CAPTURA DE ETS E EXPLOSÃO DE UFOS EM DIVINOLÂNDIA
Gal. Geraldo da Rocha Lima
Tenho a satisfação de apresentar os meus cumprimentos ao ilustre pesquisador Fernando Cleto Nunes pela crítica construtiva e objetiva formulada ao artigo da Revista UFO 33, que relata como verídicas histórias de captura de seres extraterrestres (vivos ou mortos) pelas forças armadas norte-americanas, sem a devida confirmação em fontes fidedignas. Nós, pesquisadores da área científica, somente nos interessamos por fatos concretos e objetivos. Ao analisarmos o presente tópico, podemos classificar os relatos sobre fenômenos observados em verídicos ou reais, inverídicos ou irreais, ou ainda em duvidosos. Verídicos são os relativos a fenômenos que realmente acontecem, de confirmação positiva, reprodutíveis em laboratório e facilmente enquadráveis nas leis básicas da ciência. Inverídicos são os de confirmação negativa e os duvidosos são os de confirmação difícil ou mesmo impossível.
Os fenômenos verídicos investigados podem ser classificados em normais e paranormais. Os normais são fenômenos objetivos, mais freqüentes, que ocorrem na matéria física inorgânica, orgânica ou organizada, por ação de energia de natureza física, tais como físicos, químicos, biológicos etc. Já os paranormais são fenômenos inusitados, objetivos ou subjetivos, que ocorrem por ação de energia de natureza hiperfísica, psíquica, mental ou espiritual, como os poltergeists, ectoplasmia, transmissão do pensamento e vários outros. Estes fenômenos são pesquisados, estudados e catalogados pela Parapsicologia. Os fenômenos ufológicos, por sua vez, podem ser considerados paranormais, pois envolvem energia hiperfísica e, embora possam ser considerados reais, são de confirmação difícil e credibilidade duvidosa.
Confirmando as observações e a preocupação de Fernando Cleto com a veracidade dos fatos mencionados, notamos, ao ler alguns artigos da Revista UFO, haver uma série de histórias de fenômenos naturais e normais confundidos como ufológicos. Basta ver o que foi publicado na UFO 35, em janeiro do 1995, no artigo UFO provoca devastação em Divinolândia, que teria ocorrido no dia 2 de abril do ano passado, no sítio Nossa Senhora Aparecida, município de Divinolândia (SP). É evidente e notório que foi um raio o responsável pelo estrondo dos efeitos explosivos observados. A explosão de qualquer objeto deixa no epicentro fragmentos da espécie de matéria que o constituiu. Nesse caso, somente foram encontrados fragmentos de rocha e ausência de metálicos.
Naves espaciais terrestres ou extraterrestres somente podem ter suas áreas externas em contato com o espaço exterior se forem construídas de metais ou ligas metálicas de alta resistência, sendo assim capazes de suportar a pressão atmosférica interior devido ao vácuo do espaço cósmico
É interessante assinalar, como subsídio às nossas conclusões, que naves espaciais terrestres ou extraterrestres somente podem ter suas áreas externas em contato com o espaço exterior se forem construídas de metais ou ligas metálicas de alta resistência, sendo assim capazes de suportar a pressão atmosférica interior devido ao vácuo do espaço cósmico. A existência de somente fragmentos de rocha no epicentro e proximidades da explosão comprova a não colisão de qualquer nave espacial. A possível contra-argumentação de ausência de nuvens na hora e local em que ocorreu o fenômeno não convence, pois não foi efetuada qualquer observação das condições atmosféricas no momento da explosão. Além disso, pode acontecer um fenômeno atmosférico muito raro de descargas eletrostáticas em céu límpido e claro, entre plasmas dos gases transparentes da atmosfera e da superfície da Terra – fenômeno esse que já tive a oportunidade de presenciar.
Mãe d\’ouro – Quanto às bolas de fogo, de existência real, vulgarmente conhecidas como Mãe d’Ouro, trata-se de um plasma eletrostaticamente carregado que se desprende de regiões contendo minérios magnéticos de ferro (magnetita) ou minérios radioativos (como tório ou urânio). Não são artefatos de observação extraterrestre, como muitos ufólogos inexperientes acreditam – eu mesmo já pude ver uma destas bolas de fogo numa praia do Rio Macaé. Outra coisa que também pode ser atribuída a fenômenos ufológicos é a existência de grande número de satélites que cruzam o espaço cósmico que circunda a Terra. Eles são caracterizados por objetos em forma de pontos ou pequenas esferas luminosas que se deslocam em trajetória retilínea e são visíveis ao entardecer e ao amanhecer. Muitos ufólogos ainda são capazes de dizer que tais objetos são discos voadores.
Para maior credibilidade das narrativas dos fenômenos ufológicos, é necessário que os pesquisadores menos experientes encarem suas observações com menos fanatismo e mais objetividade para não considerarem ocorrências normais da natureza como paranormais ufológicas. Há outros fenômenos normais, astronômicos, que podem facilmente ser confundidos com os ufológicos: são estrelas cadentes e aerólitos que se incendeiam ao cruzar a atmosfera terrestre. Pesquisas das forças armadas dos países investigadores do Fenômeno UFO, em seu aspecto de segurança nacional, revelam que apenas 4 % do que se fala sobre discos voadores constitui fenômeno real e de credibilidade confiscável, sendo que os 96 % restantes são fenômenos normais erroneamente classificados como ufológicos.
Numa analogia ao que ocorre na Ufologia, podemos dizer que na área da publicidade há 3 categorias de apresentadores e difusores de notícias: os honestos, os desonestos e os ingênuos. Honestos são os pesquisadores conscientes e selecionadores dos fatos reais acontecidos e que os transmitem objetivamente, na plena realidade da ocorrência.
Separar o joio – Os ingênuos são os que acreditam em tudo e difundem os fatos que chegam ao seu conhecimento sem que consigam do trigo, acreditando conscientemente estarem certos. Já os desonestos são os que, tendo conhecimento do verídico e do inverídico, difundem o não verdadeiro com fins de projeção pessoal, admiração pública ou ganhos financeiros. Um exemplo de pesquisador honesto é o Edson Boaventura Júnior, cujos artigos são muito interessantes, passando detalhes técnicos que às vezes passam despercebidos do nosso conhecimento.
Já os pesquisadores desonestos, são autores de muitas inverdades publicadas em livros e divulgadas pela imprensa, militando em assuntos diversos, tais como inundações das áreas baixas da Terra pela conjunção planetária (fato desmentido pela não ocorrência do que havia sido anunciado), desaparecimentos de aviões e navios no Triângulo das Bermudas (que também foi desmentido por uma comissão do Massachussets Institute of Technology, dos Estados Unidos), o mito da Terra Oca (que desmascaro em minha monografia de Matemática e Geofísica apresentada num congresso de Parapsicologia em 1976) etc. Por fim, tenho a satisfação de congratular-me com o editor de UFO, Gevaerd, pelo seu trabalho meritório, desenvolvido com honestidade e discernimento na pesquisa, coleta de informações, classificação e difusão ao público de fatos e acontecimentos relativos aos discos voadores.
Endereço do autor: Rua Tupi 100, 25812-050 Teresópolis (RJ).
OS UFÓLOGOS DEVEM SER MAIS PRECISOS EM SUAS AVALIAÇÕES
Luciano Álvaro de C. Cunha
Gostaria de fazer uma crítica e um alerta à comunidade voltada aos estudos dos controversos UFOs. Nas aventuras do mais famoso detetive de todos os tempos, Sherlock Holmes, sir Arthur Conan Doyle, autor das obras, sempre procurou enfatizar o método de investigação de seu personagem. Dizia ele que devemos eliminar todas as hipóteses possíveis para se explicar um crime. “Uma vez que todas as hipóteses tenham sido eliminadas, a que sobrar, por mais improvável ou fantástica que possa parecer, será a hipótese verdadeira”, afirmava Doyle. O método de investigação científica, no caso dos UFOs, não foge a essa regra estabelecida pelo autor inglês: o pesquisador do Fenômeno UFO, a fim de comprovar a autenticidade de uma aparição ufológica, deve partir da premissa que ela seja falsa. Em outras palavras, devemos levar em conta o estado de stress das testemunhas.
Sabe-se muito bem que as pessoas, independentemente de seus níveis culturais, não estão a par de todos os fenômenos astronômicos, meteorológicos ou aeronáuticos possíveis de ocorrerem em nossa atmosfera. Após ter lido a edição 35 da Revista UFO, constatei que ufólogos de grande renome e componentes do primeiro time da Ufologia nacional ainda estão suscetíveis a erros no afã de se tentar comprovar um possível fenômeno ufológico. Foi assim que, infelizmente, encarei a reportagem de Edson Boaventura Júnior, intitulada UFO provoca devastação em Divinolândia. Todos conhecemos muito bem o trabalho deste estudioso, um competente ufólogo, excelente pesquisador de campo e autor de ótimos trabalhos publicados em revistas anteriores. Contudo, achei precipitado o julgamento deste ufólogo, que disse em sua matéria que “…a hipótese extraterrestre é a mais aceita até agora” para explicar o fenômeno. Boaventura disse também que, de antemão, “descartamos a possibilidade de tratar-se da queda de meteoritos, satélites artificiais, artefatos bélicos etc, pois esses eventos são pouco prováveis”. Como pode um ufólogo achar que quedas de meteorito ou artefatos bélicos são efeitos pouco prováveis? E o que dizer do etc a que se refere? Creio que a maioria dos cientistas acharia que a hipótese extraterrestre é que seria a menos provável…
Alerta aos estudiosos – Não quero com tudo isso desmerecer o trabalho deste ufólogo. Contudo, quero alertar os estudiosos que, antes de publicarem suas matérias, pesquisem mais fundo as outras hipóteses e não emitam opiniões precipitadas. Pelo que pude concluir do caso ocorrido em Divinolândia, há uma grande semelhança com o ocorrido em Tugunska, Sibéria, em 30 de junho de 1908, só guardadas as devidas proporções, evidentemente. Ambos não afastam a possibilidade de espaçonaves com propulsão nuclear terem explodido. O que contesto é o fato de se colocar essa hipótese como a mais provável.
Da mesma forma que um UFO poderia ser o causador de tal acontecimento sinistro, existe também a possibilidade de choque de antimatéria ou mesmo o choque de um mini buraco negro, que é uma versão miniaturizada do convencional buraco negro (forma colapsar de estrelas de grandes dimensões), que ao contrário deste último se manteriam em constante deslocamento pelo espaço. De qualquer forma, esta carta tem o objetivo de fazer uma crítica construtiva para que os ufólogos tenham mais cuidado em suas colocações.
Endereço do autor: R. Ministro Hermenegildo de Barros 150-B, B. Itaporã, 31710-230 Belo Horizonte (MG).
Editor: UFO agora abre espaço ao ufólogo Edison Boaventura, autor do artigo sobre a explosão em Divinolândia (SP), para que exponha sua resposta. É política dessa revista dar espaço para discussões criativas a respeito de Ufologia.
UFÓLOGOS: LOUCOS, VISIONÁRIOS E SEM RECONHECIMENTO OFICIAL
João Marcelo Marques Rios
Diante do recente abandono do renomado pesquisador mineiro Ubirajara Franco Rodrigues do meio ufológico [Editor: veja box na matéria sobre lingüistica extraterrestre] e da matéria desastrosa sobre extraterrestres publicada na revista Globo Ciência, gostaria de propor a todos os leitores de UFO algumas reflexões. Primeiramente, será que vale a pena continuar lutando pela causa ufológica? Sabemos que há praticamente 50 anos os discos voadores têm aparecido em todo o mundo e, diante do desprezo da ciência e das autoridades, surgiram organizações civis e pesquisadores para estudá-los. Mas depois de tantos anos, o que ganhamos? Até hoje nenhum país reconheceu legalmente a existência dos UFOs, a mídia não tem nenhum respeito pelo trabalho por nós realizado, nenhum cientista de renome internacional aceitou estudar de forma imparcial a temática ufológica e, além de tudo, não recebemos apoio oficial. Quando esse quadro desanimador irá mudar? Até quando os ufólogos e ufófilos serão taxados de loucos, visionários, lunáticos e tratados como indivíduos fracassados que almejam através da Ufologia alcançar êxitos que não foram obtidos em suas vidas profissionais ou pessoais? Penso que cabe a todos nós, militantes da Ufologia, refletir sobre tudo isso.
Endereço do autor: Praça Duque de Caxias 07, Centro, 36300-000 São João Del Rei (MG).
Editor: Respeitamos o desabafo do leitor João Marcelo, até certo ponto muito justificado. Mas há alguns equívocos que devem ser corrigidos. Primeiramente, vários países já reconheceram oficialmente os UFOs, entre eles a França (1976), a China (1979) e a Bélgica (1988). Em segundo lugar, vários cientistas de renome estudam o Fenômeno UFO oficialmente, entre eles citamos alguns PhDs norte-americanos: Leo Sprinkle, John Mack, James Harder, Thomas Bullard, Steve Greer etc.
OS EQUÍVOCOS DA REVISTA GLOBO CIÊNCIA
Rafael Cury, presidente da ANUB
A Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB), no uso de suas atribuições, deseja emitir suas considerações de protesto em relação a matéria A Vida Fora da Terra, publicada na edição de janeiro da revista Globo Ciência, alegando haver uma série de erros na mesma, que descrevemos neste artigo. Inicialmente, na primeira parte da matéria, com informações basicamente restritas ao campo da Astrofísica e Astronomia, não vimos nenhuma novidade além das já publicadas nos últimos anos. Na segunda parte da matéria, intitulada de O que os astrônomos não conseguem ver, constatamos uma série de erros, demonstrando amadorismo da editora-assistente da publicação, Suzel Tunes. Vejamos:
1 – O artigo informa que na manhã do dia 8 de julho de 1947, o major Jesse Marcel anunciou ter encontrado milhares de fragmentos de um metal desconhecido que seriam pedaços de uma nave extraterrestre acidentada, isso na região de Roswell. Até aí tudo correto, mas logo a seguir vimos um dos erros mais graves da matéria quando a autora escreve que a NASA se encarregou de transportar o material encontrado para o Pentágono. Ora, sabemos que a NASA é uma agência civil com jurisdição na pesquisa e desenvolvimento das atividades de aeronáutica e espaço, exceto aquelas associadas a operações militares. Portanto, seria a última em uma escala governamental a se envolver com o recolhimento de destroços de uma nave espacial. Se não bastasse isso, informamos que a NASA foi fundada em 1958, portanto, 11 anos após o caso Roswell. Será que os destroços ficaram lá até a NASA ser criada para depois serem recolhidos?
2 – A reportagem diz também que, em 1986, aviões da FAB perseguiram sem sucesso 3 misteriosos objetos voadores nas proximidades de São José dos Campos. Sem dúvida, esse foi um dos mais importantes eventos ufológicos registrados em nosso espaço aéreo e deveriam, portanto, merecer maior da atenção por parte da editora. A verdade é que foram registrados pelos radares e confirmados pelos ex-ministro da Aeronáutica, Octávio Moreira Lima, o fato de que estiveram presentes em nosso espaço aéreo cerca de 21 objetos voadores não identificados, e não 3 como publicou a Globo Ciência.
3 – Outro deslize foi a afirmação de que nenhum astrônomo até hoje foi testemunha ocular de UFOs em nosso planeta, insinuando que os ufólogos são incautos e que carecem de informação científica. Sabemos que dezenas de astrônomos e cientistas já foram testemunhas da presença de UFOs, sendo que muitos se dedicam integralmente à pesquisa ufológica, como por exemplo, Clyde W. Tombaugh, astrônomo norte-americano, descobridor do planeta Plutão, que presenciou muitos objetos voadores não identificados. Outros exemplos são o físico francês Jacques Vallée, o astrônomo russo Alexander Kazantzev, o ex-consultor da NASA Bob Oechsler, o físico nuclear canadense Stanton Friedman e a cosmonauta Marina Poppovich, só para citar alguns…
4 – Uma afirmação equivocada da referida edição afirma que os ufólogos acreditam que o rosto humano desenhado em relevo na superfície de Marte foi feito por extraterrestres. Pois sim, a possibilidade do referido rosto humano ter sido obra de ETs não é defendida somente por incautos ufólogos, mas também por cientistas da NASA, como o Dr. Richard Hoagland, que recentemente defendeu perante a ONU a idéia da origem extraterrestre deste rosto e de possíveis pirâmides que lá existem, numa conferência exclusiva. Como todos podem ver, a ciência também se preocupa com a pesquisa dos UFOs e achamos que não cabe a essas personalidades científicas a denominação de incautos.
5 – Por fim, a matéria ainda apresenta um breve histórico sobre acontecimentos ufológicos e cita o caso de Beth Cash, Vicky Landrum, ocorrido nos EUA. A revista deveria ter se aprofundado mais no caso em questão, já que o citou, pois o mesmo foi um dos mais importantes. Globo Ciência simplesmente ignorou que, após o avistamento, as testemunhas foram internadas e submetidas a exames, constatando-se que todos haviam contraído câncer de pele, ficando para o governo americano o dilema de ter que escolher entre assumir a responsabilidade de tudo o que acontecera – demonstrando que o objeto visto pelas vítimas fazia parte de algum projeto secreto – ou vir a público divulgar a origem extraterrestre do objeto voador. Sabemos que as testemunha processaram o governo dos EUA e receberam uma indenização.
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