Por A. J. Gevaerd
Que olhos nos observam lá de longe?
A gora que a humanidade está tomando conhecimento da existência de outros mundos em sistemas planetários tão semelhantes ao nosso, parece ter tido início uma nova fase de nossa existência. Se antes da descoberta dos exoplanetas — e, sobretudo, na quantidade que hoje temos catalogados — ainda havia algum resquício de razão para se acreditar que a Terra seria o único mundo habitado nas redondezas cósmicas, agora já não existe mais argumento algum que se sustente contra a tese da multiplicidade de vida no universo, que pode ser tão variada quanto funcional nos mais diversos níveis da existência. “Se não houver vida lá fora, seria um grande desperdício de espaço”, disse ainda nos anos 80 o divulgador científico mais genial que tivemos, Carl Sagan. Para ele, há quase três décadas, era óbvio o que alguns cientistas só conseguem conceber de uns anos para cá. A descoberta de outros mundos, no entanto, corresponde apenas aos primeiros passos de uma longa jornada na direção do encontro com outras espécies cósmicas. A questão agora é saber se a elas — ou a algumas delas, pelo menos — também ocorre de querer encontrar seus semelhantes. Estaríamos em sua mira?
Se não houver vida fora da Terra, seria um grande desperdício de espaço
— Carl Sagan