Há mais de duas décadas eles surgem do nada e encantam. E assim como surgem, sempre no verão do hemisfério norte – época de plantio e colheita de cereais –, desaparecem quando se encerra a estação. Deixam para trás, além das impressionantes imagens, mais perguntas e quase nenhuma resposta. Assim são os círculos nas plantações, que antes se limitavam aos campos ingleses – especificamente a região sudoeste do país – e agora se espalham por toda a Europa e atingem outros continentes. São figuras complexas, conjuntos de inúmeras formas geométricas cuidadosamente arranjadas em desenhos que desafiam a compreensão. Em geral, surgem durante à noite, sem que se observe o que os causa, e duram alguns dias.
O método empregado pelos “artistas espaciais” é sempre o mesmo: as imagens são formadas pelo amassamento quase uniforme das plantas, normalmente aveia, trigo e cevada. Seus caules são misteriosamente dobrados sem se partirem, através de uma técnica que desafia a ciência. As plantas, ainda amassadas, continuam a crescer e podem às vezes até ser colhidas e utilizadas para seus propósitos originais. Alguns fazendeiros lucram cobrando dos turistas e estudiosos o acesso aos círculos.
Mas se ainda não se sabe quem os causa nem por que, os investigadores que há anos perseguem os círculos em toda a Inglaterra e outros países já têm duas certezas. A primeira é de que os responsáveis pelas figuras não são do nosso mundo. E segunda, as imagens são uma espécie de “mensagem” que alguém quer nos passar. Mas quem? Por que dessa forma? E o que significam? Apesar de mais de duas décadas de manifestação e cerca de 200 mil círculos já descobertos, permanecemos sem qualquer resposta. Então, se é assim, que pelo menos possamos admirar essas fantásticas figuras.