A força da Ufologia Brasileira se faz presente nas redes sociais
Um fato de grande significado ocorreu nas primeiras semanas de julho passado, com um desfecho surpreendente para a Ufologia Brasileira. A situação envolveu a gravação de uma edição do tradicional programa de debates Frente a Frente, da TV Educativa gaúcha, com este editor. O convite foi feito pela emissora várias semanas antes e, tendo sido prontamente aceito, teve sua pauta longamente discutida por telefone e e-mail, inclusive quando eu estava em viagem ao exterior. Enfim, com tudo acertado e a parte que me cabia devidamente cumprida, compareci e gravei o debate em 25 de junho. Dele participaram os jornalistas gaúchos Humberto Trezzi, João Brittes e Carlos Machado, além da professora Miriane Pastorizi, doutora em astronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O cancelamento de um programa de debates gravado com esse editor no Rio Grande do Sul levou milhares de integrantes da Comunidade Ufológica Brasileira a fazerem um protesto com força nunca antes vista no país, mostrando o poder que a disciplina hoje tem.
Após uma hora de troca de ideias, naquela fria manhã de junho, o Frente a Frente estava finalmente gravado e nos dias seguintes foi editado e finalizado para exibição, que se previa para aquela mesma semana. O resultado do programa, fortemente marcado por um debate que acabou centralizado entre este editor e a astrônoma, altamente cética e impressionantemente desinformada quanto às mais básicas informações sobre Ufologia, foi considerado muito positivo por todos os presentes. Entre os temas tratados estavam, naturalmente, as últimas revelações ufológicas por parte das autoridades brasileiras e de outros países — coisa que, aparentemente, nenhum dos presentes tinha qualquer conhecimento, exceto Brittes, que é simpatizante da Ufologia.
Engavetamento inexplicado
No entanto, algumas semanas depois de gravado, e após vários adiamentos, a Revista UFO recebeu a notícia de que a exibição do Frente a Frente fora simplesmente cancelada pela direção da TVE gaúcha. Em e-mail, o chefe de jornalismo da emissora, Gilmar Eitelwein, dizia que, “infelizmente, a direção da TVE entendeu que o programa não será exibido por não se adequar à temática e filosofia do programa”. Ou seja, depois de estar editado, formatado e pronto para ir ao ar, um debate tão produtivo acabou engavetado e cancelado por “não se adequar à temática e filosofia do programa”. Como assim?
Sem entender qual era a insólita razão que teria levado a diretoria da TV Educativa gaúcha a cancelar o Frente a Frente, o programa — com uma hora de duração e gentilmente cedido à Revista UFO — foi postado no site de vídeos Youtube para que os leitores e entusiastas da Ufologia pudessem apreciar o trabalho feito. Naturalmente, acompanhando o vídeo estava uma nota com tom que misturava perplexidade e indignação com a atitude da TVE. Esperava-se, assim, que ficasse registrada a inconformidade com a decisão. Mas, muito além disso e de maneira completamente surpreendente, o vídeo acabou atraindo a atenção de milhares de pessoas, que não apenas o assistiram como o comentaram e ainda condenaram a atitude intempestiva dos jornalistas à frente da emissora.
Mensagens de protesto
“Foi um desrespeito com o entrevistado”, diria o jornalista Jorge Cunha, de São Paulo. “O que a emissora fez foi profundamente antiético”, definiu Miriam Consuelo Álves, odontóloga do Rio de Janeiro. “Certamente se tratou de preconceito e censura por parte de alguns membros da TV”, teorizou o engenheiro Augusto Cavalheiro. Seguindo-se a essas estão nada menos do que mil mensagens postadas principalmente nos sites Youtube e Facebook, além de centenas de e-mails enviados aos endereços da Revista UFO. Enfim, o que a publicação do vídeo do programa e a informação de seu inexplicável cancelamento causaram foi uma das mais significativas e impressionantes demonstrações de força da Ufologia Brasileira. Essas manifestações podem ser lidas em www.facebook.com/ajgevaerd e www.youtube.com/ajgevaerd [Onde também está o vídeo].
Assim, em meio a tantos protestos, veio então a terceira surpresa com essa situação: menos de uma semana depois de comunicar o cancelamento da apresentação do Frente a Frente, e tendo o vídeo já sido assistido por um universo de quase 3 mil pessoas, a TVE gaúcha voltou atrás e decidiu finalmente exibir o programa. “Tudo não passou de um mal entendido”, disse agora em telefonema o jornalista da empresa Giovanni Rocha. “A informação de que o programa teria sido vetado pela emissora é incorreta e foi feita de maneira precipitada, sem o aval da direção”, escreveu em e-mail Anahy Metz, assessora de comunicação social da Fundação Cultural Piratini, à qual pertence a TV Educativa. Mais uma vez: como assim?
É evidente que a repentina mudança de posição da emissora foi causada pela maciça e inesperada manifestação de protesto e indignação dos leitores e simpatizantes da UFO nas redes sociais, tanto que, nos dias seguintes — e até o fechamento dessa edição — o vídeo postado no Youtube e ecoado do Facebook já tinha atingido mais de 16 mil visualizações. Um número espantoso, visto o Frente a Frente ter uma hora de duração. Considerei essa uma das mais significativas vitórias da Ufologia Brasileira para se fazer respeitar — não uma vitória minha, mas de todos. É certo que eu era o elemento central do debate, mas a resposta dada pela Comunidade Ufológica Brasileira não foi à censura ao Gevaerd, mas sim à censura à Ufologia. Por isso a vitória só pode ser entendida como coletiva — e comemorada!
Por fim, por pressão de milhares de pessoas, o programa Frente a Frente acabou indo ao ar em 26 de julho, em rede estadual de TV no Rio Grande do Sul. Essa foi uma das histórias mais curiosas da Ufologia Brasileira nos últimos tempos, que mostrou não apenas seu grau de amadurecimento, mas também seu poder de realização. “Confesso que fiquei surpreso com a resposta dada pelos amigos e simpatizantes da UFO, pois não esperava uma reação tão forte e impactante assim”, escrevi na manhã de 18 de julho em minha página no Facebook, quando o vídeo já tinha 8 mil visualizações e as mensagens enviadas ou postadas passavam de 600. “Tanto protesto é o que verdadeiramente fez a emissora voltar atrás e exibir o programa com Gevaerd”, disse o novo coeditor da Revista UFO Thiago Luiz Ticchetti.
Liberdade de expressão?
Toda essa fabulosa manifestação fez crescer a noção de que não se pode mais subestimar nem a força da Ufologia Brasileira, nem a das redes sociais. Juntos, esses dois elementos se mostraram poderosos o suficiente para derrubar a censura e o preconceito demonstrado por elementos da TV Educativa gaúcha, que, incrivelmente, no e-mail em que comunicou a decisão de finalmente exibir o programa, declarara: “A Fundação Piratini reafirma seu compromisso com a liberdade de expressão e pensamento. A produção do Frente a Frente pede desculpas pela demora na divulgação do programa e convida a todos que acompanhem a mais essa atração, voltada à troca e ao aprofundamento de ideias”. Pela terceira vez: como assim?
