por Carlos A. Reis
Revista UFO sem fronteiras
Antes de começar meus comentários para esta edição de Ufo, gostaria de lembrar que, por ser um ombudsman, acima de tudo sou um leitor e, como tal, apreciaria ver respondidas minhas indagações – e nenhuma delas foi até o momento. Em primeiro lugar, Aldo Novak ainda não esclareceu se o Echelon é tão bom para localizar terroristas como para rastrear ufólogos [Edição 85]. Eustáquio Patounas também deve uma resposta sobre se o despertar da consciência é devido apenas aos “entrantes” ou se o ser humano tem alguma participação nesse processo [Edição 86]. E, finalmente, o editor ainda não se pronunciou a respeito do índice geral, que venho cobrando reiteradamente [Edição 83, 84, 85…]. Quantas edições mais terei que esperar para ter estes esclarecimentos?
Confesso que não entendi por que na matéria O Caso Máscaras de Chumbo, da edição 87, os autores Paola e Claudeir Covo insistiram em converter cruzeiros em dólares! Não seria mais apropriado converter em reais para se ter uma noção mais exata dos valores envolvidos? De qualquer forma, é interessante rever um caso que permanece inexplicado e assinalar – de novo – as palavras de Jacques Vallée, ditas há mais de 23 anos: “É hora de deixar de lado velhas teorias e procurar por novos caminhos (e não provas)”. E ainda como leitor, gostaria de pedir uma matéria sobre esse importante nome da Ufologia mundial, até para que os demais leitores saibam de quem estamos falando. E peço licença ao leitor Aricildes de Moraes Motta Filho, que teve sua carta publicada em Ufo 87, porque não posso deixar de comentar a ótima matéria assinada pela psicóloga Elaine Villela, Fronteiras da Ufologia. Seja bem-vinda, Elaine! Um belo texto que resvalou no psicologuês, como não poderia deixar de ser, mas que se manteve no rumo da proposta de abrir a consciência a novos valores existenciais a partir da Ufologia. Já que mencionei um leitor, quero comentar a carta de Maria Christina, publicada na mesma edição. Ela chama de “ufólogos obtusos” ou “espíritas carolas” aqueles que não vêem ligação entre UFOs e espíritos. Se nada sabemos sobre ambas as áreas, como afirmar que têm ligação?
Outro bom momento da edição 87 é a entrevista com Ricardo Varela Corrêa, em Diálogo Aberto, que mostrou uma postura cética, criteriosa e isenta no estudo da questão UFO. E mais uma vez o texto claro e cuidadoso de Reinaldo Stabolito, em Alienígenas: Estudo com Base em sua Morfologia. Ele nos deu uma noção de como andam os estudos acerca da morfologia extraterrestre, principalmente considerando que o depoimento humano é um elemento presente na esmagadora maioria dos casos, sendo, a um só tempo, um facilitador e um complicador dentro da investigação.
Por fim, devo dizer que desta vez não vi falhas de redação, diagramação ou quaisquer outras que fossem relevantes. Além da qualidade final estar sendo muito bem cuidada, há que se fazer um registro sobre a competência da equipe, em todos os níveis. Parabéns pelo empenho, pelo aprimoramento e pelo alto grau de profissionalismo que têm demonstrado seus integrantes.