Qualquer ufólogo sabe que estamos constantemente sendo visitados por seres extraterrestres inteligentes. E pela grande diversificação de sua tipologia, não restam dúvidas de que vêm dos mais diversos lugares. Conseqüentemente, têm os mais diversos propósitos. Mas de onde viriam nossos visitantes? O que estão fazendo aqui? O que querem conosco? Teria nossa raça branca sua origem em algum planeta da Constelação das Plêiades? Teria nossa raça amarela sua origem nas estrelas Zeta 1 ou Zeta 2, da Constelação do Retículo? Teria nossa raça negra origem em algum planeta em órbita da estrela Sírio, da Constelação do Cão Maior? Infelizmente, os ufólogos não têm respostas para tais perguntas, mas tudo indica que nossos visitantes fazem da Terra um laboratório de pesquisas.
Independentemente de suas origens e propósitos, os seres extraterrestres – sejam altos ou baixos, gordos ou magros – parecem seguir uma espécie de padrão de comportamento. A casuística ufológica registra que as mais diversas formas de naves alienígenas já foram vistas em nossos céus – mas isso não explica muita coisa, pois também temos aqui na Terra os mais diversos modelos de veículos automotores, assim como aviões. Marcas de pousos no solo, interferências eletromagnéticas, detecção por radares, mutilações de animais, abduções e implantes são realizados em nosso planeta por extraterrestres, não importando se são do tipo alfa, beta ou gama.
Mas a compreensão dessa situação começa a se complicar quando entra o ser humano com seus supostos contatos telepáticos com ETs. E quando o cenário vira uma grande Torre de Babel. Através desses aludidos contatados chegam aos ufólogos milhares de informações, porém todas inverossímeis. Alguns desses personagens acreditam piamente que os aliens nos visitem com o intuito de mutilar nossos animais e satisfazer sua fome e sede comendo seus órgãos e bebendo seu sangue. Mas isso não pode ser verdade, pois nunca ninguém viu um ET se alimentando dessa forma. Provavelmente, os órgãos dos animais mutilados sejam retirados para algum tipo de pesquisa que realizem.
Imaginar que os ETs venham à Terra para nos informar sobre cataclismas prestes a dizimar a Humanidade, prometendo-nos evacuá-la antes que isso aconteça, não faz sentido
– Claudeir Covo
Outros contatados acreditam que os bons extraterrestres estejam com sua frota interplanetária estacionada em órbita da Terra para, assim, proteger-nos dos maus extraterrestres e ajudar a Humanidade. Isso também é improvável, pois basta olhar as inúmeras guerras que a todo instante ocorrem em nosso Planeta – além de vulcões, furacões e terremotos onde milhares de inocentes morrem constantemente. Nenhum ET, bom ou mau, tem sido visto resolvendo tais problemas… Imaginar que nossos visitantes venham à Terra informar-nos sobre cataclismos eminentes e prestes a dizimar a Humanidade, prometendo-nos evacuá-la antes que isso aconteça, também não faz sentido, pois o fim do mundo já foi profetizado e nada aconteceu.
Imaginar que os seres extraterrestres nos visitem com o intuito de satisfazer seu apetite sexual pelos terrestres também não faz sentido. E mais provável que a coleta de esperma e óvulos que essas criaturas fazem conosco se destine a algum tipo de experimento genético. Enfim, este é um complicado quebra-cabeças e os ufólogos vêem a intrincada casuística como uma imensa caixa preta, onde se tem muito mais perguntas do que respostas. E só através da pesquisa do assunto que chegaremos a alguma conclusão. Quando fazemos as perguntas referidas no primeiro parágrafo deste editorial, no fundo de nossas almas estamos mesmo é procurando respostas para outras indagações: Quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos?
Visitantes alienígenas: cada vez mais próximos de nós
Esta é a segunda edição de UFO em cores, incorporando melhorias que fazem parte do intenso processo de reformulação da publicação que iniciamos no mês de outubro passado. Com esta edição, aprimoramos ainda mais a diagramação dos artigos e incrementamos o uso de fotos coloridas, como o leitor poderá verificar. Tais melhorias visam manter a UFO em patamares idênticos aos de revistas internacionais de Ufologia, embora estas tenham imensamente mais recursos à sua disposição. Dedicamos esta edição principalmente à questão das quedas de UFOs em vários locais do mundo – em especial o bombástico documentário sobre o suposto acidente na Rússia, que agitou a comunidade ufológica internacional. A ilustração da capa desta edição foi feita por Ted Seth Jacobs, a partir das pesquisas do veterano em abduções Budd Hopkins, e foi publicada no calendário de J. Antonio Huneeus de 1998. Nossa tiragem continua na faixa de 25 mil exemplares.
A troca de essência e a chegada dos entrantes
A troca de essência é o processo através do qual um ser interdimensional troca com uma entidade espiritual associada a um corpo físico já atuante (astral ou não), a ascendência sobre esse corpo. O ser inicialmente atuante deixa o corpo físico para o ser interdimensional, que passa a atuar a partir de então. Alguns chamam esses seres de entrantes ou walk-ins. Eles são seres que atingiram suficiente consciência do significado da vida, de maneira que conseguem preceder do processo de nascimento e infância, voltando diretamente à Terra em corpos adultos.
A substituição da ascendência pode acontecer a qualquer hora e sob qualquer circunstância. Muitos entrantes optam por “ingressar” nos corpos durante experiências de quase-morte, acidentes quase fatais, tentativas de suicídio, enfermidades graves ou simplesmente durante um sossegado interlúdio. Acidentes, às vezes seguidos por coma, respondem por um grande número de trocas de essência.
Os entrantes dedicam-se de forma quase obsessiva ao seu trabalho, serviço ou missão e sua perspectiva tende a se tornar mais universal e humanitária. Muitas pessoas hoje estão experimentando sentimentos de desorientação, pois parece que não sabem mais quem são. Sentem-se pessoas diferentes e acham muito difícil relacionarem-se com outras da mesma forma que estavam acostumadas.
Este é um período de grande tumulto interior, pois algumas dessas pessoas estão se integrando a novos níveis, a aspectos novos delas mesmas. Paciência e não alimentar nenhuma expectativa é a orientação para quem sente estas transformações. Expectativa significa estar trabalhando dentro de uma idéia pré-concebida de como as coisas devem ser, baseado na experiência de como as coisas eram no passado. Deve-se ter conhecimento de que o passado se foi e nunca poderá devolver as coisas como eram. Simplesmente, as coisas nunca serão iguais novamente!
Eustáquio Andréa Patounas,
presidente da Sociedade de Estudos Extraterrestres (SOCEX)
A necessidade de uma nova parceria na Ufologia
Para nossos leitores, a posição das Forças Armadas com relação ao Fenômeno UFO não é nenhuma novidade. Todos sabem que esta postura é tempestuosa e sigilosa, sempre negando aos investigadores civis qualquer acesso às informações. Para se ter idéia, recentemente, tivemos três oportunidades de observar a ação dos militares quando o assunto vem à tona. A primeira deu-se em maio de 1986, numa ocasião conhecida como “noite oficial dos UFOs”. Neste episódio, diversos objetos luminosos foram vistos e detectados por radar, colocando nossos caças a jato em seu encalço. Por causa disso, o então ministro da Aeronáutica propôs uma investigação dos fatos, mas nunca apresentou os resultados à Nação.
A segunda oportunidade veio à tona graças ao coronel Uyrangê Hollanda, o valoroso oficial da FAB que nos mostrou a grande prioridade que o alto comando da Aeronáutica aplica aos casos de avistamento de UFOs. Isso ficou patente principalmente na década de 70, quando sigilosamente a Aeronáutica conduziu a chamada Operação Prato. Mesmo assim, se analisarmos os relatórios das atividades desta operação, veremos que nossos militares não estavam preparados para estudar o Fenômeno UFO.
A terceira oportunidade de observarmos o comportamento de nossas Forças Armadas quanto aos UFOs foi, na realidade, uma perda de oportunidade. Trata-se da desastrosa operação desenvolvida pelo Exército brasileiro em Varginha, capturando uma criatura alienígena e entregando-a a militares de outro país. Durante este episódio, nosso Exército não demonstrou o menor interesse em esclarecer a questão e apenas tratou o assunto como mais uma operação militar.
Informações sobre a atuação das Forças Armadas para com o Fenômeno UFO mostram o imenso despreparo de nossos militares na investigação do assunto. No caso da tal noite oficial dos UFOs, por exemplo, não procuraram testemunhas, não acionaram uma inspeção técnica nos equipamentos envolvidos (como radares de terra e de bordo), nada, enfim, que atestasse que realmente houve registro físico de UFOs.
Não devemos temer estarmos sendo visitados por extraterrestres. Temos que criar coragem para estudar o assunto à luz da Ciência, catalogando e investigando os inúmeros casos de forma científica, utilizando recursos técnicos disponíveis, material e pessoal qualificado – quer das Forças Armadas, quer das instituições de pesquisa científica do país. Por isso, devemos propor uma parceria entre a “nossa” Ufologia, com seus muitos anos de experiência, as Forças Armadas, com sua instrumentação e treinamento, e os institutos científicos do país. Uma parceria entre estas três forças poderia trazer muito conhecimento para a Humanidade e desmistificar o Fenômeno UFO, assim como já fizeram o Chile e a Bélgica.
Ricardo Varela Corrêa,
membro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)