por Renato A. Azevedo
Nazistas na Lua?
O ano é 1945. O local, a Antártida. Sob um cenário gelado e coberto de neve, discos voadores decolam de uma base secreta, rumo ao espaço. A próxima imagem é da Lua, mostrando alguns dos mesmos artefatos se aproximando, e finalmente pousando lá. Espantosamente, uma figura em traje espacial faz a saudação nazista diante de uma bandeira vermelha com círculo branco, contendo a famigerada suástica. Este é o começo do teaser de Ironsky, produção em computação gráfica dos mesmos criadores da paródia de Jornada nas Estrelas intitulada Star Wreck [Lixo Espacial]. O pouco que é mostrado do enredo diz que os nazistas fugiram para a Lua em 1945, e retornarão em 2018.
O teaser termina com a imagem de uma água nazista estilizada quando, subitamente, em sua cabeça pousa uma singela pomba, que cisca por ali por alguns momentos e depois deposita um “presente” no nada admirado símbolo. O site oficial, Ironsky.net, traz poucas informações além disso, que podem facilmente ser encontradas no Youtube, mais alguns fundos de tela para computador da produção. Não passa de uma grande brincadeira, na verdade, mas os conspiracionistas, que defendem a idéia de que os seguidores de Hitler realmente possuíram UFOs, já devem estar se animando.
Mais veloz que a luz?
Recentemente, foi realizada uma interessante experiência na Suíça. Cientistas enviaram pares de fótons através de fibra ótica para duas estações em vilas do país, distantes 18 km uma da outra. Cada estação constatou que os pares de fótons estavam ligados pelo que chamam de “emaranhamento quântico”. Ou seja, analisando um fóton, os cientistas podem prever o que ocorrerá com seu par, situado à longa distância. Se houvesse algum tipo de sinal que percorresse a rede de fibra ótica entre as estações, o mesmo teria que viajar a 10.000 vezes a velocidade da luz para obter o efeito observado. Antes de prosseguir, vale dizer que fótons são apenas as partículas que formam a luz. Logo, a persistente noção de um certo “cinturão de fótons” é absolutamente ridícula.
O fato de que fótons, partículas e talvez objetos maiores fiquem interligados – o que ocorre com um dos elementos do par afetaria de forma imediata o parceiro, não importando a distância que os separa –, é um dos mais estranhos efeitos da física quântica. O próprio Albert Einstein o classificou de “assustadora ação a distância”. Como parece muito improvável que um elemento do par envie um sinal mais rápido do que a velocidade da luz – que, como se sabe, é o limite de velocidade no universo que conhecemos –, os cientistas agora falam de um “Fator X”, mas que tampouco contribui para resolver o mistério.
Lembremos que a Teoria da Relatividade de Einstein já foi mais do que comprovada de inúmeras formas e nos mais diversos experimentos. Assim, estamos olhando para um efeito da natureza que, aparentemente, ocorre às margens do contínuo espaço-tempo conhecido. Este efeito observado em pares de fótons, átomos ou outras partículas, que às vezes parecem estar em mais de um lugar ao mesmo tempo, ou mesmo aparentemente inverter de forma simultânea o sentido de sua rotação, está sendo intensamente estudado por físicos e cientistas.
Hubble está funcionando
Após o que noticiamos na edição passada, em 30 de outubro o Space Telescope Science Institute (STScI), localizado em Baltimore, Estados Unidos, anunciou que conseguiu fazer o telescópio Hubble voltar a funcionar. Os engenheiros do instituto foram bem sucedidos na substituição de um equipamento defeituoso por um computador de backup a bordo do aparelho, fazendo com que os instrumentos voltassem a se reativar automaticamente.
A falha havia ocorrido no sistema de dados do Hubble, impossibilitando-o de captar e transmitir as informações necessárias para a produção das imagens que tornaram famoso o fabuloso telescópio. A tarefa para mudar para o modo de backup foi complicada, pois canais alternativos necessários para operarem desta forma não eram utilizados desde o começo dos anos 90. Felizmente, a operação deu certo e o Hubble poderá continuar suas operações até a próxima e última missão de manutenção, no começo de 2009.
O Dia em que a Terra Parou
Estréia no Brasil, em 09 de janeiro, a refilmagem de um dos maiores clássicos da ficção científica de todos os tempos, O Dia em que a Terra Parou [Veja edição UFO Especial 36]. O remake traz Keanu Reeves como o alienígena Klaatu, e a bela Jennifer Connely como Helen Benson. O robô Gort está confirmado, tendo aparecido de relance no trailer já divulgado, e deverá ser feito com computação gráfica. A trama deve ser fiel à do filme original, de 1951, mas atualizada para os dias de hoje. As informações divulgadas dão conta de que, no novo filme, sai o medo da aniquilação nuclear, e entra uma temática ecológica. As imagens do trailer mostram uma estranha nuvem destruindo tudo à sua frente, e um imenso objeto emergindo das águas do mar. Klaatu aparece fugindo, exibindo notáveis poderes e conversando com o filho de Helen Benson. Naturalmente, toda a humanidade está em perigo, e Klaatu veio alertá-la de que o fim pode estar próximo. Será com certeza um filme que aumentará o interesse pela Ufologia.
NOVA ONDA DE UFOs TRIANGULARES
Recentemente, em vários estados norte-americanos, testemunhas voltaram a observar UFOs triangulares. Em 20 de outubro, às 20h45, uma família de quatro pessoas avistou em Long Beach, Califórnia, um grande triângulo sobre o oceano. Elas descreveram oito ou 10 luzes brilhantes, de cor vermelha. Em 17 de outubro, em Blue Ridge, Georgia, um observador acompanhado da irmã viu um objeto triangular silencioso, às 21h15, com três luzes, duas brancas à frente e no lado esquerdo, além de uma azul do lado direito. Em Somerset, Ohio, uma testemunha acordou às 03h00 no rancho em que estava e observou luzes sobre árvores próximas.
Quando saiu para verificar, viu a passagem de um grande objeto emitindo um zumbido, que a seguir ficou estacionário no céu. Tinha forma triangular, o que aparentavam ser janelas nas laterais e era grande, maior que um campo de futebol. Casos de UFOs triangulares inundaram a Bélgica na década de 80, colocando a defesa aérea do país em estado de alerta máximo.
Mundo Ufológico sob nova direção
A seção Mundo Ufológico está sendo comandada, desde a edição passada, pelo engenheiro e consultor da Revista UFO Renato A. Azevedo, co-editor do site Aumanack [www.aumanack.com], colunista da revista Scifi News [www.scifinews.com.br] e dono do blog Escritor com R [http://escritorcomr.blog.uol.com.br]. Azevedo é autor de inúmeros artigos publicados na UFO e do recente livro De Roswell a Varginha [Tarja Livros, 2008], que pode ser adquirido através do site: www.tarjalivros.com.br. Jonatas de Oliveira, que comandou a seção até a edição 147, foi destacado para fazer as novas entrevistas a serem publicadas.
O mundo aposta em Obama. Os ufólogos, também
Após a eleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos, muitos analistas norte-americanos têm manifestado que o novo governo é a melhor chance de mudança na posição governamental quanto aos UFOs. O que se destaca mais é John Podesta, chefe da equipe de transição de Obama e chefe do staff de Bill Clinton de 1998 a 2001, que há muito tempo defende uma abertura na política de acobertamento ufológico, com a sucessiva divulgação de documentos secretos. Em 2002, durante uma conferência do National Press Club, em Washington, ele pediu publicamente ao governo a revelação do assunto. Na época, Podesta disse: “Creio que é chegada a hora de abrirmos os arquivos sobre estas questões que permaneceram no escuro, sobre as investigações do governo quanto aos UFOs. É tempo de descobrirmos se a verdade realmente está lá fora. Devemos fazer isso porque é certo, porque as pessoas da América podem lidar com a verdade e porque é a lei”. Apesar da eloqüência, em outros pronunciamentos, Podesta se disse cético quanto à existência de vida extraterrestre.
Ao mesmo tempo, o advogado Stephen Bassett, membro do Paradigm Research Group, está realizando por todo o país a campanha Million Faxes to Washington [Um Milhão de Faxes para Washington], a fim de pressionar a nova administração e o novo congresso eleito a encerrarem de vez a política de acobertamento. Bassett está otimista de que conseguirá que Obama reconheça a presença extraterrestre, que o congresso faça audiências públicas sobre o tema e que, inclusive, qualquer tecnologia alienígena capturada venha a ser alvo de engenharia reversa para seu uso pacífico. Iniciativas semelhantes de outros países são mencionadas na campanha, e são citadas as aberturas da França, Inglaterra e Chile. O Brasil é citado por ter “começado sua abertura”, apesar do notório e injustificável atraso da burocracia de Brasília, convenientemente atrapalhada pela recente polêmica envolvendo a Polícia Federal e a ABIN [Veja matéria nesta edição].
TENDÊNCIAS
Os casos são tantos que estão contratando ufólogos na Inglaterra
O governo britânico, diante da onda ufológica – que alguns descrevem como sem precedentes em seu território –,tem feito esforços para recrutar novos agentes para investigarem os fenômenos. Uma unidade especial deverá começar a trabalhar em breve em um laboratório de alta tecnologia em Londres, onde serão analisadas fotografias e estranhos vestígios de inúmeros casos por todo o país. Até mesmo na aristocrática Câmara dos Lordes o assunto tem sido debatido intensa e constantemente.
O interesse pela questão tem aumentado significativamente desde os primeiros passos na abertura dos arquivos ufológicos britânicos, em 2007, embora alguns ainda aleguem que o assunto é por demais “Arquivo-X”. Mas, muitos representantes e membros de conselhos locais dizem que não se trata de “querer acreditar”, sendo necessárias, isso sim, pessoas de mente aberta, mas com atitudes bastante realistas e científicas. Os avistamentos na Grã-Bretanha já superaram, até 15 de novembro de 2008, quando esta edição foi fechada, o recorde de 135 informes recebidos pelo Ministério da Defesa, em 2007.
Com a recente liberação dos arquivos ufológicos do Ministério da Defesa britânico, em outubro de 2008, inúmeros casos vieram à tona, causando uma verdadeira avalanche de matérias na imprensa, incluindo a brasileira. Falamos no mês passado do impressionante caso do piloto norte-americano que, em 1957, recebeu ordens de disparar em um UFO. Agora surgem mais detalhes. O piloto Milton Torres, hoje com 77 anos e vivendo em Miami, falou a respeito do incidente: “Naquela noite, recebi ordens de atirar antes mesmo que decolasse. Aquilo nunca havia ocorrido antes”.