Existe realmente divisão na Ufologia?
Existe separação entre Ufologia Científica e Mística? Muitos questionamentos dividem opiniões, abrindo fissuras, separando ufólogos e ufófilos. E a quem interessam essas divisões e rotulagens? A Ufologia, definitivamente, não. Pois esta situação desgasta e corrói o pouco que descobrimos, ameaçando-nos com uma implosão conceitual. Temos provas da presença ou atuação de seres alienígenas que interagem em nosso mundo físico (contra a vontade), através de várias formas. Quase todos concordamos com isso, mas de uns anos para cá surgiram evidências que nos jogam contra outras realidades, apresentando-nos outro paradigma.
Como devemos encarar essa nova situação? Através de livros escritos por Whitley Strieber, Budd Hopkins, Raymond Fowler, John Mack e Gilda Moura, encontramo-nos com essa realidade que incomoda. Há fortes evidências da interação de uma realidade mais sutil com a nossa realidade física. Uma realidade interdimensional ou pluridimensional, que nos mostra conceitos espiritualistas que afloram das mentes de pessoas que nada têm de místicas ou fanáticas, pois muitas vezes desconhecem o fenômeno ou o conhecem superficialmente. Como assimilar isso e equacionar dentro da ciência ou da Ufologia Científica?
Poderíamos duvidar da ética profissional de psicólogos ou psicanalistas, sugerindo que distorceram ou manipularam informações? Após ler e analisar Comunhão, Intruders, UFO – Contato Alienígena, Os Observadores e Abduções, percebemos, nesta ordem, que a coisa vai ficando cada vez mais séria e abala aqueles que percebem nas entrelinhas seu conteúdo. Devemos pensar seriamente sobre o rumo das pesquisas, em sua divulgação, em nossa integração não apenas como ufólogos, mas como seres humanos.É complicado para digerir, mas embora seja de difícil assimilação, é o caminho a seguir, sem misticismo ou fanatismo. A casuística é importante, assim como a pesquisa de campo, de gabinete, dedutiva e analítica. Mas o intercâmbio de informações entre a Ufologia Científica e a Mística também. Nos anos 70, eu já afirmava que entre a Ufologia e (o que na época denominava) os fenômenos paranormais existia um ponto de interseção.
Onde iria a soberania dos governos, se eles deixassem claro que não podem impedir que os ETs interajam em nossas vidas?
As conversas que mantive com o saudoso General Uchôa deixaram uma semente e, embora tenha resistido, no íntimo, sabia que alguém com a coragem e conhecimento do General não poderia ser apenas um “fanático espiritualista”. As conversas com Uchôa e a leitura de seus livros ficaram na minha mente, adormecidas, e agora, a leitura dos livros já mencionados e experiências por mim vividas trouxeram-nas de volta. E me encontro frente a essa realidade, que complementa minhas pesquisas, observações e estudos, dando-me uma visão mais periférica e abrangente.
Componentes religiosos – Os abduzidos nos revelam mensagens que, retirando-se componentes religiosos ou místicos, ensinam-nos a perceber o que o homem está fazendo de errado com a Terra, dando-nos chance de tentar melhorar. São conceitos novos, revolucionários, para nós que desconhecemos as filosofias orientais espiritualistas. Mas isso não quer dizer que devamos virar místicos. Porém, já que queremos nos agarrar à pesquisa científica e séria, é incorreto deixar de lado uma hipótese por não se encaixar em nossas idéias. Devemos analisá-la cuidadosamente, estudá-la, verificando se esse novo elemento pode ou não se ajustar em nosso quebra-cabeças cósmico, antes de jogá-lo fora.
Não é fácil assimilar que possamos ser mais um abduzido, descobrir nossa “porção alien”, admitir que passamos por experiências traumáticas, receber orientações etc. Mas será que é pior do que descobrir animais ou humanos mutilados por grays? Por outro lado, onde iria parar a soberania dos governos, se tudo isso ventilasse abertamente, deixando claro que ninguém pode fazer nada para impedir que os ETs se introduzam ou interajam em nossas vidas? Como justificariam o descaso para com nossa biosfera e a condição do homem como indivíduo, com direitos e deveres. Se a Humanidade acordasse do seu estado letárgico e praticasse o amor ao próximo, acabariam as disputas por terras, a economia predatória pregada pelo capitalismo selvagem.
Evidentemente isso não interessa aos donos do mundo, pois deixa-os inseguros, frágeis e talvez prejudique as alianças espúrias com a colônia extraterrestre que os beneficia em troca de material para suas experiências genéticas. Quanto menos se fale ou faça sobre as investigações ufológicas – que evidenciam cada vez mais suas ações criminosas -, tanto melhor para eles. Em todo caso, a união e a seriedade do trabalho e o respeito mútuo entre todos nós podem fazer a diferença.