Por Renato Azevedo
Anúncio sobre vida alienígena em meteorito causa nova polêmica
Até hoje existe controvérsia em torno do anúncio da NASA, de agosto de 1996, sobre a existência de fósseis de bactérias alienígenas no meteorito marciano ALH 84001. O fato de ser ou não a primeira prova de vida extraterrestre ainda divide a comunidade científica, em uma polêmica que parece não ter fim. Mas uma nova discussão já começou diante do artigo do astrobiólogo Richard Hoover, do Centro Espacial Marshall, da agência, publicado no jornal eletrônico Journal of Cosmology. Hoover alega ter descoberto em meteoritos estruturas — chamadas de Ivuna CI1 e Orgueil CI1 —, similares a cianobactérias terrestres ou algas azuis. O cientista afirmou que os filamentos que flagrou ao microscópio eletrônico não são resultado de contaminação por bactérias terrestres, e que existem elementos químicos nas amostras que só poderiam ter sido produzidos por atividade biológica.
Essa nova “evidência” de vida extraterrestre ganhou controvérsia no meio científico. A NASA contestou o comunicado, mas não em uma declaração oficial, e sim em uma curta nota no site SpaceRef [www.spaceref.com]. Seth Shostak, cientista chefe do Projeto SETI [O programa de busca por vida extraterrestre inteligente], considera o achado intrigante, mas não o suficiente para ser qualificado como prova de vida alienígena. Já Chris McKay, do Centro de Pesquisa Ames, também da NASA, embora reconheça a capacidade e os métodos de Hoover, afirma que dificilmente o ambiente em meteoritos seria adequado para cianobactérias. “Estes organismos unicelulares precisam de água e luz solar para produzir fotossíntese, e a presença de água em uma rocha espacial diminuta, nas quantidades necessárias, é considerada muito improvável”. Outros cientistas se concentram no fato de que o artigo de Hoover não foi suficientemente analisado antes da publicação, e alguns fizeram até mesmo duros ataques ao Journal of Cosmology, questionando sua credibilidade.
Naves alienígenas durante o tsunami no Japão?
Da mesma forma como ocorreu no episódio do “UFO de Jerusalém”, no começo do ano, que se descobriu com facilidade tratar-se de fraude [Veja detalhes no Portal da Ufologia Brasileira: ufo.com.br], após o terremoto e o tsunami que devastaram amplas regiões do Japão, a internet foi inundada por rumores e vídeos de supostos UFOs durante a tragédia. Mas tudo não passou de novos enganos e de muita empolgação. As gravações, estudadas pela equipe de analistas da Revista UFO, se espalharam com espantosa velocidade graças às facilidades de sites como o Youtube.
No caso dos vídeos feitos durante o tsunami japonês, helicópteros de salvamento e da imprensa, além de outras aeronaves, foram tomados como naves alienígenas, causando grande furor na rede mundial. Os vídeos publicados no Youtube raramente contêm descrições pormenorizadas do que apresentam, e nunca se consegue obter o contato de uma testemunha que possa prestar mais esclarecimentos sobre eles. Acima de tudo, a péssima qualidade de algumas gravações é decisiva para excluir tais “evidências” como provas da ação do Fenômeno UFO. No caso de helicópteros, como agravante, a velocidade das aeronaves também engana o espectador desavisado, especialmente devido à falta de pontos de referência nas cenas ou quando elas são gravadas contra fundos em constante movimento, como nos vídeos do tsunami. Ou seja, quando o assunto são imagens de UFOs, especialmente as que circulam pela internet, todo cuidado continua sendo pouco.
New Horizons cruza órbita de Urano
Lançada em 19 de janeiro de 2006, a nave New Horizons [Foto abaixo] ultrapassou a órbita de Urano em 19 de março, em seu longo caminho até Plutão. Tendo passado por Júpiter para receber um “auxílio gravitacional” em 28 de fevereiro de 2008, a sonda está agora a quase três bilhões de quilômetros da Terra. Sua missão é passar pelo planeta anão em 14 de julho de 2015, investigando-o e as suas luas Caronte, Nix e Hydra, antes de prosseguir viagem pelo Cinturão Kuiper. Será a primeira visão próxima que teremos de Plutão. A New Horizons deve ultrapassar a órbita de Netuno em 25 de agosto de 2014 e leva a bordo parte das cinzas de Clyde Tombaugh, o descobridor de Plutão — um dos mais graduados astrônomos da história a ter contato com UFOs.
NASA já pensa nos próximos 100 anos
Juntamente com a Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa (DARPA), a NASA começou estudos que consumirão um milhão de dólares com a finalidade de preparar a próxima etapa da exploração espacial, antecipando as necessidades das missões para este e o próximo século. A iniciativa, intitulada 100 Years Starship Project, definirá os modelos de negócios que serão necessários para desenvolver as tecnologias a serem usadas em longas viagens espaciais, que a agência estima que ocorrerão daqui cem anos.
Os especialistas se inspiraram na era das grandes navegações dos séculos XVI e XVII, quando a maior parte das viagens era financiada pela iniciativa privada, e não pelos governos da época. A idéia agora é desenvolver métodos para facilitar os investimentos necessários para dar continuidade ao desenvolvimento tecnológico espacial, para que viagens até mesmo para além do Sistema Solar sejam possíveis no começo do próximo século. Participam do estudo cientistas especializados em prever os rumos do conhecimento humano no futuro, autores de ficção científica, educadores e membros de fundações dedicadas à difusão do conhecimento. Um dos participantes é Marc Mills, líder no estudo de sistemas avançados de propulsão e viagem espacial. Ele afirma que o estudo se destina a viabilizar um modelo de gestão e negócios capaz de levar ao desenvolvimento das tecnologias necessárias a viagens interestelares, consideradas por ele como absolutamente viáveis em um futuro próximo.
Quem também participou das discussões foi Harry Kloor, cientista e consultor científico do seriado Jornada nas Estrelas. Ele afirmou que as viagens espaciais interestelares serão uma necessidade, se a humanidade não quiser ser extinta. E disse que o encontro entre os cientistas plantou as sementes de futuros esforços que levarão a progressos ainda não previstos. Ou seja, se os ETs não chegarem aqui antes de forma oficial, nós iremos até eles.
Paul Stonehill lança novo livro
O pesquisador Paul Stonehill, consultor da Revista UFO e co-autor de UFOs na Rússia [Código LIV-023 da coleção Biblioteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br], acaba de lançar seu novo livro, Paranormal Mysteries of Eurasia [Mistérios Paranormais da Eurásia], pela revista Fate. Na obra, Stonehill descreve casos pouco conhecidos de fenômenos ufológicos e paranormais, passando pela descrição de túneis secretos supostamente construídos pelos nazistas na Eurásia, a descoberta de tesouros perdidos de impérios antigos, segredos do programa espacial soviético e fatos ainda não revelados sobre engenharia genética. Paul Stonehill revisitou acontecimentos históricos, lendas antigas e mitologia moderna para compor a obra, que traz conteúdo variado para os interessados no paranormal. O livro já está sendo considerado um dos grandes lançamentos da Fate.
Até dois bilhões de planetas como a Terra na Via Láctea
Para quem testemunhou o exagerado ceticismo de alguns membros da comunidade científica até pouco tempo atrás, as notícias que têm surgido em torno das recentes descobertas astronômicas são realmente reveladoras. Com base nas explorações do telescópio espacial Kepler, a NASA anunciou no começo de março que estima que algo entre 1,4 e 2,7 por cento das estrelas semelhantes ao Sol na Via Láctea podem ter planetas de características similares à Terra.
Os cientistas afirmam ainda que boa parte de tais mundos, senão a maioria, estaria na zona habitável de suas estrelas, aquela situada a uma distância que permitiria ao planeta ter temperaturas que suportam água líquida em sua superfície. Segundo Jose Catanzarite, um dos responsáveis pelo estudo, “com um número assim tão grande de planetas com tamanho parecido com o da Terra, há uma boa chance de existir vida, talvez até inteligente, em alguns deles”.
Esta é uma afirmação que muitos considerariam impensável há alguns anos, e é vinda de um cientista! O estudo foi publicado na revista Astrophysical Journal e salienta que a quantidade de mundos habitáveis pode aumentar, se as observações também focarem em estrelas anãs vermelhas, que duram muito mais tempo do que as amarelas, como o Sol, que também podem sustentar zonas habitáveis.