Talvez nenhum caso de contatismo da história da Ufologia Mundial tenha alcançado a difusão deste a seguir, em que naves discoides metálicas e escandalosamente nítidas pairam sobre um vale próximo da aldeia de Hinwil, Suíça, contrapondo-se às imagens de luzes e objetos indistintos feitas por testemunhas casuais que, excitadas, não regulam corretamente o tempo de exposição, a abertura do diafragma e o foco das câmeras. O protagonista de uma série de alegados contatos diretos com naves e seres pleiadianos, o suíço Eduard “Billy” Meier, dominou a proeza.
Em complemento a uma rica iconografia, fator principal da popularização do mito Meier, juntam-se supostas marcas de pouso das naves, uns redemoinhos nas relvas mortas e amassadas revolvidas no sentido horário, além de gravações de sons emitidos por elas, como um ruído raspante, misto de ronco de avião a jato e serra elétrica. E não é só. Há ainda na saga de Meier alegações de coleta de amostras de um metal estranho que lhe teria sido dado por seus amigos ETs, uma liga de alumínio, enxofre, prata, cobre e chumbo, e a existência de testemunhas secundárias do aludido contato — algumas das quais filmaram luzes. O suíço, no ápice de suas afirmações, também alega ter viajado no espaço e tempo.
As experiências de Eduard Meier começaram muito antes de virem a público, em 1975. No verão de 1942, aos cinco anos de idade, encontrava-se atrás de sua casa, sob uma nogueira, em companhia de seu pai, quando uma nave em forma de disco sobrevoou parcimoniosamente a igreja da localidade, seguindo para oeste. “Embora fosse uma visão estranha, de certa forma aquilo me parecia familiar. Foi tudo muito rápido. Eu fiquei observando por mais ou menos um minuto e meio”, disse. Tornou a ver o objeto prateado dois meses depois, dessa vez descendo lentamente na direção do gramado onde brincava. Preste a tocar o chão, o objeto ascendeu velozmente sem nenhum ruído. Momentos depois, uma voz que passaria a falar diariamente com ele ecoou dentro de sua cabeça. “No início eu não recebia palavras ou frases inteiras. As mensagens eram mais parecidas com imagens. Com o passar do tempo, essas imagens se traduziram em palavras e frases. Mais tarde, recebi mensagens em forma de símbolos. Já tentei desenhar um desses símbolos, mas não fui capaz”.
O venerável Sfath
Uma nova voz surgiu em sua mente em 03 de fevereiro de 1944, quando completou sete anos de idade. A entidade que dizia chamar-se Sfath ministrou-lhe ensinamentos ao longo de todo aquele verão. Em uma manhã de setembro, enquanto Meier caminhava sozinho no campo atrás da floresta, Sfath se anunciou novamente e lhe ordenou que aguardasse ali. Daí a pouco um objeto metálico em forma de pera aterrissou e estendeu uma rampa. “Subi a bordo e vi um velho que parecia um patriarca. Era Sfath. Conversamos durante horas”. O venerável Sfath certificou-o de que seria seu “tutor espiritual” até o início da década de 50, época em que um ser superior assumiria a responsabilidade por sua instrução. Meier só deveria saber da finalidade de sua missão anos depois, período em que colocariam sua sanidade física e mental à prova. Ao fim de quatro horas, Sfath o devolveu ao solo e partiu, não sendo mais visto.
A vida de Meier seria marcada por uma série de atribulações. Aos 12 anos passou oito meses internado em um sanatório para tuberculosos. Aos 14, o Juizado de Menores local o enviou a um reformatório em Albisbrunn, por cabular sistematicamente as aulas. De Albisbrunn fugiria três vezes antes que as autoridades o mandassem de volta a seus pais. Abandonou definitivamente a escola sem completar o primeiro grau. Aceitou diversos empregos, desde limpador de esgotos a ordenhador de vacas. A polícia o apanhou roubando junto com outros jovens e o prendeu na Casa de Detenção de Aarburg, de onde fugiria partindo para a França. Alistou-se na Legião Estrangeira e desertou em poucos meses sem completar o treinamento. De volta à Suíça, a Justiça o fez cumprir o restante da pena. Em 03 de fevereiro de 1953 a voz de Sfath sumiu de sua mente e o silêncio só foi rompido meses depois. A nova voz soava feminina e vigorosa. Era de Asket, do “Universo Dal”, como se apresentou, uma dimensão paralela.
Finda a adolescência, alternada entre reformatórios, prisões e péssimos empregos, Asket o encorajou a aventurar-se pelo mundo. Em 1958, Eduard Meier partiu para o Oriente Médio, vagando de um país a outro em busca do que chamou de “percepção espiritual”. “Você foi escolhido como um ofertante da verdade”, garantiu Asket, que em 1964 o deixou, assim como Sfath antes dela. Na despedida, avisou-lhe que seria controlado nos 11 anos seguintes, após os quais manteria contatos diretos. Viajando incessantemente — de carro, ônibus, trem ou navio — pela Grécia, Turquia, Síria, Jordânia, Iraque, Arábia Saudita, Kuwait, Irã, Paquistão e Índia — onde passou dois anos morando em um ashram hindu —, acumulou conhecimentos e experiências valiosas. Para tanto, teve de desempenhar ofícios diversos, como o de jardineiro, caçador de serpentes, motorista de caminhão carregado de nitroglicerina, cantor de rua, garçom, criador de porcos e galinhas, vendedor de jarros, garimpeiro, veterinário, treinador esportivo, enfermeiro, colhedor de uvas, projetista de joias, produtor de espetáculos de marionetes e professor de alemão.
Galinhas e ovos para driblar a fome
Foi durante suas andanças que Meier recebeu o apelido de Billy, em referência aos heróis do velho oeste americano — Billy the Kid, Buffalo Bill e Wild Bill Hickok. Em 1965, o ônibus que o levava da Grécia à Turquia acidentou-se gravemente e como consequência Meier teve de amputar o braço esquerdo logo acima do cotovelo. Na Turquia, juntou dinheiro suficiente para regressar à Europa, segundo contou, trabalhando como informante de agentes de estado. Em dezembro de 1973, fixou-se na aldeia de Hinwil, a 50 km a sudeste de Zurique. O primeiro documento a fazer menção ao local data do ano de 745. A paisagem era marcada pelos Alpes despontando ao longe e pelas colinas onduladas e verdejantes cobertas por árvores de até 30 m de altura. Perto do centro da aldeia, na Rua Wihalden, ficava o casarão de três andares, originalmente sede da fazenda que a comunidade de Hinwil adquirira para construir apartamentos reservados a pessoas idosas.
Embora planejassem demolir o casarão, os membros da comunidade alugaram-no a Eduard Meier por uma quantia simbólica. O contatado mudou-se com sua esposa, a grega Calíope, vulgo Popi, e os três filhos men
ores, Nina, Atlântis e o caçula Bashenko. Segundo os registros da aldeia, Meier exerceu as profissões de ferreiro e vigia noturno, ficando desempregado depois. Os 700 francos que recebia de pensão pela perda do braço não eram suficientes para sustentar a família. Para reforçar a renda criava galinhas no sótão do casarão enquanto a esposa vendia os ovos na vizinhança.
Os habitantes das Plêiades, de onde viriam seus amigos ETs, para deleite masculino, preferiam mandar representantes femininos à Terra. No início da tarde de 28 de janeiro de 1975, uma voz ordenou a Meier que se dirigisse até o campo. Atendendo o chamado, saiu montado em sua bicicleta motorizada levando consigo uma câmera fotográfica Olympus, de foco ajustável, que permitia rodar o filme com uma só mão — já que ele não tinha a outra. Vagueou a esmo pela cidade, mudando intuitivamente de direção. Uma hora depois, a voz mandou que aguardasse na estrada que margeava a floresta. Uma calma repentina baixou sobre o local ao mesmo tempo em que um disco voador atravessava as nuvens descrevendo uma curva graciosa. No instante em que Meier ia bater a foto, o disco desapareceu. Tornou a surgir pairando a menos de 90 m sobre um caminhão estacionado a apenas 30 m de distância. Janelas retangulares de cor avermelhada circundavam a metade superior do disco, que media cerca de sete metros de diâmetro. Segundo disse, “um campo de força invisível me impediu” de chegar mais perto da nave, de onde desembarcou uma mulher de cabelos loiros e compridos vestindo um traje cinzento.
Constelação das Plêiades
A charmosa comandante não aparentava ter mais de 30 anos idade, mas garantiu que já passava dos 300. De traços nórdicos, sua aparência era absolutamente humana, à exceção dos lóbulos das orelhas, um pouco maiores do que o normal. Afirmou provir de Erra, um planeta similar à Terra que orbitaria ao redor de uma estrela do sistema de Taygeta, na Constelação das Plêiades. A história do povo de Semjase, seu nome, parece uma versão do que sucedeu a Kripton, o berço do Super-Homem dos quadrinhos. Há milhões de anos, um pequeno planeta da Constelação de Lira atingiu um altíssimo grau de desenvolvimento tecnológico, sem entretanto avançar nos campos moral e ético, terminando por autodestruir-se. Porém, pouco antes da eclosão da guerra termonuclear, o sábio Pléyone organizou um êxodo até os planetas das Plêiades e da estrela Vega.
As Plêiades constituem um aglomerado compacto de milhões de estrelas situadas a 500 anos-luz da Terra. As estrelas principais têm um brilho intenso branco-azulado, que se irradia nas nuvens de gases próximas — de acordo com os astrônomos, são jovens demais para abrigarem vida inteligente. Ciente disso, Meier asseverava que os extraterrestres não eram nativos de lá, mas migrantes de um mundo condenado. Em seu livro A Ciência das Estrelas em Todas as Épocas [Star Lore of All Ages, 1911], William Olcott escreveu: “Nenhum grupo de estrelas conhecido pela astronomia tem despertado tanta atenção como as Plêiades. Em todas as épocas elas foram admiradas e analisadas. Erigiram-se grandes templos em sua honra. Pessoas e nações poderosas as veneraram, orientando seus negócios comerciais e agrícolas pelo nascer e ocaso desse conjunto de sete estrelas. Os astrônomos chineses as chamavam de as Sete Irmãs da Indústria”.
No início eu não recebia palavras ou frases inteiras. As mensagens eram mais parecidas com imagens. Com o passar do tempo, essas imagens se traduziram em palavras e frases. Mais tarde, recebi mensagens em forma de símbolos
Os povos pré-incaicos diziam que seus deuses vinham das Plêiades. Os gregos alinhavam os templos conforme seu nascimento e ocaso. No primeiro dia de primavera, o brilho das Plêiades se encaixava perfeitamente na passagem sul da pirâmide de Quéops. O May Day, festa da primavera comemorada em 01 de maio, e a japonesa Festa das Lanternas são remanescentes dos antigos rituais em honra às Plêiades. Os índios hopis chamam esse aglomerado de Chooho-Kan, “Lar de Nossos Ancestrais”. Para os navajos, os homens chegaram à Terra vindo das Plêiades. Na revista Nature, de 1881, R. G. Haliburton analisou o culto universal das Plêiades observando que os samoanos do Pacífico Sul referiam-se a sua ave sagrada como o “Pássaro das Plêiades”, e que os berberes do Marrocos acreditavam que o paraíso circunscrevia-se dentro desse aglomerado. Concluiu Haliburton: “Estou convencido de que um dia os estudiosos irão admitir que essas estrelas são o sol central das religiões, calendários, mitos, tradições e simbolismos das eras primitivas”.
Mitologia e ciência
Agnes Clerke, em seu livro O Sistema das Estrelas [The System of the Stars, 1907]: “As Plêiades são o ponto de encontro nos céus entre a mitologia e a ciência. O aspecto pitoresco e vívido dessas estrelas prendeu a atenção da humanidade desde as eras mais remotas. Há certa sacralidade relacionada a elas, cujo interesse pelos destinos da humanidade era considerado como íntimo e direto”. Curiosamente, essas estrelas sempre foram caracterizadas como entidades femininas: irmãs, virgens, donzelas, deusas. O fascínio pelas Plêiades, que Meier tanto exercitou, portanto, vem de muito longe na história da civilização humana.
Em meados de 1975, Ilse von Jacobi, uma jornalista de Munique que escrevia sobre assuntos metafísicos e paranormais, lera a respeito de Eduard “Billy” Meier em um boletim impresso e distribuído por um grupo de pesquisadores de sua cidade. Entrou em contato com o jovem que editava o boletim e, por meio dele, passou a acompanhar a evolução do caso, até que, meses depois, impressionada com as fotografias de Meier, resolveu entrevistá-lo. A matéria de Jacobi, publicada na edição de 08 de julho de 1976 da revista semanal Quick, uma das mais vendidas na Alemanha, com circulação no exterior, atraiu a atenção da imprensa europeia para a figura do suposto contatado no transcurso do verão e do outono daquele ano. Em agosto, o II Giornale di Misteri, da Itália, reproduziu na íntegra o artigo de Jacobi. A manchete de primeira página do Blick, o maior tabloide da Suíça, em setembro: “Homem de Zurique Assombra Erich von Däniken”. Seguiram-nas matérias nas alemãs Echo der Frau, em outubro, e Neue Welt, em novembro daquele ano.
Colecionadores de fotos de UFOs, dentre eles o britânico Timothy Good, Lou Zinsstag — prima de Carl G. Jung — e Wendelle Stevens foram alguns dos primeiros pesquisadores a se interessarem pelo caso. Recheada de fotografias, o livro de Stevens, Contact from Pleiades, fascinou a comunidade ufológica. Meier virou uma figura festejada, o maior fenômeno ufológico desde Adamski. Os candidatos a seguidores trataram logo de fundar um centro místico-ufológico, o Semjase Silver Star Center, e a fama granjeada por Meier o tirou da pindaíba.
Contatos cada vez mais bizarros
O suíço aplicou parte do dinheiro amealhado com as fotografias e entrevistas em uma propriedade de 25 hectares entre Zurique e Turgan, perto de um silo subterrâneo de mísseis, a 30 minutos de Hinwil — o sítio converteu-se rapidamente na nova Meca ufológica, para onde ainda hoje acorrem em peregrinação contatados, espiritualistas, místicos, esotéricos, ufólogos, curiosos e até astros de Hollywood, como a atriz Shirley McLaine. Os contatos com os pleiadianos se sucediam, ganhando contornos cada vez mais bizarros. Entre 1975 e 1978, Meier contabilizou mais de 100. Ultrapassando as raias do descabido, alegou ter feito viagens intergalácticas e intertemporais, nas quais conheceu Erra e Plêiades. Disse também que, disfarçado de 12º apóstolo, presenciou a última ceia de Jesus, fotografou dinossauros e pterodátilos e, o que é mais estupefaciente, fotografou um dos olhos de Deus (sic).
Semjase, Asket, Ptaah, Nera, Quetzal [Quetzalcoatl?] e outros pleiadianos continuariam transmitindo a Eduardo “Billy” Meier informações e mensagens de todo tipo, que com o decorrer do tempo assumiram um tom acentuadamente pessimista. Ele fotografou em primeiro plano seus amigos pleiadianos, entre eles Asket — muitos a confundem com Semjase, que por cumprir missões infiltrada entre os terrenos não permitiu ser retratada — e gravou em fita magnética o som emitido pelas naves. Guiou os investigadores aos locais em que elas haviam pousado, facilmente discerníveis pelas marcas circulares no terreno. Entregou duas amostras de metal das naves para serem analisadas. Até então, jamais alguém reunira um volume tão grande de evidências. Mas em que medida essas evidências podem ser consideradas provas?
Nenhum grupo de estrelas conhecido pela astronomia tem despertado tanta atenção como as Plêiades. Em todas as épocas elas foram admiradas e analisadas. Erigiram-se templos em sua honra e pessoas e nações poderosas as veneraram
Desde que tomara conhecimento do caso, Stevens se esforçou para demonstrar sua autenticidade. Em 1979, confiou os pedaços de metal a Marcel Vogel, químico da IBM detentor de 32 patentes até então. Vogel concluiu que as amostras não passavam de ametista terrestre comum, contendo alumínio, prata, cobre, enxofre e chumbo. Por outro lado, surpreendeu-se ao tocar no óxido com uma sonda de aço inoxidável. “Apareceram listras vermelhas e a camada superficial de óxido desapareceu. Eu apenas toquei no metal e ele começou a desoxidar, transformando-se em metal puro. Nunca vi um fenômeno igual antes. Uma coisa realmente fora do comum”, disse o químico. Bob Post, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, de Pasadena, Califórnia, tomou as fotos como verídicas, pois não via nada falso nelas. Steve Ambrose, engenheiro de som do cantor Stevie Wonder, ouviu as gravações do ruído das naves e declarou: “Se é uma fraude, gostaria de conhecer o cara que fez isso, porque provavelmente ele podia ganhar muito dinheiro com efeitos especiais”.
O cúmulo da concessão
A balança pendia a seu favor até solicitarem os negativos de suas milhares de fotografias para exame — Meier forneceu apenas um conjunto de transparências, muito distantes dos originais, alegando que os negativos haviam sido roubados. O pesquisador Martin Sorge acreditava piamente em Meier e nos propósitos sagrados de sua alegada missão, até o momento em que encontrou vários slides parcialmente queimados mostrando uma maquete deveras semelhante às naves. Em represália aos maus tratos sofridos, a esposa de Meier, Popi, acusou abertamente seu marido de não praticar o que pregava e entregou secretamente a Sorge slides coloridos mostrando maquetes. Meier justificou dizendo que fotografara modelos que fabricara conforme as naves avistadas, a título de ilustração. Sorge não se convenceu, tampouco condenou Meier. “Estou certo de que Meier tem esses contatos, mas não do modo que nos conta. Ele pode recebê-los sob a forma de visões, como os médiuns recebem espíritos. Talvez ele nem saiba se essas visões são reais. Mas para ele é realidade, e para prová-lo precisa inventar essas coisas”, disse.
Os céticos do Caso Meier, encabeçados por Karl Korff e Philip Klass, iniciaram uma cruzada contra o “apostolado” de Stevens, Brit Elders e do grupo Genesis III, que defendiam o suíço — informes, contrainformes, acusações e difamações se confundiram em uma guerra sem quartel. Para os primeiros, o Caso Meier se afigurava como a maior fraude da história da Ufologia. Alegavam que as naves não passavam de maquetes suspensas por fios e que as marcas no solo e na vegetação engodos forjados com uma simples enxada. Ainda assim, ufólogos como o espanhol Manuel Carballal insistiam dizendo que “requer um grande esforço imaginar que as centenas de fotografias e filmes apresentados por Meier foram realizadas por este camponês suíço, aleijado, de baixo nível cultural e tão precários meios econômicos”.
Em seu livro Anos-Luz: Uma Investigação sobre Fenômenos Extraterrestres de Eduard Meier [Best Seller, 1987], o jornalista Gary Kinder escreveu: “Duvidei da história de Meier desde o começo, mas apenas por um motivo específico: ela não poderia ser verdade. Com exceção do grupo da Intercep, quase todos que entrevistei me preveniram de que eu estava perdendo tempo com uma fraude evidente. Os cientistas que estudaram as provas preveniram contra conclusões prematuras”. Para Kinder, as fotos forjadas de Meier sobre o terremoto de San Francisco e suas outras estranhas afirmações diminuíram sua credibilidade. “Ele pode ter sido apenas um dos melhores ilusionistas que o mundo já conheceu, possuindo a habilidade de convencer os outros a verem coisas que não aconteceram e não existem”. O escritor ainda desabafou dizendo estar certo de uma coisa: tentar fazer com que tudo isso tenha sentido é a coisa mais difícil que fará na via. “Por fim, cheguei à mesma conclusão que os Elders anos antes: a verdade sobre os contatos de Meier nunca será conhecida”, finalizou. Nem nós a conheceremos.