por A. J. Gevaerd
Agroglifos da discórdia
Infelizmente, quando passa a ocorrer no Brasil um fenômeno da magnitude dos agroglifos, que em todo o mundo são tratados com o máximo rigor por pesquisadores de várias áreas — e não somente de discos voadores —, o fato aqui não logra o êxito de despertar a Comunidade Ufológica. O meio permaneceu inerte à figura encontrada em uma plantação de trigo de Ipuaçu, em 13 de outubro de 2012, pelo quinto ano consecutivo, que demonstrava alta complexidade. Mas, pior do que isso foi o ceticismo imaturo e danoso manifestado por alguns segmentos mais ruidosos da Ufologia Brasileira, que, como em cada um dos anos anteriores, criticou a distância o fenômeno movido por questões pequenas e arroubos de egos feridos. Os absurdos que se viu são espantosos. O esforço que tais grupelhos fizeram para desacreditar o fenômeno perante a opinião pública é muito maior do que aquele que fariam caso decidissem investigar o mistério — um contrassenso. Um site brasileiro chegou a entrevistar o delegado de Ipuaçu, doutor João Luiz Miotto, que evidentemente está à procura de explicação para o fenômeno. Mas suas palavras foram exploradas ao máximo para parecer que o único caminho para solucionar o mistério seria localizar supostos paus e cordas que teriam sido usados para forjar a figura. A entrevista foi um tiro no pé do site cético, pois, ao assumir que nada encontrou para explicar o agroglifo, apesar de semanas de buscas, Miotto ficou com a missão de admitir que não tem explicação terrena para o mistério. Assim, pode entrar para a história como a primeira autoridade policial a ter que admitir que o fenômeno não pode ser explicado em termos simplórios.
Há três espécies de ignorância: nada saber, saber mal o que se sabe e saber coisa diversa da que se deveria saber
— Charles Duclos