O governo de Israel e o Google fizeram um acordo para publicar online os Manuscritos do Mar Morto, um dos mais importantes e protegidos tesouros arqueológicos do mundo. Os documentos estarão na Internet em poucos meses, com fotos e uma tradução dos textos para o inglês.
As imagens foram feitas com câmeras infravermelhas da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), que as deixam mais claras que os textos originais e recupera trechos que desbotaram com o passar dos anos. “Estamos unindo o passado e o futuro para que todos possamos compartilhá-los”, disse Pnina Shor, funcionária da Agência de Antiguidades de Israel.
Os Manuscritos do Mar Morto têm, aproximadamente, 2.000 anos de história, foram descobertos na década de 40 do século passado em cavernas da Judéia. Ninguém sabe quem os escreveu, mas eles foram redigidos em hebraico, aramaico e grego. Trata-se de um dos principais relatos existentes do início do cristianismo, incluindo até partes da Bíblia hebraica.
Visitar os Manuscritos é algo muito difícil e necessita de uma autorização especial, estão em uma sala do museu de Israel e só podem ser vistos por duas pessoas de cada vez. Cada visita dura, no máximo, três horas. Com a divulgação na Internet, a dificuldade de acesso aos documentos será resolvida, o que pode alavancar as pesquisas em torno dos conteúdos.