O Jornal da Band apresentou na noite da última terça-feira, 11 de julho, uma matéria tratando dos arquivos ufológicos liberados pelo governo brasileiro e disponibilizados no Arquivo Nacional. O início da reportagem fez alusão a relatos de pilotos de aeronaves e filmagens de UFOs, e afirmando que o fim do sigilo permitiu o acesso desses documentos pelo público. Aqui vemos um problema, pois não foi “agora” que o acesso foi permitido, mas sim há vários anos, mais especificamente desde 2008, diante da bem-sucedida campanha UFOs: Liberdade de Informação Já.
A reportagem aponta que os registros de UFOs por parte do governo e Forças Armadas brasileiros começam a partir de 1952, e que a cada ano um novo lote de documentos chega ao Arquivo Nacional. Conforme a matéria são cerca de 800 documentos e 16 gravações, estas reproduzindo diálogos entre pilotos de aeronaves comerciais e oficiais das torres de controle. Um dos diálogos apresentados mostra um controlador não identificado, falando em local também não divulgado, afirmando ter recebido a informação de que a torre do aeroporto de Campinas observava um UFO. O controlador questiona um piloto, dizendo que não detectaram nada no radar e o piloto responde que a luz do UFO varia, diminuindo e aumentando muito.
O controlador afirma que muitos relatos de observações estavam sendo recebidos e depois complementa: “No entanto para sua segurança e tranquilidade não temos tido notícias que esses objetos, ou seja lá o que for, tenha interferido com a navegação”. O pesquisador do Arquivo Nacional Thiago Mourelle é apresentado a seguir, afirmando que os relatos são similares, descrevendo luzes muito fortes que se movimentam de forma errática e que nenhuma aeronave comum faria. A reportagem em seguida fala de outra gravação, obtida em 19 de maio de 1986, durante o histórico evento conhecido como A Noite Oficial dos UFOs no Brasil, aludindo a esse nome criado pelo saudoso coeditor da Revista UFO, Claudeir Covo. A matéria alude aos 21 UFOs observados sobre São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás, e que a Força Aérea Brasileira (FAB) enviou caças para interceptar os UFOs, sem sucesso.
ARQUIVOS UFOLÓGICOS ESTÃO ENTRE OS MAIS ACESSADOS DO ARQUIVO NACIONAL
Foi exibida outra gravação de conversa entre controlador de voo e piloto, e este último afirma: “Tem alguma coisa ali no setor noroeste de São José. Um farolzinho, pô. Mas eu tô olhando bem, o bicho tá parado”. Depois acrescenta: “Eles mudam de cor o tempo todo. Ficam vermelhos, amarelos, verdes, azuis, brancos. Tá bonito, estou arrepiado, meu irmão!”. Entra então a jornalista Mariana Procópio, dizendo que conforme os documentos chegam ao Arquivo Nacional são digitalizados e disponibilizados no site da instituição, e que a seção que reúne esses arquivos é uma das mais acessadas. Em seguida mencionam mais casos que constam dos arquivos, como as fotos obtidas na Barra da Tijuca em 17 de maio de 1952, que infelizmente são comprovadamente uma fraude, como demonstrou Claudeir Covo. A reportagem da Rede Bandeirantes, apresentada no Jornal da Band, foi no geral benéfica à Ufologia séria, demonstrando a realidade da presença de UFOs em território brasileiro, e comprovando que a FAB segue cumprindo sua missão ao recolher esses relatos.
Confira a reportagem exibida no Jornal da Band
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Desde que teve início a chamada Era Moderna dos Discos Voadores, em 1947, uma pesquisa sistemática dessas naves e da ação de seus tripulantes na Terra vem sendo realizada por estudiosos de inúmeros países. Eles constataram, para sua perplexidade, que tais veículos, apesar de altamente tecnológicos, também sofrem panes e podem cair sobre a superfície de nosso planeta. O episódio ocorrido na cidade mineira de Varginha, em 20 de janeiro de 1996 é, com certeza, o mais bem documentado de todos. Aconteceu em nosso país, na referida data, a queda de uma espaçonave em dificuldades na atmosfera e, para espanto de todos, alguns de seus ocupantes sobreviveram à tragédia. Pelo menos dois deles foram capturados ainda com vida, e todas as instituições rechaçam veementemente os fatos apurados ao longo de anos de investigações por dedicados ufólogos do Brasil e exterior, entre eles o autor Marco Antonio Petit.