Novos vizinhos. Astrônomos encontraram oito galáxias-anãs até então não identificadas, próximas à Via Láctea. Sete pareceram ser satélites, enquanto a oitava, Leo T, pode estar apenas de passagem. Enquanto mapeavam correntes de estrelas no halo da Via Láctea, astrônomos encontraram sete galáxias de pouco brilho em sua órbita. Um oitavo objeto pode pertencer a uma nova classe de galáxias “livres flutuantes” solta em direção à Via Láctea.
As sete anãs em órbita ficam entre 100 mil e 700 mil anos-luz e contêm milhões de estrelas. Algumas parecem estar próximas a se romper, provavelmente devido à gravidade da Via Láctea. Daniel Zucker, da Cambridge University, apresentou as descobertas da equipe no encontro de janeiro da American Astronomical Society. A equipe descobriu as novas galáxias processando dados de imagens do Sloan Digital Sky Survey. Os astrônomos desconsideraram as estrelas vermelhas próximas. Então, sofisticados algoritmos de computador examinaram os dados para procurar agrupamentos de estrelas relatadas. Duas das novas anãs ficam na constelação de Canes Venatici, uma em Boötes, uma em Leo, uma em Coma Berenice, uma em Ursa Maior e uma em Hércules.
O oitavo objeto é o mais intrigante. Chamada Leo T, a galáxia está a cerca de 1,4 milhão de anos-luz, nas franjas da influência gravitacional da Via Láctea. O calor das estrelas de Leo T (stellar glow) chega a apenas 50 mil sóis, mas algumas de suas estrelas se formaram no último bilhão de anos. Por contraste, todas as outras novas anãs contêm exclusivamente estrelas velhas. Além disso, informações de rádio indicam que Leo T tem grandes quantidades de hidrogênio – o combustível para novas estrelas. “Esta é basicamente a menor e mais opaca galáxia com formação de estrelas”, indica Zucker.