Uma explosão de estrela, conhecida como supernova tipo Ia, pode ser mais de duas vezes mais intensa do que a teoria prevê, afirma uma equipe de astrônomos. A descoberta sugere cautela aos cosmólogos, que usam as supernovas Ia para medir a expansão do universo.
No entanto, a nova descoberta não põe em risco a conclusão de que essa expansão vem acelerando. A física por trás das supernovas Ia é simples: uma estrela anã branca – uma estrela morta, feita de oxigênio e carbono comprimidos a uma enorme densidade – suga matéria de uma estrela próxima.
Quando a massa da anã branca atinge um certo limite de cerca de 1,4 vezes a massa do Sol, conhecido como limite de Chandrasekhar, ela explode. Como resultado dessa constância, todas as Tipo Ia deveriam brilhar do mesmo jeito, o que significa que os astrônomos podem usá-las para medir distâncias no espaço, avaliando a atenuação da luz produzida pelo afastamento.
Mas agora descobriu-se uma supernova Tipo Ia que brilha mais de duas vezes mais do que deveria. O achado é descrito na edição desta semana da revista Nature. Os responsáveis pela descoberta dizem que a nova estrela atinge 2,2 massas Solares antes de explodir.
O resultado, porém, não ameaça as medições feitas com base nas supernovas Tipo Ia comuns: a estrela recém-descoberta é tão estranha que é fácil desconsiderá-la. Agora, cabe aos cientistas explicar por que a estrela consegue acumular muito Amis massa que as outras supernovas do mesmo tipo. Uma explicação é que ela pode estar girando tão rápido que a matéria é afastada um pouco, o que reduz a pressão em seu interior.