Ufólogos são abduzidos
No dia 8 de novembro de 1996, fui a Manaus a convite de meu amigo Manoel Gilson Mitoso, membro e fundador da Associação de Pesquisas Ufológicas de Campo (APUCAM), para conhecer de perto o caso da Fazenda Picanço [publicado em UFO 51], que foi um dos mais impressionantes casos registrados naquele ano. Durante meses, naves sobrevoaram a Fazenda Picanço, durante a noite, e levaram o proprietário, o senhor Raimundo Picanço, e sua filha em abdução.
Pesquisadores nacionais e estrangeiros, recepcionados pelo incansável Gilson, observaram e filmaram o fenômeno em várias oportunidades. Eu também fui lá para poder ver o fenômeno. A Fazenda Picanço está situada no Km 18 da BR 174, alguns quilômetros depois de um posto policial, sendo portanto muito fácil de localizá-la. Além disso, nos últimos oito meses, Gilson visitou o local por dezenas de vezes, tanto de dia como à noite, sendo impossível que errássemos o caminho.
Passamos o posto policial e mais uns quilômetros à nossa esquerda estaria a entrada da fazenda. Vínhamos conversando e, com a noite chegando, os carros que transitavam em sentido contrário ao nosso já estavam com os faróis acesos. Como os faróis começaram a me incomodar, fechei os olhos e fiquei ouvindo Gilson falar. Uma leve sonolência tomou conta de mim. Tentei desligar-me para, quem sabe, dar um breve cochilo. Naquele momento, com os olhos fechados, tive a nítida impressão de que alguma coisa nos acompanhava do lado direito. Não sei por que imaginei que tinha uma nave à nossa direita, a poucos metros do carro, acompanhando-nos. Então comentei: “Gilson, já estou sentindo a presença deles aqui junto a nós”.
O presidente da APUCAM entusiasmou-se e disse que aquela noite ia ser boa para nós. Eram 18h30 e, no mais tardar, em dez ou doze minutos, estaríamos divisando à nossa esquerda a entrada da fazenda. Continuei sonolento e, ao sentir o carro diminuir sua velocidade, abri os olhos e percebi que a sonolência havia passado. Foi aí que notei que Gilson estava intrigado, pois não conseguia, pela primeira vez, achar a entrada da fazenda – o que ele acreditava ser impossível acontecer. Continuamos a rodar com o carro em uma velocidade um pouco menor olhando atentamente para a nossa esquerda, na esperança de encontrar a fazenda.
Percorremos mais uns três quilômetros, e Gilson resolveu fazer o retorno, na certeza de já havermos passado o local. Para nosso espanto, ao entrar no acostamento, ele percebeu que estávamos no Km 38, vinte a mais, em um percurso de apenas dezoito. Iniciamos o trajeto de volta, quando deparamos, após apenas um quilômetro do retomo, um restaurante à beira da estrada, todo iluminado, que, com certeza, não havíamos visto alguns minutos atrás, apesar de estarmos com nossas atenções voltadas para aquele lado da estrada, momentos antes. Fizemos o trajeto de volta, um percurso de 20 km, até encontrarmos a entrada da fazenda.
Quando descemos do carro Gilson olhou seu relógio: eram 18h45. Naquele momento nós percebemos que realmente alguma coisa muito estranha acontecera. Percorremos 50 km em apenas 15 minutos. Gilson, que já havia lido meu livro, em que conto várias de minhas experiências, brincou comigo numa reação eufórica e assustada. E eu me senti meio contente e decepcionado, pois àquela hora eu pude raciocinar direito e perceber que havíamos sido abduzidos com alguma finalidade – que, mais uma vez, só teremos condições de saber através de uma regressão hipnótica.
José Luiz Martins
Núcleo de Expansão da
Consciência (NEC).
Avenida Magalhães Barata 1150, Casa 72,
66060-670 Belém (PA)
ETs seqüestram Professor
Num dos últimos dias do mês de novembro de 1997, ou em um dos primeiros dias de dezembro, à noite, preparava-me para dormir, juntamente com a minha esposa. Tinha sido um dia cansativo e estava quente. Em certo instante, ela me pediu para abrir a janela de nosso quarto. Minha esposa adormeceu logo, recomendando que, antes que eu viesse a dormir, fechasse a janela.
Embora cansado, o sono não chegava… Comecei a folhear um livro. Certo tempo depois, decidi que era hora de encerrar a leitura e dormir, pois no dia seguinte teria que trabalhar. Antes, fui fechar a janela. O que aconteceu depois até hoje me confunde. Sempre gostei de olhar o céu. Não por misticismo, mas apenas por curiosidade. Naquela noite não foi diferente.
Mas, para a minha surpresa, a primeira coisa que vi foi a dita janela aberta. “Fulana (não cito o seu nome porque ela não tem conhecimento dos fatos, ainda) abriu-a durante a madrugada”, pensei. Fui para o banheiro para fazer a barba e tomar um banho. Embora tivesse tido umas seis horas de sono, sentia-me cansado e sonolento. E ainda, com as características de ter tido um relacionamento sexual e ejaculado uma boa quantidade de sêmen…
Eu não recordava ter tido relação com a minha mulher. Então acordei-a e perguntei se havia acontecido. “Você andou sonhando ? É claro que não”, respondeu. Aquilo me intrigou. Além do mais, eu sentia a uretra impregnada de sêmen. “Ah! Voltei a ser adolescente. Foi uma ejaculação noturna”. Mas o meu pijama estava limpo, assim como o lençol da cama. Então o que ocorreu naquela noite? Fiquei pensando nisso por mais um dia, porém terminei por esquecer o assunto.
Cabe aqui explicar que sou professor do 2° grau, além de ser formado em Direito, era inclusive professor universitário. O certo é que, quando ministrava minhas aulas, notava que ocorria o seguinte: ao invés de ser a principal pessoa que estava falando em um ambiente, era o contrário. Ouvia mais do que falava. Onde fora isso? Não recordava. Naqueles dias, após assistir ao Jornal Nacional comecei a ver com minha família uma novela em que aparecia uma cena em um hospital. Mesmo não assistindo àquela novela, algo começou a avivar a minha memória. “Engraçado”, pensei, “qual foi o hospital em que estive ultimamente?” Nenhum, há tempos que não ficava doente… Mas eu estivera em algum lugar, sendo observado por médicos usando jalecos, sim.
Não sei como, mas a partir de então, pouco a pouco, nos dias seguintes, comecei a me lembrar de um “sonho” que tivera. Digo “sonho”, entre aspas, por ser a única razão para explicar essa história, que para muitos pode ser fantasiosa, ridícula, mentirosa… Na noite em que aconteceram aqueles fatos, eu me achei num local semelhante a um ambulatório médico. Recordo que vestia a mesma roupa que fora dormir. Fui atendido por três pessoas, todas vestidas como médicos. Uma delas era, digamos, do sexo feminino, e se comunicava não sei por qual modo (telepatia ou oralmente).
Essa pessoa sabia que eu era professor. Dizia que fora selecionado pelo meu caráter e formação moral, além do fato de não ter vícios. Disse também ser integrante de uma missão para trabalhar em um projeto para povoar um novo espaço do Universo. E me indagou se queria colaborar. Deduzi que queriam o meu sêmen para gerar um novo ser e perguntei se o projeto seria para o bem da Humanidade – que confirmou. Perguntei também se o meu filho teria características humanas e ela respondeu que seriam “semelhantes às nossas [deles, interlocutores], mais alto que você”.
Mesa cirúrgica – Então perguntei se algum dia eu o conheceria. E ela me disse que não tinha ordem para responder aquela pergunta, mesmo assim queria saber se eu desejava colaborar. Respondi-lhe que sim, mas que o material fosse coletado sem a necessidade de uma relação sexual. A “médica” respondeu que não teria problema. Pediu apenas que me deitasse em um tipo de mesa cirúrgica e, em seguida, disse que eu voltaria a dormir. Lá no hospital, ou coisa que o valha, estavam comigo duas pessoas: uma moça e outro homem. Não pude conversar com eles. Pareciam hipnotizados, pois não se falavam. O homem era um cidadão de seus 50 anos e trajava um uniforme como de motorista de ônibus.
Minha saúde está em ordem, não tenho marcas no corpo ou outros sinais. Sempre o tive como um sonho estranho, mas, se foi assim, onde foi parar o sêmen que saiu do meu corpo naquela noite? Acredito que algo tenha acontecido. Tive contato com uma equipe médica, doei sêmen e, pelo que entendi, sou ou serei pai de alguém que vai habitar um novo mundo. Comentei o fato com um colega. Mas não quis contá-lo a mais ninguém, sequer à minha esposa.
Como tenho um nome a zelar e não desejo ser alguém em evidência por um assunto tão delicado e polêmico, não querendo cair no ridículo, decidi relatá-lo a um órgão sério, após ouvir uma palestra, em 23 de fevereiro de 1998, no VII Encontro para a Nova Consciência. Não busco ser destaque pois, pelo que entendi, existem milhares de casos como este. Mas me sinto melhor ao declarar tudo isso. E um desabafo, na verdade. Se puder ser útil nos estudos da Ufologia, ótimo. Caso contrário, para mim pelo menos, valeu. Serviu como terapia.
Mário Vinicius
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