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Edição 180 – MENSAGEM DO EDITOR

Por Dentro da Ufologia Globalizada

Equipe UFO

Uma resposta ao ceticismo destrutivo e desinformado de Marcelo Gleiser

Há um provérbio chinês que diz que “o silêncio é ouro”. Ele serve bem para ilustrar um fato ocorrido em junho. Tratou-se de mais um ataque cético à Ufologia, especificamente aos agroglifos, partindo de um dos cientistas mais festejados da atualidade, o doutor Marcelo Gleiser, físico, astrônomo e professor da Dartmouth College. Apesar de toda a sua bagagem, que inclui vários livros publicados, entre os quais A Dança do Universo [Companhia das Letras, 2006], a manifestação de Gleiser contra a pesquisa dos sinais nas plantações não podia ter sido mais desastrosa.

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Conhecido conferencista e freqüentemente convidado a apresentar programas científicos, Gleiser demonstrou ter não apenas um total desconhecimento dos avanços da Ufologia como apresentou claro preconceito quanto àquilo que não compreende — a presença alienígena na Terra. Em dois artigos publicados naquele mês em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, ele atacou a pesquisa dos UFOs de forma rasa, leviana e reprovável. Sua posição no meio acadêmico exigiria dele pelo menos mais conhecimento sobre as questões que equivocadamente abordou, mas uma postura mais imparcial também seria adequada.

crédito: darimouth college

O “Mister Universo”, como é conhecido, esqueceu que o silêncio é ouro

O “Mister Universo”, como é conhecido, esqueceu que o silêncio é ouro

As reações aos seus textos desinformados e preconceituosos foram imediatas em todos os segmentos da Comunidade Ufológica Brasileira [Veja como ler os textos na observação ao lado]. Como editor da única publicação ufológica do país e a mais antiga do planeta, e estando à frente de uma equipe de mais de 400 ativos ufólogos de alto nível, fiquei particularmente indignado com os textos do doutor Marcelo Gleiser e enviei rápida resposta à Folha de S. Paulo e também ao articulista, não recebendo de nenhum dos dois atenção no sentido de serem reparadas as impropriedades publicadas. Restou-me, então, fazê-lo no Portal da Ufologia Brasileira [ufo.com.br], com reprodução a seguir para que a resposta surta o efeito desejado — embora muito aquém do estrago causado perante a sociedade brasileira por opiniões vazias e desatualizadas.

Ufologia é matéria de informação

“É impressionante a facilidade com que o doutor Marcelo Gleiser se lança na aventura de escrever — e emitir opiniões — sobre temas que não conhece e fora de suas áreas de especialidade, a física e a astronomia. E extremamente decepcionante quando o faz, demonstrando não ter nem as mais básicas referências sobre os assuntos sobre os quais decide tratar, a exemplo da Ufologia, como ele fez em dois recentes artigos na Folha de S. Paulo, Quero Acreditar, Mas Cadê os ETs?, de 12 de junho, e Agroglifos: Mensagens Ou Fraude?, de 19 de junho. Eles merecem uma resposta, e aqui vai ela.

Em primeiro lugar, o que o doutor Marcelo Gleiser precisa saber é que, após mais de seis décadas de pesquisas do Fenômeno UFO, o assunto já não admite mais a manifestação de meras opiniões — e muito menos desinformadas, como as suas. Não, senhor! A Ufologia não é matéria de opinião, mas de informação, algo que o respeitável cientista demonstra não ter — o que é, no mínimo, um assombro, visto o cargo que ocupa e a responsabilidade que deveria demonstrar para com seus leitores.

Sobre os agroglifos, por exemplo, o doutor Marcelo Gleiser aparenta quase nada saber, mas ainda assim faz julgamento da questão, com a presunção de querer contestar um fenômeno sobre o qual se debruçam cientistas, governos e militares há décadas, sem respostas. Ele erra nos dados mais primários que expõe e contesta sobre o assunto, a exemplo do tamanho desses fenômenos. Deveria saber, pelo menos, que muitos dos agroglifos chegam a ter 600 e até 800 m de comprimento de ponta a ponta, ou seja, são muito maiores do que ele imagina. E alguns podem chegar a mais de mil objetos desenhados nos campos, organizados na figura de uma maneira geométrica perfeita. Por favor, doutor Marcelo Gleiser, não menospreze isso.

Preconceito e desinformação

E explicar sua natureza, como ele o fez, citando alguns documentários pobres e referências simplistas a fazendeiros, é debochar da inteligência do leitor. É evidente que existe muito lixo na literatura a respeito dos agroglifos, como em todas as áreas do conhecimento humano, mas há um volume absolutamente significativo e valioso de documentação a respeito de sua manifestação, partindo principalmente de cientistas, seus colegas, igualmente perplexos diante do enigma — até mais do que os ufólogos, que são os estudiosos mais interessados em entender o enigma, mas não os únicos.

É hora de os cientistas entenderem que Ufologia não é matéria de opinião, mas de informação, e que falar a respeito da ação na Terra de outras espécies cósmicas exige conhecimento da questão. Se não entenderem esta regra básica, continuarão a falar bobagem.

Para se ter idéia da desinformação do doutor Marcelo Gleiser, ele ingenuamente cita os velhinhos Doug Bower e Dave Chorley como autores da figuras nos campos ingleses, afirmando que elas passaram a surgir quando eles admitiram isso, em 1978. Ora, o cientista não sabe ou não se informou sobre o fato de que Bower e Chorley fizeram alguns círculos toscos e enjambrados, totalmente diferentes daqueles que surgiam nas mesmas noites, simultaneamente em dezenas de localidades do Reino Unido. Sua história é uma piada desde exatamente 1978, quando fizeram a infundada alegação de serem autores de todos os agroglifos — o que se sabe ser absolutamente impossível há duas décadas, pelo menos. E de lá para cá, quando o fenômeno realmente esquentou, parece que nada mais o doutor Marcelo Gleiser pesquisou sobre o assunto.

Para sua informação, o fenômeno dos agroglifos está classificado pelo próprio governo inglês como um dos maiores enigmas da atualidade. Embora tenham surgido na Inglaterra, e muito antes de 1978, como o respeitável cientista supõe, o fenômeno está amplamente espalhado pelo mundo desde os anos 90 — já são mais de 20 mil figuras catalogadas em 30 países, mais de 40% delas devidamente pesquisadas. Seriam todas ações dos velhinhos? Poderiam todas ser explicadas em tons tão simplistas? E os agroglifos também chegaram ao Brasil em 2008, em Santa Catarina, em casos espetaculares e desafiadores — que eu tive o privilégio de investigar in loco [Veja edições UFO 149 e 161, agora disponíveis na íntegra em ufo.com.br]. Fico curioso em saber o que o doutor Marcelo Gleiser teria a dizer a respeito deles…

Sem opiniões vazias

O cientista estaria prestando melhor serviço aos seus leitores caso se mantivesse em suas áreas de especialidade, nas quais é imbatível. E se abstivesse de falar sobre temas que não domina, como a Ufologia, campo que é extremamente sério, mas que ele parece não saber ou não querer reconhecer. Neste caso, aliás, sugiro que ouça com muita atenção o que diz um de seus mais distintos colegas, o doutor Michio Kaku, que não apenas está muito bem informado sobre a presença alienígena na Terra, como também está empenhado em debater com seriedade o assunto com a sociedade, sem superficialidade, sem opiniões vazias. Um exemplo a ser seguido não apenas pelo doutor Marcelo Gleiser.

À Folha da S. Paulo sugiro fortemente que, quando quiser publicar uma matéria sobre Ufologia, que solicite a um ufólogo competente, não a alguém que no máximo tem opiniões a dar, e desinformadas. Nós, ufólogos, se requisitados, prometemos não falar de física e astronomia, pois reconhecemos que não são nossas especialidades e não teremos a leviandade de emitir opiniões sobre áreas que não dominamos”.

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