana, a fim de que sejam supridas as deficiências do líquido nas regiões mais pobres e mais afastadas do sistema de canais. Ali coloca os grandes oceanos polares em contínua comunicação uns com os outros”.
Como seriam os marcianos — O aspecto físico dos habitantes de nosso vizinho estelar, o Planeta Vermelho, também tem abundantes referências nas obras já citadas, entre outras. O espírito Maria João, por exemplo, refere-se aos marcianos como mais ou menos semelhantes aos terrestres. “Mas seus organismos possuíam diferenças apreciáveis. Além dos braços tinham ao longo das espáduas ligeiras protuberâncias à guisa de asas, que lhes prodigalizavam interessantes faculdades volitivas”. Campos concorda com tal narrativa, expressa na obra já referida, e vai além. Ele alega que teve o ensejo de contemplar os habitantes do nosso vizinho, cuja organização física difere um tanto do arcabouço típico com que realizamos nossas experiências terrestres.
Vibrações de ordem psíquica — “Notei, igualmente, que os homens de Marte não apresentam as expressões psicológicas da inquietação em que se mergulham nossos irmãos das grandes metrópoles terrenas. Uma aura de profunda tranqüilidade os envolve. É que, esclareceu o mentor que nos acompanhava, os marcianos já solucionaram os problemas do meio e passaram pelas experimentações da vida animal, em suas fases mais grosseiras”. Segundo o espírito, eles não conhecem os fenômenos da guerra e qualquer flagelo social seria um acontecimento inacreditável. Como se vê, a civilização marciana é uma coletividade extremamente evoluída sob o ponto de vista moral, desfrutando de suas conquistas individuais elaboradas ao longo das encarnações. E, como planeta totalmente equilibrado, estando seus habitantes plenamente conscientes de suas funções no Plano Divino, o progresso científico assumiu semelhantes feições, que os tornaram aptos, por exemplo, a construir poderosos telescópios, capazes de perscrutar a Terra, aumentando-lhe a imagem mais de 100 mil vezes. Puderam então chegar ao extremo de examinar, inclusive, as vibrações de ordem psíquica, que, a propósito, são motivos de grande preocupação para os marcianos. Razão pela qual muito constantemente têm nos enviado, com solicitude divina, diversas mensagens através de ondas luminosas que se confundem com os raios cósmicos, cuja presença no mundo por vezes têm sido registradas, embora, por enquanto, não tenham podido ser decifradas a contento.
A vida em Saturno — Ainda na obra Cartas de Uma Morta, já citada, encontramos também descrição da vida no planeta Saturno. A autora espiritual afirma ser um mundo constituído de uma população extremamente mais evoluída que a nossa, cuja constituição física não guarda qualquer semelhança com o homem. Dotados da mais alta sabedoria, desconhecem as guerras, as sensações animalizantes, os vícios, enfim, dedicando-se à constante intensificação do poder intelectual. Possuem amplo domínio sobre os poderes da natureza que canalizam para as mais nobres realizações. Guardam, ainda, pleno conhecimento das dificuldades pelas quais passamos no planeta Terra, enviando-nos constantemente suas puras vibrações.
Mediante o que foi apresentado, os leitores poderão questionar: que populações são essas que habitam tais planetas, sendo que as mais variadas incursões científicas não foram capazes de atestar sua existência? Poderão, certamente, citar as diversas sondas enviadas ao planeta Marte, desde a fracassada Marsnik 1, enviada pela extinta URSS em 1960, até a bem sucedida Pathfinder, fruto do investimento de milhões de dólares, tendo pousado em solo marciano em 04 de julho de 1997. A nave liberou, dois dias após, o veículo teleguiado denominado Sojourner. Durante meses diversas imagens nos foram transmitidas, entretanto, em momento algum foram encontrados quaisquer indícios de vida orgânica, como a que temos na Terra. Por extensão de raciocínio, poderíamos dizer que, enquanto encarnados, nos é impossível visualizar aspectos da civilização marciana, mesmo de posse dos mais atuais recursos da tecnologia astronômica. A que espécie de vida, afinal, se referiram os espíritos Campos e Maria João em suas revelações? Primeiramente, devemos dizer que, em decorrência da alta tecnologia praticada em Marte, é provável que os nossos aparatos tecnológicos visualizem tão somente aquilo que eles permitam, em virtude de nossa inferior condição moral. Mas pode ser também que os corpos e as edificações do planeta tenham uma constituição bastante diferenciada da nossa. Recorramos à Questão 181, de O Livro dos Espíritos, na qual o mestre de Lyon indagava: “Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?” A resposta dos espíritos foi inequívoca: “Sem dúvida possuem corpo, porque é preciso que o espírito esteja revestido de matéria para agir sobre a mesma. Porém, esse corpo é mais ou menos material, de acordo com o grau de pureza a que chegaram os espíritos. E é isso que diferencia os mundos que devem percorrer, porque há muitas moradas na casa de nosso Pai e, portanto, muitos graus”.
E mais adiante, na Questão 186, Kardec pergunta: “Há mundos em que o espírito, deixando de habitar um corpo material, tem apenas como envoltório o perispírito?” O esclarecimento recebido foi: “Sim, há. Nesses mundos até mesmo esse envoltório, o perispírito, torna-se tão etéreo que para vós é como se não existisse. É o estado dos espíritos puros”. Percebemos, assim, que os espíritos que ora habitam o planeta Marte, ainda que não se encontrem num patamar evolutivo de absoluta pureza, certamente se fazem revestir de um corpo de matéria tão sutil que nossa visão não se encontra aparelhada para captar. É importante ressaltar que quanto mais evoluídos forem os habitantes, mais equilibrados – em todos os sentidos –, serão os planetas que lhes servirão de morada e menos grosseiros os corpos de que se revestirão em suas encarnações.
Intercâmbio com extraterrestres — E foi por respeitar profundamente as investigações científicas sobre o tema que Kardec, certamente orientado por espíritos superiores, erigiu em A Gênese [Editora FEB, 1868]: “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará”.
Sob o ponto de vista do Espiritismo, portanto, a existência de extraterrestres é inequívoca, pois os consideramos espíritos imortais que habitam conosco o universo, nos mais variados graus evolutivos. Bem sabemos que, na escala dos planetas, existem aqueles ainda inferiores à Terra, moral e intelectualmente. Outros, certamente, se encontram num patamar superior, em todos os sentidos, não porque sejam seres de exceção, criados puros ou melhores, mas, sim, porque souberam conquistar essa condição ao longo das sucessivas encarnações a que estamos todos sujeitos. Portanto, tornaram-se inteligências atuantes, capazes de construir os mais avançados aparatos tecnológicos que lhes permite deslocar-se no espaço em velocidades até agora inimagináveis pelos terráqueos. Em vista disso, não há que se negar a possibilidade de contato com nossos irmãos de outros sistemas planetários, nos diversos graus catalogados pela Ufologia, com base em registros históricos fidedignos espalhados por todo mundo.
Mas é possível a comunicação mediúnica com extraterrestres? Esta é uma das perguntas mais comuns que os adeptos do Espiritismo recebem, assim como aqueles que praticam Ufologia. Estando os habitantes de outros orbes submetidos às mesmas leis universais, que eles compreendem num grau mais elevado ainda, não podemos negar, também, a possibilidade de intercâmbio mediúnico, guardadas as devidas possibilidades inerentes a cada ser e as dificuldades de se transformar, no inconsciente do médium, pensamentos em palavras que possam ser compreendidas por nós. Além, é claro, da utilidade e urgência da mensagem que se pretende transmitir.
É importante ressaltar que as ondas mentais estão no domínio de todos os processos de comunicação mediúnica e, portanto, pode se dar que o contato se desencadeie pela telepatia, em que a entidade transmite suas idéias que serão codificadas pelo médium, de acordo com sua sensibilidade e aptidão.
Oceano de mentalizações — Por isso, nos afirma Kardec que somos todos médiuns em maior ou menor grau. Vivemos, portanto, num oceano de mentalizações que não conhecem obstáculos. Imaginemos, da mesma forma, a questão da psicografia. Quando um espírito desencarnado, que tenha ou não vivenciado sua experiência reencarnatória na Terra, deseja se manifestar, ele o faz agindo, não sobre a mão do médium, como se estivesse a tomá-la, mas, sim, atuando na região psicomotora do cérebro, que então desencadeará
o movimento da escrita. Poderá ocorrer, em tese, que a comunicação se dê pela psicofonia, quando a entidade fala através do médium ou poderá se dar pela materialização plena ou parcial de um extraterrestre que tenha se despojado de seu corpo físico, como o entendemos na Terra, ainda, que esse tipo de manifestação seja raro nos dias atuais. Queremos por fim, ressaltar que não há qualquer impedimento para que se processe um contato mediúnico de fora do planeta para a comunidade terrestre. Até porque, pela sutileza dos corpos de que são dotados alguns seres, não deverão estar necessariamente “desencarnados”, mas desprendidos de invólucro corporal, para que se cumpra o intercâmbio mediúnico.
Chico Xavier — Em 1971, Chico Xavier submeteu-se a uma entrevista no programa Pinga Fogo, da TV Tupi. Através da mediunidade auditiva, conforme declararia mais tarde, ele foi totalmente assessorado pelo espírito Emmanuel em suas respostas. E a pergunta que nos interessa lhe foi feita nos seguintes termos: “Será possível, ainda em nossa civilização, o homem entrar em contato com habitantes de outros planetas?” A resposta obtida foi surpreendente:
“Se não entrarmos numa guerra de extermínio nos próximos 50 anos, então poderemos esperar realizações extraordinárias da ciência humana, partindo da Lua. Portanto, não podemos acusar nossos irmãos que estão se dirigindo à Lua para pesquisas que devem ser consideradas da máxima importância para nosso progresso futuro, pois as despesas serão naturalmente compensadas com, talvez, a tranqüilidade para uma sociedade mais pacífica na Terra. Porque se não entrarmos num conflito de proporções imensas é possível que o homem construa na Lua cidades de vidro – cidades estufas –, onde os cientistas poderão estabelecer pontos de apoio para observação da nossa galáxia.
Tais locais não são sonhos da ciência e com muito sacrifício da humanidade poderão ser feitas. Com elas poderão obter azoto, oxigênio, usinas de alumínio, formações de vidro e matéria plástica na própria Lua, além da água que será fornecida pelo próprio solo lunar. Teremos, quem sabe, a possibilidade de entrar em contato com outras comunidades da nossa galáxia. Então vamos definitivamente encerrar o período bélico na evolução dos povos terrestres, pois compreendemos que fazemos parte de uma grande família universal, pois não somos o único mundo criado por Deus. Portanto precisamos prestigiar a paz nos povos, com a delegação máxima para a ciência, para que possamos auferir esses benefícios num futuro talvez mais próximo do que remoto, se fizermos por merecer”.
Humanidade em ebulição — Entretanto, infelizmente, enquanto humanidade ainda desviada do caminho do bem preferimos despender grandes recursos econômicos e morais no poderio bélico em busca das guerras bestiais que alimentam os interesses financeiros, embalados pelo personalismo inferior e a vaidade avassaladora. Para encerrar nossa modesta contribuição para a temática, gostaria de falar brevemente de Jesus, que, para nós, espíritas, foi e será sempre o espírito mais perfeito que Deus nos concedeu como Guia e Modelo. Não foi, absolutamente, um ser de exceção, criado à revelia das leis naturais, que viveu inúmeras encarnações até chegar ao patamar em que se encontra. Não as desfrutou na Terra, mas em outros planetas, onde construiu sua autoridade moral e intelectual com esforço próprio desencadeado ao longo dos séculos.
Segundo as tradições espirituais, há bilhões de anos, Ele já fazia parte de uma comunidade de espíritos puros, responsabilizando-se pela formação deste orbe, desde os seus primeiros momentos. Espíritos da qualidade de Jesus encontram-se em toda a parte do universo, a convidar, num apelo constante, todas as coletividades planetárias para que se unam em torno de uma sublime determinação. Esta é a solução para toda a problemática humana, pois resume plenamente a Religião Universal, a ser praticada em todos os cantos e recantos do universo e que foi magistralmente eternizada pelo Cristo Planetário com as seguintes palavras: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, tua alma, teu entendimento e de todas as tuas forças. Este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” [Marcos 12, versículos de 30 a 31].
A inequívoca existência dos espíritos
Como demonstrar a existência e a comunicação dos espíritos? Se a prova for um ato de natureza civil da entidade errante, como é para nós a apresentação de um registro de nascimento, essa comprovação nós não temos, porque o espírito é uma inteligência criada por Deus, uma criatura de natureza diferente da nossa. Mas, se a comprovação for a incorporação desse desencarnado na estrutura sensível do médium e, através deste, deixar sua mensagem escrita ou falada, quer num idioma ou em vários outros, então nós a temos. Agora se a prova for o médium que nada conhecia do morto, falar na mesma tonalidade de voz do falecido quando em vida, dizendo coisas somente conhecidas da família do mesmo, então isso também é possível de apresentar.
Se acontecimentos como a comunicação da entidade, dizendo coisas de sua vida enquanto viva, fatos que podem ser comprovados através de documentos deixados pelo morto ou o diagnóstico de uma doença, feito pelo espírito de um médico desencarnado, sem que para isso o médium tenha formação acadêmica ou uso de qualquer aparelho, confirmam a existência do desencarnado, então essa prova, nós temos. Também podem comprovar a existência dele com o testemunho de inúmeros profissionais da área médica, que constataram os fenômenos de curas espirituais, os inúmeros efeitos físicos de aparição, levitação e transporte. Essas manifestações são provocadas por espíritos e testemunhadas por indivíduos sérios, em estado de plena san
idade mental. Há também os relatos e registros fotográficos de inúmeras pessoas que viram o fenômeno de materialização e tocaram a forma espiritual antes dela desaparecer por completo no ar.
E ainda mais: o molde em parafina feito pelo espírito materializado à vista dos assistentes, o qual colocou sua mão num recipiente com o produto fervendo e depois a mergulhou em outro com água fria, dando origem ao molde físico materializado. O testemunho e o registro formal de inúmeras pessoas que viram objetos inanimados e seres humanos levitando no ar. As mensagens espirituais se transformam em livros, mais de uma centena de títulos novos por ano, publicados no Brasil e no mundo. O depoimento de milhões de espíritas que fazem contatos e que falam dessas experiências para quem quiser ouvi-las. Isso tudo são provas da existência do desencarnado.
São os espíritos da codificação de Allan Kardec que falam da vida em outros orbes do infinito. Por isso, acredita-se que esta seja menos material, porque existem comprovações inequívocas da sabedoria do espírito verdade. A grandeza dos tempos atuais comporta o desenvolvimento de uma ciência magnífica, sem misticismo, corroborada pela experiência espírita científica e aplicada no campo ufológico. Porque o espírito não é oriundo desta ou daquela nação, deste ou daquele orbe, mas é um ser inteligente universal, que para evolucionar nasce e renasce em planetas físicos, gasosos, nas várias dimensões do espaço-tempo e produz engenhos magníficos com as técnicas que desenvolve.