Na madrugada de 14 de outubro deste ano, um extraordinário fenômeno ocorreu no céu da Bahia. Entre 1h00 e 1h30, os moradores de oito municípios baianos – Salvador, Lauro de Freitas, Itaparica, Entre Rios, Itaetê, Morro do Chapéu, Araçás, Alagoinhas, entre outros – visualizaram o que, inicialmente, parecia ser um avião em chamas. Segundo os depoimentos de duas testemunhas, Emídio Pinto e Roberto Rodrigues, uma bola de fogo de cor azul e amarela, proveniente do sul do país, explodiu no espaço, lançando sobre a região uma chuva de fragmentos. O desconhecido objeto, que sobrevoou os municípios em baixa altitude, era permanentemente seguido por um UFO de tamanho menor.
Essa mesma cena também foi vista em Monte Serrat (BA) por Elaine Suzart e Leopoldo. Ambos, unânimes em suas declarações, afirmaram que o objeto tinha uma cauda luminosa e deixava rastro de fumaça atrás de si. O radialista da Rádio Cultura da Bahia, Emídio Pinto, procurou obter informações precisas, através de contatos com o serviço de meteorologia, sendo in-formado de que nada do que tinha visto enquadrava-se na fenomenologia meteorológica. Inconformado com a situação, mandou um repórter pesquisar dados mais esclarecedores junto à Base da Aeronáutica. No entanto, nada foi encontrado. Muitos moradores dos bairros da cidade e do interior já haviam entrado em contato, via telefone, com a TV local, também solicitando explicações para o estranho acontecimento. No dia seguinte, 16 de outubro, o programa TV-2 Edição, da TV Bahia, levou ao ar os relatos das testemunhas e a opinião do ufólogo Alberto Romero, do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ). Dois guardas noturnos distinguiram o UFO quando faziam o plantão de vigilância em Ipitanga, cidade próxima ao Aeroporto de Salvador.
ATIVIDADE CRESCENTE — À primeira instância, Ranulfo de Jesus e Joelson consideraram-no um meteorito, mas as evidências posteriores não comprovaram essa hipótese. “Eram duas bolas luminosas e incandescentes, uma maior do que a outra. Ambas deixavam rastros de fumaça atrás de si”, contaram os vigilantes. Uma senhora de nome Cristina e o ufólogo Pedro Alves da Silveira, membro da Sociedade de Estudos Ufológicos Lauro de Freitas (SEULF), são mais duas testemunhas que presenciaram a passagem do UFO, desta vez no município de Itapuã.
Os relatos não ficam por aí. Mais três estudantes que voltavam de Ituberá, ao pararem próximos a Itaparica, notaram um corpo luminoso em forma de charuto, com duas luzes, voando em silêncio e deixando uma linha de fumaça. Relata um deles que, “…de repente, houve uma explosão. E muitas fagulhas da parte traseira do objeto menor foram lançadas ao alto”. Cada uma tomou uma direção, enquanto o objeto maior continuou o seu percurso, sem parar. A testemunha de Itaetê, o senhor Estênio Fontnelle de Souza, observou um círculo vermelho voando em alta velocidade e, às vezes, emparelhado a um outro objeto menor.
“Num dado momento, a esfera pequena penetrou a grande”, declarou Estênio. Imediatamente, surgiu um clarão que condensou o vapor e várias partículas se fragmentaram. Contudo, as duas esferas continuaram sua trajetória, até sumirem por completo. A SEULF, através do sistema Disk-UFO, recebeu inúmeras ligações telefônicas de outras partes do estado, dentre elas a do ufólogo paraibano Wellington Francisco de Lima, da Equipe de Pesquisas Ufológicas de Guarabira (EPUG), que confirmou a existência de algo desconhecido nos céus de sua cidade, na mesma madrugada. Porém, este UFO tinha formato triangular, e não esférico como o da Bahia.
No dia 25 de outubro passado, a TV Bahia transmitiu uma grande reportagem sobre o caso, além de promover uma pesquisa de opinião com os telespectadores. Os resultados da pesquisa foram os seguintes: dos 2.976 entrevistados, 2.211 disseram que acreditam no Fenômeno UFO e somente 765 pessoas permaneceram céticas, alegando que tudo não passa de mera ficção. Com esses dados, pode-se ter uma idéia do número de pessoas que acreditam em discos voadores e seus tripulantes. Auxiliando, de alguma forma, a pesquisa ufológica.