A globalização chega à Ufologia
Já não era sem tempo. E demorou um pouco. Mas finalmente chegou à Ufologia a tão aguardada globalização planetária que já rege o funcionamento de tantos outros segmentos da sociedade humana. Hoje, pode-se encontrar num mesmo supermercado produtos de literalmente dezenas de países. Os automóveis que rodam nas estradas brasileiras vêm de pelo menos sete nações diferentes. Os programas de televisão que assistimos -especialmente via cabo – são produzidos por pessoas das mais diversas nacionalidades. Enfim, não há como fugir a isso: a globalização chegou, irreversível e definitivamente.
Éevidente que os resultados disso são positivos para todos nós. E agora, quando tal processo chega também à pesquisa ufológica, resta-nos apenas descobrir uma forma de usá-lo em nosso benefício, para o crescimento e modernização da Ufologia Brasileira. A forma mais visível dessa globalização começou a ser observada já há alguns anos, através da Internet. Pela rede mundial que liga milhões de computadores em mais de 200 países, ufólogos vêm intercambiando informações com muito mais velocidade, rapidez e qualidade. Embora o uso da lnternet pelos ufólogos brasileiros começasse ainda tímida, hoje, em 1999, expressiva maioria desses estudiosos já tem neste veículo sua mais importante ferramenta de trabalho.
Com a Internet não se realizam apenas pesquisas e intercâmbio. Mas se estruturam amizades sólidas – ainda que virtuais – e se encurtam distâncias. Ora, há 10 anos, se um caso ufológico expressivo ou uma conferência ocorresse na Europa, por exemplo, nós, ufólogos brasileiros, só conheceríamos os detalhes meses depois, graças a notícias eventualmente publicadas em algum boletim mimeografado que chegasse às nossas mãos. Hoje, felizmente, dias depois de ocorridos, tais fatos já podem ser pesquisados na rede. Há casos extremos, como de congressos sendo transmitidos onl-ine pela Internet, em tempo real.
A globalização é positica para todos nós. Resta sabermos, no entato, como utilizá-la para benefício de nossa Ufologia
– A. J. Gevaerd
Outro exemplo de tal agilidade é a possibilidade, hoje garantida, de acompanharmos uma pesquisa ufológica em andamento, graças às notícias que seus investigadores publicam na Internet a cada novo lance descoberto. Enfim, a lnternet é o grande veículo da globalização e está irremediavelmente ultrapassado aquele ufólogo que ainda não tem acesso a ela. Mas a globalização é mais ampla ainda do que a rede mundial. Ela representa a verdadeira integração da Ufologia em escala planetária. Os congressos ufológicos que hoje se realizam em qualquer lugar do mundo são multinacionais. Ou seja: é impossível realizar-se um bom evento no setor sem a presença de estudiosos de várias nacionalidades.
Hoje, como resultado de um sólido trabalho de divulgação de nossa Ufologia, é praticamente impensável organizar-se um congresso em qualquer país sem a participação de um conferencista brasileiro. Outras nações da América do Sul não têm, ainda, a mesma representatividade que o Brasil. Mas estão caminhando para isso, pois deverão sofrer a globalização que já nos atinge.
Graças a esse fato, hoje temos como absolutamente certo e inquestionável um fato sobre algo que antes apenas desconfiávamos, quando tínhamos acesso à casuística mundial somente através da literatura especializada. Atualmente, por conta da globalização, sabemos que o Fenômeno UFO está igualmente presente em todos os países da Terra. Os ETs que nos visitam vão a todos os rincões do planeta. Seu interesse pelo gênero humano inclui as mais diversas raças e etnias que o compõe. Assim, é óbvio que, para entender as razões de nossos visitantes, temos também que pensar em termos globalizados.
Abduções extraterrestres: como é estar dentro de um disco voador?
Em nossa terceira edição em cores, algumas novidades poderão ser notadas. Inicialmente, a revista passou por uma adequação de preço, subindo de R$ 5 para R$ 6. Isso foi absolutamente necessário para que a publicação se mantivesse viável economicamente. Como UFO não veicula publicidade externa em suas páginas (que mantém qualquer revista em todo o mundo), ela tem que sobreviver exclusivamente de sua própria venda em bancas e entre assinantes. Assim, o aumento de preço foi efetuado para que a publicação pudesse continuar no nível de qualidade editorial e gráfica atual. Com essa atitude, a relação entre o custo de produção e a vendagem da revista fica equilibrada. Além disso, dinamizamos ainda mais as matérias, diversificando-as, e desmembramos a nossa seção Mundo Ufológico, gerando um novo espaço chamado Casuística Global. A ilustração da capa desta edição foi feita por Jamil Vila Nova, um dos mais talentosos artistas ufológicos do mundo, com base no fenômeno das abduções. Nossa tiragem continua estabilizada na faixa de 25 mil exemplares.
Infelizmente, a TV brasileira refere-se à Ufologia com descaso
Decorridos 50 anos de Ufologia, que tantas dúvidas têm trazido à Humanidade e, em particular, às potências dominantes, temos que nos posicionar de maneira séria e coerente a respeito do assunto. Em tempos passados, a Ufologia, ainda desacreditada, tratava de algo incomum: a presença de ETs entre nós. Nesta fase, era respeitada pelos pesquisadores que apresentavam os resultados de seus estudos como sendo dignos de serem lidos, escutados ou mesmo relacionados entre os fatos merecedores de crédito e que iriam alicerçar o que hoje é uma realidade: a existência dos UFOs em nossos céus.
Infelizmente, decorrido este meio século, graças a alguns programas populares da televisão brasileira, ainda não podemos erguer a cabeça e gritar bem alto: “Eis aqui a \’verdade! Tudo é Ufologia.É real, podemos provar… Acreditem!” lsso ocorre porque tais programas estão aí, mostrando um festival de besteiras e mentiras que objetivam apenas dois ou três pontos no Ibope, não importando se apresentam imagens ridículas de alguns pesquisadores que, a procura de uma projeção na área profissional, aproveitam a oportunidade para levar ao ar histórias absurdas de pedras milagrosas, UFOs com escadas de cordas, ETs usando computadores à beira de lagoas ou mensagens secretas formadas em montanhas que a séculos ali estão…
Está na hora de darmos um basta em toda esta baboseira. A Associação Nacional de Ufólogos do Brasil (ANUB), juntamente com pesquisadores sérios e honestos deste país, precisa se posicionar e informar ao grande público em geral quem é quem na Ufologia Brasileira. Devemos ir a cada uma dessas emissoras, que levam informações desconexas ao telespectador, e mostrar que temos coisas boas e verdadeiras a apresentar, que também darão alguns pontos no Ibope – porém de forma adequada, responsável e verdadeira.
Reginaldo de Athayde, co-editor e
presidente do Centro de Estudos e
Pesquisas Ufológicas (CPU)
Afinal, que tratamento deve-se dar às provas da existência dos UFOs
Às vezes, a opinião pública e até mesmo alguns pesquisadores fazem a seguinte interrogação: há alguma prova concreta da existência do Fenômeno UFO? E se há tal prova, por que a Ciência ortodoxa não admite sua veracidade?É verdade que na Ciência do Direito aparecem princípios éticos e valores sociais aliados aos procedimentos jurídicos que limitam nos tribunais a prova e sua efetiva produção. Porém, é praticamente aceito por todos os ordenamentos modernos que qualquer meio lícito de obtenção e produção de prova deve ser respeitado, com base no princípio jurídico da busca da verdade absoluta.
O volume das provas da existência do fenômeno vem crescendo vertiginosamente em quantidade e qualidade, sobejando plenamente, demonstrando a existência dos UFOs como realidade e verdade que é. A essa altura da narrativa, poderia então o leitor questionar. Ora, se já é tão grande o número de provas do fenômeno, por que não admiti-lo publicamente como autêntico? Não é fácil tal resposta, mas sem querer ser maçante na analogia, podemos raciocinar o seguinte: toda prova judicial é dirigida para um julgador convocado, geralmente pertencente ao poder público, sendo quase sempre de um órgão singular ou no caso das cortes de apelação, um órgão colegiado, mas com número limitado de membros. São os juízes de Direito.
O destinatário da prova é, pois, o órgão judicial, designado pelo poder público ao exercício constante da atividade jurisdicional. No caso da Ufologia, qual seria o destinatário das provas? Os governantes, os militares, os clérigos ou autoridades religiosas de um modo geral, os cientistas ortodoxos? Isso deve ser definido para que a disciplina ufológica progrida e as respostas que procuramos sejam encontradas.
Ronaldo Kauffman, advogado e
consultor da Revista UFO
O Fenômeno UFO é ferramenta de mudança de pensamento
Despontando como um fato novo nessa última metade do século, a Ufologia tem encontrado grande resistência por parte da cultura humana preestabelecida, que rejeita a presença perturbadora dos ETs e suas naves. O medo do mistério e, sobretudo, do perigo parece estar por trás da insistente má vontade do sistema em encarar de frente um fenômeno que surge forte, incontrolável e onipresente, mostrando-se potencialmente capaz de desestabilizar toda a solidez aparente do nosso edifício cultural, construído pedra sobre pedra, sofrida e pacientemente através dos tempos.
Nossa História já viveu episódios semelhantes, quando alguns pioneiros da Ciência expuseram leis, princípios e conceitos que contrariavam o sistema então oficial. Mas como a verdade sempre prevalece, cedo ou tarde, a minoria que a aceita se torna maioria, e a mudança de consciência se torna um fato reprimível. Não temos dúvida de que em relação à Ufologia o processo é idêntico, com a vantagem de que agora essa metanóia é menos sofrida porque o nível de consciência e o poder de síntese e compreensão ajudam o homem atual a entender e acatar certas circunstâncias transcendentes nas quais está inserido, libertando-se, enfim, de radicalismos e preconceitos que lhe toldavam outrora a razão.
Em tempos conturbados de final de século, ciclo e milênio, vivemos aeradas mudanças. A parábola que sustentou até hoje a base do conhecimento filosófico da Humanidade agora se desvela na sua verdadeira significação, substituindo os símbolos e despindo as formas que lhe ocultavam a essência, por ser esta ainda incompreensível para as mentes e consciências do passado.
Alonso Valdi Régis, bancário e
consultor da Revista UFO