Por Fábio Gomes
História Secreta da Raça Humana
Michael Cremo e Richard Thompson
Editora Aleph, 2008
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Todos sabem que, em princípio, o método científico não deveria ser dogmático. Na prática, no entanto, não é isso o que ocorre, como se vê nos estudos de Michael Cremo e Richard Thompson em A História Secreta da Raça Humana. Trata-se de uma obra que apresenta dezenas de evidências de que a paleontologia e a arqueologia podem estar contando uma história muito diferente da que pode ter acontecido aqui na Terra, no passado. Muitas das evidências apresentadas pelos autores são assombrosas e, mais surpreendentemente, têm comprovação de sua datação feita pelos próprios métodos científicos tradicionais. Ou seja, a ciência é capaz de determinar a idade de um determinado artefato encontrado, mas não oferece nenhuma ideia de como foi produzido. E pior, a história em que se encaixa a descoberta muitas vezes não leva em conta a própria datação feita.
Entre os exemplos mais gritantes temos um objeto parecido com uma moeda de cobre, encontrada em Illinois, Estados Unidos, cunhada há aproximadamente 200 mil anos — correspondente à idade do local onde foi encontrada —, e um crânio humano moderno encontrado em 1913, na Tanzânia, cuja datação é de 800 mil anos. Há até casos de artefatos descobertos com datação ainda mais antiga, como uma pedra de estilingue em Bramford, Inglaterra, que pode ter entre 5 e 50 milhões de anos, um tubo metálico achado na França e com idade estimada em mais de 65 milhões de anos, e uma pegada de sapato encontrada no Deserto de Nevada, com idade estimada em 248 milhões de anos.
E o que dizer de dois cordões de ouro, um encontrado na Inglaterra e outro nos Estados Unidos, com datação próxima de 300 milhões de anos? Ou de uma xícara de ferro descoberta na Califórnia, em 1948, com idade estimada em 312 milhões de anos? E o mais antigo de todos os achados: uma esfera negra encontrada na África do Sul e com idade de — pasmem — 2,8 bilhões de anos? Enfim, todas são evidências constatadas pela ciência, mas que a história oficial nega. Afinal, como encaixar essas peças no quebra-cabeça do passado da Terra, que já está montado?
Os fatos mostrados na obra de Cremo e Thompson são de impressionar, e muito. Mas a pergunta que mais incomoda é: quem poderia ter feito tais objetos? Homens do passado distante que criaram civilizações perdidas na história? Viajantes do tempo aqui mesmo da Terra? Alienígenas interferindo em nosso passado? A combinação de todas essas ideias ou, talvez, outra opção que nos escapa à compreensão? Eis uma quantidade significativa de mistérios esperando para ser desvendados.
Os Discos Voadores Pousaram
Desmond Leslie e George Adamski
British Book Centre, 1953
George Adamski foi um dos personagens mais polêmicos da Ufologia de todos os tempos. Ele viveu em uma época em que os ditos contatados estavam em evidência. Os Discos Voadores Pousaram narra um suposto contato de Adamski com uma criatura loira, de aproximadamente 1,7 de altura, batizada de Orthon. A mensagem passada pelo alegado ET, que seria de Vênus, era a de que precisávamos tomar cuidado com o uso que fazemos da energia nuclear, que poderia afetar a vida em planetas próximos.
Das 230 páginas do livro, Adamski escreve somente 60. No restante, Desmond Leslie teoriza sobre a presença alienígena no passado da Terra. Considerado de pouca ou nenhuma credibilidade nos tempos atuais, Os Discos Voadores Pousaram tem o mérito de ser o registro de uma fase da Ufologia quando o discurso carismático dos contatados tinha mais importância do que o estudo do Fenômeno UFO em si.