Por Renato Azevedo
Projeto SETI desliga suas antenas por problemas orçamentários
Tom Pierson, principal dirigente do Projeto SETI [O programa de busca por vida extraterrestre inteligente], anunciou em 22 de abril que o instituto paralisou por tempo indeterminado o funcionamento de seu principal instrumento de buscas. O Allen Telescope Array (ATA), localizado no Rádio Observatório de Hat Creek, a 290 km de San Francisco, Califórnia, foi projetado para operar com 350 antenas, mas, devido a limitações orçamentárias, apenas 42 foram completadas até agora. Pierson afirmou que o ATA está sendo mantido por uma equipe reduzida de profissionais e em estado de hibernação — mas estaria pronto a ser ativado a qualquer momento, caso houvesse recursos.
O SETI é uma sociedade sem fins lucrativos que depende de doações para prosseguir sua busca por sinais de civilizações extraterrestres, e tais fundos têm se tornado raros nos últimos tempos. O governo da Califórnia, entre outros, deixou de financiar as operações da instituição devido à crise econômica. O conhecido astrônomo Seth Shostak, da diretoria do SETI, analisou o problema da seguinte forma: “Manter desligadas as antenas é como manter em docas secas as caravelas de Cristóvão Colombo”.
As operações do conjunto de radiotelescópios utilizados pelo SETI custam cerca de 1,5 milhão de dólares por ano, e nem mesmo os grandes financiadores ou apoiadores do instituto parecem ir ao seu socorro. Paul Allen, co-fundador da Microsoft que custeou boa parte da primeira fase do ATA, é um deles. Jill Tarter, outra figura importante do instituto, ressaltou a profunda ironia que é os responsáveis pelo telescópio Kepler anunciarem a descoberta de mais de 1.200 planetas extrassolares nos últimos meses, justamente quando os fundos para procurar inteligências extraterrestres através do SETI se escasseiam.
Trailer da seqüência de ET, o Extraterrestre não é o que parece
Um trailer tem feito sucesso no site de imagens Youtube como sendo o da seqüência do fantástico filme de 1982 de Steven Spielberg. Com pouco mais de seis minutos, começa exibindo o aparato construído por ET no primeiro filme sendo reativado com a frase “Elliot, a Terra está em perigo”. Em seguida, vê-se um Elliot pós-adolescente reencontrando seu amigo alienígena, que lhe diz: “Devemos salvar a Terra”. Naves então invadem os céus do mundo e vemos o ator Morgan Freeman levantando em meio a uma arquibancada, Bruce Willis aparece como militar e Drew Barrymore surge estupefata diante dos fatos.
Nada disso, no entanto, é o que parece. O trailer foi montado a partir de outros filmes e nada tem a ver com a seqüência de ET, o Extraterrestre. A cena de Freeman, por exemplo, foi extraída do filme A Soma de Todos os Medos [2002]. A imagem da nave descendo diante de técnicos com roupas de proteção e militares fortemente armados foi retirada da nova versão de O Dia Em Que a Terra Parou [2008]. A cena de Willis é, por sua vez, de Nova York Sitiada [1998], enquanto Peter Coyote é mostrado conforme aparece na série The 4400 [2004]. Trata-se na, verdade, de uma brincadeira do produtor Robert Blankenheim, que igualmente imaginou outra seqüência em Titanic: Two the Surface. Felizmente, Spielberg já deixou claro em várias ocasiões que ET não terá uma seqüência, mas ET-X — título do trailer — é divertido de assistir.
São forjadas as fotos de UFO sobre plataforma de petróleo no México
Mais uma fraude está rondando a rede mundial. O novo caso envolve fotos surpreendentemente nítidas de um objeto discoidal sobre uma plataforma de petróleo na região de Campeche, México. Segundo a história, os militares do país teriam conseguido interceptar a maior parte dos 130 e-mails enviados pelo pessoal da plataforma, mas algumas das mensagens teriam vazado com as impactantes fotos. A trama da farsa é bem elaborada e até falhas no maquinário do local foram inventadas — elas teriam ocorrido por quatro horas após a aparição, além de um campo magnético fortíssimo que impedia o pouso de helicópteros.
Jaime Maussán, consultor da Revista UFO, submeteu as sete fotos para análise, realizada pelo perito Guillermo Anaya, e o resultado foi conclusivo: o objeto utilizado na fraude é, na verdade, um aquecedor ambiental utilizado em eventos ao ar livre ou para criação de frangos, com álcool, gasolina ou outro. O modelo foi suspenso com fios, visíveis durante a análise, e a imagem apresenta distorções. Um exame das alterações nos pixels também permitiu concluir de forma definitiva que se trata de uma fraude. O objeto é feito de cobre e tem marcas avermelhadas e azuis bem visíveis de desgaste, típicas de um aquecedor. Os responsáveis pelas imagens realizaram uma exposição ao Sol para obter mais luminosidade em algumas delas, causando uma maior saturação que esconderia detalhes da fraude. Mesmo assim, ela foi desmascarada.
Matéria escura tornaria planetas habitáveis
Em uma teoria digna de ficção científica, cientistas afirmam que planetas solitários e sem estrelas, vagando nos vazios interestelares, poderiam ser aquecidos pela chamada “matéria escura” até um ponto em que se tornem habitáveis. Os físicos Dan Hop-per e Jason Steffen, do Acelerador de Partículas Fermi, alegam que a matéria escura pode ser formada parcialmente por antipartículas — um tipo de imagem espelho das partículas da matéria. E sabendo-se que matéria e antimatéria se aniquilam mutuamente quando em contato, liberando a totalidade de sua massa em energia, os cientistas defendem que tais processos, ocorrendo na atmosfera de um planeta solitário, podem aquecê-lo e permitir a existência de água líquida, essencial à vida.
Hopper e Steffen alertam, contudo, que se isso for mesmo verdade, mesmo assim seria um acontecimento muito raro — e tais planetas existiriam em número muito reduzido. A matéria escura, ainda uma construção teórica, foi proposta quando os astrofísicos perceberam que a quantidade de matéria no universo observável é insuficiente para manter coesos os colossais aglomerados de galáxias, a até bilhões de anos-luz de distância de nós. Algo mais teria que ter força gravitacional para tanto, e então surgiu a teoria da matéria escura, que seria responsável por cerca de 80% da massa do universo. Os cientistas do Fermi ainda dizem que, no caso do futuro longínquo do cosmos, quando as estrelas começarão a se apagar em trilhões de anos, a matéria escura poderia ser uma oportunidade para a vida continuar a existir.
Hawass tem revertida sentença de prisão
O polêmico Zahi Hawass, ministro de Antiguidades do Egito, manteve-se no cargo após ser condenado em um processo judicial e em seguida liberado graças a um recurso impetrado por seus advogados. Hawass é mundialmente conhecido por ser um dos mais importantes defensores da pesquisa arqueológica de seu país — ele é o responsável pelas pesquisas arqueológicas das pirâmides de Gizé. Por esta razão, é constante alvo de tramas políticas. O processo datava de seu período como secretário geral do Conselho Supremo de Antiguidades egípcio, quando houve uma disputa pelo contrato de administração de uma biblioteca situada no interior do Museu do Cairo. A decisão de parar o processo e manter Hawass no cargo foi divulgada em 18 de abril. A comunidade arqueológica suspirou aliviada.
Kennedy pediu arquivos secretos 10 dias antes de seu assassinato
O autor William Lester, durante sua pesquisa para escrever um livro sobre o governo de John F. Kennedy, conseguiu a liberação pela CIA de um documento explosivo. Lester obteve a confirmação de que, 10 dias antes de seu assassinato, Kennedy exigiu que a agência de inteligência lhe desse acesso a arquivos secretos sobre UFOs. O presidente teria feito o mesmo pedido à NASA, pois, segundo Lester, estava preocupado com o fato de que UFOs eram constantemente vistos sobre a União Soviética, que poderia interpretá-los como veículos norte-americanos. O livro de Lester, A Celebration of Freedom: JFK and the New Frontier [Celebração da Liberdade: JFK e A Nova Fronteira, Wasteland Press 2010], mostra que o presidente desejava comprovar aos adversários que os Estados Unidos não dispunham daquela tecnologia, não podendo ser imputados de violação do espaço aéreo russo — Kennedy também queria cooperar com eles na exploração espacial.
A liberação de documentos secretos da CIA também inclui um arquivo chamado de “memorando queimado”, que um ex-agente teria retirado do fogo e entregue, em 1999, ao pesquisador Timothy Cooper. Nele, o diretor da agência afirma que Lancer — codinome de Kennedy no Serviço Secreto norte-americano — requisitara informações sobre suas atividades, e isso era algo que eles não poderiam tolerar. A ligação de Kennedy com UFOs permanece um mistério distante de uma solução definitiva, como mostramos na entrevista com o pesquisador Jim Marrs [Veja edições UFO 171 e 172, agora disponíveis na íntegra em ufo.com.br].