CULTURA SUPERIOR ABSORVE CULTURA INFERIOR
Evandro Giordani
Tenho notado que vários ufólogos, alguns merecedores da maior consideração, anunciam e desejam fervorosamente a descida de um UFO bem no meio de sua cidade. Há também uma corrente que defende e quer que os governos – principalmente dos EUA – admitam oficialmente que os UFOs existem. Imaginemos, pois, que os UFOs chegaram e os governos admitiram a veracidade do fato. Vejam, meus amigos, o caos em que toda a Humanidade mergulharia. A princípio, teríamos medo, mas logo em seguida começariam as romarias e as demonstrações de fé. As pessoas acreditariam que os ETs haviam chegado para resolver todos os nossos problemas.
Alguns poderiam pensar que não seria mais preciso trabalhar pois os ETs cuidariam de sua fome. Imagine um caso como este estendendo-se na ordem de 10 milhões de pessoas. Seria o caos! Se um ser humano, como muitos líderes religiosos que se vêem em todo o mundo, consegue milhares de adeptos à sua igreja, o que uma nave toda iluminada, descendo do céu não poderia conseguir? Digamos que os governos admitam o que sabem. Entrariam em decadência pois, se existe uma força superior aos nossos governos, para que precisaríamos deles? As grandes massas não mais os levariam a sério. A sensação de insegurança é assustadora.
Muito bem, nossos governos mantêm estupendas pesquisas sobre UFOs. Não cabe a nós, ufólogos, no entanto, simplesmente termos a função de pedir e exigir que a verdade venha à tona de um momento para outro. Cabe a nós, isto sim, prepararmos os menos informados para uma possível ou inevitável chegada dos alienígenas no futuro. Mostrar a eles que aquele ser que desce do céu em uma bola iluminada não é um Deus, é um ser de carne e osso, que pode ter problemas semelhantes aos nossos e sentimentos.
Desta forma, até mesmo os ETs teriam maior interesse em descer entre nós. Além disso, não podemos nos esquecer de que uma cultura superior absorve uma cultura inferior.
DISCOS VOADORES ROUBAM ELETRICIDADE ?
Fernando Cleto Nunes Pereira
Meu último livro, Que Ciência Constrói Discos Voadores?, foi lançado em junho deste ano. Muitos centros de estudos de UFOs receberam um exemplar. A parte teórica científica do livro foi amplamente discutida por mim, antes do lançamento, com profissionais das áreas afins. Estou ciente da dificuldade que alguns ufólogos encontrarão para dominar o segundo capítulo, que consta de uma parte filosófica teórica da física. No entanto, o livro aborda temas que são próprios da Ufologia.
No mês de dezembro, meu livro entrará em seu sexto mês e não tive o prazer de ver o tema do assunto em destaque ser contestado ou comentado por nenhum ufólogo. Afinal: discos Voadores roubam eletricidade? O assunto está enfocado nas páginas 33 e 34 e considero o tema de interesse ufológico mundial. Por motivo de força maior não tenho podido viajar e assim não pude comparecer ao último Congresso de Curitiba. Imaginei, entretanto, que alguém abordaria o problema no sentido de valorizar a posição brasileira.
Se minhas conclusões estiverem certas, a Ufologia está errada desde seu início. O tema não é importante? O que estará acontecendo com nossos ufólogos? Ninguém percebeu a importância da discussão do tema? A primeira informação que alimenta a idéia de que os UFOs inundam seus arredores com grandes emissões de elétrons data de 4 de julho de 1952. Trata-se de uma narrativa sem provas.
Pessoalmente sempre dei importância ao evento por motivos íntimos. Ninguém precisa participar de minha opinião ou acreditar no mesmo princípio. Refiro-me ao caso que foi narrado pelo engenheiro Daniel Fry, em 30 de outubro de 1954, numa entrevista ao repórter brasileiro João Martins quando afirmou: “Entre os 2 pólos desse acumulador há elétrons em liberdade e em quantidade muito além do que você possa imaginar.” Estas palavras teriam sido ditas por um ufonauta.
É também oportuno transcrever a última e mais importante notícia publicada no jornal O Globo de 25 de setembro deste ano: “Nova Iorque – a agência espacial americana (NASA) lançará em 1997 dois satélites que, a uma distância de 1,5 milhão de quilômetros da Terra vão detectar nuvens de plasma solar antes que cheguem ao planeta. Essas nuvens, grandes bolhas de gás quente com cargas elétricas provenientes do sol, provocam tempestades magnéticas que causam uma série de problemas como blecautes e falhas em satélites de telecomunicações. Modelos matemáticos criados por computadores instalados nos satélites da NASA poderão antecipar o começo de uma grande tempestade geomagnética com pelo menos uma hora de antecedência. Esse tempo será suficiente para que sejam adotadas medidas de proteção às usinas geradoras de energia e aos satélites.”
E quais seriam essas providências? Nas páginas citadas de meu livro transcrevo um noticiário de 1991 informando que é possível diminuir as cargas elétricas nos cabos de alta tensão e evitar assim, os blecautes. Pode-se ainda aproveitar a energia elétrica proveniente das tempestades magnéticas. Considero o debate do assunto o item de maior importância para a Ufologia mundial neste momento. Daí o meu pedido para que o assunto seja amplamente discutido.
UFOLOGIA DEVE BUSCAR FATOS CONCRETOS
Daniel Azevedo de Brito
Muita coisa que os ufólogos esperam encontrar no futuro possivelmente já aconteceram no passado. Não quero ser prepotente mas acho desnecessário o trabalho de certos ufólogos que só se preocupam com a teologia e o imaterial. Nossa ciência precisa de fatos concretos, inegáveis e polêmicos. Devemos olhar primeiramente para o passado e então estabelecer metas para o futuro.
Não é difícil encontrar citações sobre UFOs nos livros sagrados. Vejamos o que disse o profeta Ezequiel: “Olhei e eis que um vento tempestuoso vinha do norte e uma grande nuvem com fogo. O resplendor ao redor dela parecia-se com uma coisa como metal brilhante que saía do meio do fogo. Do meio dessa nuvem saíram 4 seres viventes cuja aparência tinha a semelhança do homem. Vi os seres viventes e eis que havia uma roda na terra, ao lado de cada um deles…”
É fácil duvidar de casos como o de Eduard Meier, pois são simples citações verbais. No entanto, agora pergunto: como alguém faria uma descrição tão perfeita de um disco voador há mais de dois mil anos?
Nossas pesquisas são atrapalhadas pelo charlatanismo de alguns contatados e pela ingenuidade de certos ufólogos que teimam em acreditar na especulação e no sensacionalismo. Quando o assunto é Ufologia, ninguém conhece a verdade absoluta. Não podemos nos prender a uma teoria sobre os discos voadores pois devemos estudar todos os fatos e tirar nossas conclusões sobre cada caso especificamente.
A suposta queda de um UFO em Ubatuba foi presenciada por várias pessoas e alguns fragmentos do objeto foram ainda resgatados. Após serem analisados, mostraram uma ligação metálica muito resistente e não existente na Terra. Hipótese? Mistificação? Nada disso, esse é um exemplo de fato concreto.
Os governos de todo o mundo tentam colocar uma viseira em nossos olhos para que não vejamos o óbvio. Eles esconderiam as aparições de uma coisa que não existe? É claro que não. Acreditam que os maiores gênios da nossa época dedicariam suas vidas a um trabalho sem sentido? Existe algo errado em nossa História. Por que no passado foram possíveis construções colossais como as pirâmides e ainda hoje, com a mais alta tecnologia existente, é impossível reproduzi-las?
Quando todos os cientistas mostrarem aquilo que pensam e, ao mesmo tempo, tiverem o direito de criticar, aí sim, estaremos preparados para uma definição final sobre o Fenômeno UFO.
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