Planeta habitável mais antigo do que a Terra e em órbita similar
A NASA anunciou em meados de julho novas descobertas do telescópio espacial Kepler. A principal foi a do exoplaneta Kepler 452b. Com um diâmetro 60% maior que o do nosso mundo, orbita uma estrela anã amarela com 4% mais massa que o Sol e 10% mais brilhante. Esse mundo completa uma órbita em 385 dias e o sistema está localizado a 1.400 anos-luz de distância, na Constelação de Cygnus — o planeta é o primeiro localizado na região habitável de uma estrela similar ao Sol, com tamanho e órbita que se aproximam daqueles da Terra.
A NASA está qualificando Kepler 452b como um “primo mais velho” da Terra. O sistema tem 6 bilhões de anos, contra os 4,5 bilhões de anos do nosso, e Jon Jenkins, chefe da equipe de análise de dados do telescópio, comentou: “É inspirador considerar que este planeta gastou 6 bilhões de anos na zona habitável de sua estrela, mais do que a Terra. É uma oportunidade substancial para a vida surgir, pois devem existir todos os ingredientes e as condições de vida necessárias nele”.
De fato, se a vida teve oportunidade de surgir e evoluir em Kepler 452b, ao longo de um período mais extenso de tempo do que na Terra, atualmente as condições podem ser críticas quanto à habitabilidade. O planeta recebe mais energia solar do que nós, e outros especialistas presentes ao anúncio afirmaram que tal mundo alienígena pode no momento estar experimentando um efeito estufa descontrolado. Modelos atuais de evolução do Sol apontam que, em um bilhão de anos, nossa estrela ficará mais luminosa e poderá tornar a Terra inabitável. Sendo assim, Kepler 452b pode servir como um modelo do futuro distante de nosso planeta.
Mais candidatos a planetas alienígenas revelados
O anúncio da NASA também revelou a detecção de mais 512 “exoplanetas candidatos”, ainda a serem confirmados por posteriores observações com outros instrumentos. O novo catálogo inclui 11 mundos cujo diâmetro é menor que duas vezes o da Terra e se situam nas regiões habitáveis de suas estrelas. Com isso, o número de potenciais planetas flagrados subiu para próximo de 4.700 — destes 1.030 já foram confirmados e espera-se que 90% se revelem autênticos exoplanetas. Estas informações foram obtidas durante os primeiros quatro anos de atividade do telescópio Kepler, antes da pane em dois giroscópios, em maio de 2013. Uma análise dos dados revela a possibilidade de ao menos 20% das estrelas da Via Láctea terem um planeta rochoso na zona habitável. O Kepler está atualmente em sua missão K2 buscando exoplanetas e outros fenômenos cósmicos, sendo estabilizado pela pressão da radiação solar.
Stephen Hawking em projeto de busca por extraterrestres
Financiado pelo bilionário russo Yuri Milner, o projeto Breakthrough Iniciatives tem concedido nos últimos anos diversos prêmios a vários cientistas e especialistas. Agora, por meio do Breakthrough Listen, Milner está financiando uma iniciativa de dez anos cujo objetivo é captar transmissões de rádio de avançadas civilizações extraterrestres. Do lançamento participaram o físico Stephen Hawking e o astrônomo real Lorde Martin Rees. O projeto utilizará dois radiotelescópios, o de Green Bank, nos Estados Unidos, e o Parkes, na Austrália. Hawking defendeu a necessidade de sabermos as respostas para a questão da vida além da Terra e afirmou que o projeto é muito importante.
Aliens perigosos seriam uma ameaça
Stephen Hawking, entretanto, ainda alertou para o perigo que os alienígenas podem representar. Rees, por sua vez, acrescentou que eles já podem saber que estamos aqui. Ann Druyan, fundadora e presidente da Cosmos Studios e viúva do saudoso Carl Sagan, disse acreditar que avançadas civilizações extraterrestres seriam mais evoluídas do que nós também moralmente, cientes da raridade da vida no universo. Jill Tarter, do Projeto SETI [O programa de busca por vida extraterrestre inteligente], também discordou de Hawking: “Se ETs vierem até aqui, será simplesmente para explorar. Considerando a idade do cosmos, nós certamente não seremos a primeira cultura que eles terão encontrado. E se chegarem até aqui, eles têm uma tecnologia suficientemente sofisticada para não necessitar de escravos, colher comida ou
conquistar outros planetas”.
A NASA pode enviar humanos para a Lua em 2021
Como uma etapa para uma missão tripulada a Marte, a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) está considerando a possibilidade de enviar novamente pessoas para a superfície lunar. Atuando em parceria com empresas como a SpaceX e a Boeing, os custos destas missões poderiam ser muito reduzidos. Em seguida às primeiras missões, seria estabelecida uma base permanente em uma década, tudo dentro do atual orçamento anual para voo espacial tripulado da agência, de 4 bilhões de dólares. Além disso, combustível para foguetes poderia ser minerado em locais nos polos lunares e construídas instalações em órbita do satélite para reabastecimento, o que poderia reduzir em 10 bilhões de dólares por ano os custos para missões tripuladas a Marte e além.
Satélite russo pode ser nova avançada arma espacial
A Força Aérea Norte-Americana (USAF) tem monitorado a partir da Base Aérea de Vandenberg o satélite russo Kosmos 2504. De acordo com os militares, o objeto lançado do Cosmódromo de Plesetsk já realizou ao menos 11 manobras delicadas em órbita, movimentação típica de veículos militares. Em uma das ações, o Kosmos 2504 pareceu se acoplar a seu veículo lançador, o que pode indicar o desenvolvimento, por parte dos militares russos, de novas técnicas de encontro em órbita. Outro veículo do país, o Kosmos 2499, lançado em 2014, exibia capacidades similares, o que exige um sofisticado sistema de propulsão e orientação. Realizando manobras a velocidades muito baixas, os veículos podem se aproximar com segurança de outros objetos em órbita, possibilitando sua utilização como armas espaciais.
Brasil terá satélite militar
O Brasil está em vias de entrar para o clube de nações com satélites militares. Está sendo construído na empresa Thales Alenia Space, em Cannes, na França, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O processo é supervisionado pelo consórcio Visiona Tecnologia Espacial, formado pela Embraer, com 51%, e pela Telebras com 49%. Essa empresa foi criada para administrar o processo de absorção de tecnologia. Detalhes sobre o veículo lançador ainda não foram revelados, mas o satélite deverá ficar em órbita estacionária a 36.000 km da Terra e terá propósitos civis e militares. Em operação, será utilizado para proporcionar meios de comunicação em alta velocidade — e para os militares servirá para estabelecer comunicação avançada com banda larga para regiões remotas do país.