Mais de meio século após ter começado na Europa, o espantoso episódio de contato com extraterrestres conhecido como Caso Amicizia [Amizade em italiano] continua ativo. Tudo teve início no ano de 1956 e prolongou-se por mais de uma década, quando cerca de 200 pessoas em todos os círculos sociais da Europa alegaram ter tido uma intensa interação com alienígenas de formato humanoide que se identificaram como sendo de um grupo de avançadas civilizações chamado Akrij. Os fatos foram trazidos à tona apenas em anos recentes, em trabalhos publicados pelo ufólogo italiano Stefano Breccia, falecido em 2011, que a respeito de tais contatos escreveu o livro Contattismi di Massa [Contatismo de Massa, Nexus Editorial, 2007].
Breccia chegou a descobrir em sua pesquisa até quais seriam as 15 estrelas de diversos tipos espectrais apontadas pelos Akrij como sendo aquelas ao redor das quais orbitariam seus mundos de origem — eles viriam de um grupo de planetas existindo ao redor de vários astros e teriam há muito tempo estabelecido contato e interação entre si, formando uma confederação de mundos. Segundo os Akrij, essa coalisão teria ocorrido a partir da união de várias raças, com diversas origens, que manteriam os próprios idiomas em seus planetas natais mas praticariam uma língua comum, que facilitaria a comunicação entre todos. Os detalhes dessa surpreendente aproximação da Terra por parte de tais espécies pode ser o caso mais profundo de contato direto com seres extraterrestres de que se tem conhecimento.
Bases subterrâneas de UFOs
Dentre os envolvidos no processo de contatismo estavam políticos, professores, engenheiros, jornalistas, estudantes etc. Como explicado em artigo anterior, o nível dos contatos com os visitantes variou desde um único encontro a experiências profundas que se prolongaram por mais de 40 anos — alguns dos protagonistas dessa fascinante história alegaram ter chegado a visitar bases alienígenas subterrâneas e submarinas, enquanto outros teriam viajado nas naves dos Akrij. Para apoiar todas essas alegações há centenas de gravações de voz, fotos e filmes dos objetos, feitos ao longo dos anos, inclusive com alguns dos próprios visitantes.
O termo amicizia, de amizade em italiano, foi o mais apropriado que se encontrou para descrever o que se passou entre aqueles humanos privilegiados e os visitantes Akrij, principalmente devido aos sentimentos de afeição cultivados por esses em todos os que os conheceram. A escolha da palavra amicizia também ocorreu por terem as experiências se concentrado na Itália — lá o episódio ficou amplamente conhecido como Caso Amicizia. O termo W56 também foi largamente empregado para se referir aos fatos registrados e aos contatos realizados, pois, segundo os protagonistas, a letra W remetia à expressão dupla vitória em italiano, e 56 era o ano em que os encontros tiveram início. Apesar de a Itália ter sido o foco da fase inicial das experiências, elas também ocorreram na Alemanha, Suíça, França, Áustria e até em outros países.
Auxiliar a sociedade terrestre
A Confederação Akrij ou W56 seria um agrupamento de espécies alienígenas de formato humano que afirmam estar monitorando a Terra há milênios, oferecendo-nos apoio sutil e orientação espiritual. Se confirmado em sua plenitude, esse seria o mais longo e bem documentado caso de contato com outras inteligências cósmicas de que temos conhecimento — na verdade, como a maioria dos episódios genuínos de contatos se enquadram no conjunto de experiências apurado por Breccia, o Caso Amicizia certamente envolveria mais interações de extraterrestres com humanos do que qualquer outro.
Atualmente, segundo informam àqueles que contatam, os Akrij operariam em várias partes do mundo. Motivados pelos princípios de amizade que dominam seus atos, seu objetivo seria auxiliar a sociedade terrestre a escolher livremente um padrão de moralidade superior e um modo de vida mais sustentável. A alternativa a isso seria o materialismo totalitário promovido, também aqui na Terra, pelos inimigos da Akrij, chamados Weiros ou CTRs, que seriam outro grupo de vigilantes alienígenas atuando em nosso planeta. A situação geral parece ser um típico cenário do bem contra o mal, ou da liberdade contra a opressão, reproduzindo-se na Terra dos dois lados, de uma maneira que nunca poderíamos imaginar.
Em artigo anterior, apresentei o relato básico da fase mais conhecida dessa experiência de contato, que começou em 1956. Claro que esse ano não foi o da chegada dos Akrij aqui, pois eles afirmam estar envolvidos com nosso planeta há milhares de anos — na verdade, dizem até que alguns deles seriam nossos ancestrais distantes. O principal contato com os Akrij na Itália era o teólogo Bruno Sammaciccia, que soube por meio deles detalhes de vários eventos ocorridos na Idade Média, quando monitoraram nossa sociedade e interagiram com humanos mais diretamente. Tais acontecimentos tiveram grande repercussão geográfica, inclusive na América do Sul e no Golfo Pérsico. Posteriormente, os Akrij teriam tido interação pessoal até mesmo com o presidente dos Estados Unidos, George Washington.
O ano de 1956 representaria meramente a abertura de uma nova frente de atividades dos Akrij em uma época em que a humanidade vivia o período de desafios renovados após a Segunda Guerra Mundial, à beira do início do voo espacial e também da proliferação de armas nucleares. Faz sentido que qualquer raça extraterrestre benévola que nos observasse agisse em um período em que a sociedade planetária tenha desenvolvido um meio de destruir toda a vida aqui, e estava prestes a espalhar a destruição a qualquer lugar desse mundo — o ritmo do desenvolvimento foi incrível naquela época, tendo o primeiro
satélite artificial sido lançado em outubro de 1957 e, menos de 12 anos depois, o homem já pousava na Lua.
Tudo isso deve ser visto tendo como pano de fundo o fato de que, na mesma época, várias outras raças extraterrestres também já visitavam nosso planeta — como fazem até hoje e fizeram no passado — independentemente dos Akrij e cada qual com seus fins. Enquanto algumas delas raramente vêm à Terra, ou só recentemente começaram suas visitas, a evidência da presença desses outros grupos em nosso passado é obtida não só a partir das afirmaç&otild
e;es da Akrij, mas também dos arquivos da Ufoarqueologia. Com o passar do tempo, sem dúvida, mais informações virão à tona e compreenderemos melhor a interação dessas várias outras espécies cósmicas com nosso planeta e sociedade.
Além disso, nem tudo o que é típico dos Akrij necessariamente se aplica a outras raças extraterrestres, como, por exemplo, seus sistemas de propulsão — aliás, nem sequer se aplica a todos os próprios Akrij, que seriam muitos e atuando de diversas formas na Terra. Com dezenas e talvez centenas de raças participantes de sua confederação, há amplo espaço para variedade e exceções, na maioria dos aspectos considerados. A foto de um extraterrestre Akrij chamado Kenio demonstra que eles parecem humanos, mas variam em altura, tendo desde 20 cm até 6 m. Sammaciccia disse ainda que, embora várias raças Akrij partilhem dos mesmos ideais e metas, o desenvolvimento planetário deles é variado — alguns têm uma tecnologia mais avançada que outros.
Propósito e potencial dos UFOs
Um capítulo interessante das experiências da Confederação Akrij na Terra diz respeito aos veículos que utilizam para suas operações, ou seja, aos seus discos voadores. De modo geral, suas naves se encaixam em duas categorias primárias. A primeira delas são aquelas usadas para viagens interestelares de seu planeta nativo até o Sistema Solar. Fora o fato de serem enormes — chegando a ter vários quilômetros de extensão —, de excederem a velocidade da luz e de usarem variadas tecnologias de astronavegação, temos poucas informações concretas sobre elas a partir de nossas fontes Akrij. Entretanto, várias imagens feitas por satélites meteorológicos de gigantescas naves no espaço, próximas da Terra, sugerem realmente a presença desses veículos nas proximidades da Terra.
O segundo grupo de naves são aquelas usadas dentro da baixa atmosfera terrestre ou em camadas mais externas — são elas quase todas as naves observadas por milhões de testemunhas em todo o mundo, descritas como discos voadores ou UFOs. Embora os relatos mais comuns sejam de naves discoides, esféricas e em forma de charuto, há muitas outras formas documentadas pela literatura ufológica. Além disso, mesmo essas categorias gerais existem em uma variedade incrível de configurações e tamanhos. Logo veremos como os dados dos Akrij nos ajudam a entender o motivo disso.
A frota da Confederação Akrij é extensa e incluiria ainda dispositivos voadores minúsculos, do tamanho e com a aparência de insetos, chamados Ania, que monitorariam o ambiente e poderiam operar independentes de outros veículos. “Elas são capazes de abrir asas e até expor artefatos semelhantes a pernas, passando por moscas comuns”, descreveu Stefano Breccia. Embora pareça estranho, essa é uma tecnologia que os militares norte-americanos já experimentam há algum tempo — o Pentágono vem tentando construir minúsculos aparelhos teleguiados para transmitir dados por controle remoto, além de também explorar meios de implantar equipamentos para isso em insetos.
Alguns outros aparelhos dos Akrij seriam pequenas sondas robóticas de monitoramento, com uns 10 cm de diâmetro, e artefatos em formato de sinos com poucos metros de extensão. Mas há aqueles, claro, que são grandes o suficiente para transportar vários tripulantes — e todas essas naves utilizavam uma variedade de fontes propulsoras. Algumas se movem à vontade debaixo d’água, bem como em nossa atmosfera ou no espaço. A maioria delas seria capaz de viajar não só até a Lua, mas também a outros planetas do Sistema Solar, como Marte.
Experiência aqui
Para surpresa de Bruno Sammaciccia, o teólogo italiano que teve uma grande conexão com o Akrij, esses lhe disseram que as naves que operam aqui na Terra não são basicamente para transporte — elas servem geralmente como plataformas móveis de observação e laboratórios móveis. Na saga Akrij, os membros da confederação também utilizariam tecnologia terrestre normal para se locomoveram, tais como carros, caminhões e aviões. Em alguns relatos dos protagonistas, tem-se a impressão de que eles gostavam de fazer isso como parte de sua experiência na Terra, assim como apreciaríamos andar de riquixá em uma visita que fizéssemos à Ásia.
O citado Stefano Breccia, autor de Mass Contacts — o primeiro livro a atrair atenção da Comunidade Ufológica Mundial para o Caso Amicizia, em 2009 —, afirmou antes de morrer que tinha hábitos normais com membros da Confederação Akrij. Por exemplo, ele costumava jogar xadrez com um deles, que assumiria uma identidade terrestre e chegava a pilotar aeronaves particulares pequenas, em uma época em que possuir aviões privados era muito raro. Apesar de ter avançada tecnologia, o chefe da principal base Akrij na Itália, que se autointitulava Dimpietro, gostava de dirigir um veículo Citroën adaptado para acomodar sua grande altura, de mais de 2 m. Mas também havia outras opções de transportes para os Akrij em visita à Terra, mas é importante que se tenha em mente que boa parte de sua tecnologia dependeria da capacidade que têm de comprimir matéria em todas as suas dimensões.
Traje voador alienígena
Os visitantes também teriam bases subterrâneas e subaquáticas em nosso planeta. As primeiras, por exemplo, seriam formadas simplesmente pela compressão de matéria até gerar um espaço apropriado para o uso dos Akrij — segundo Breccia, o tamanho de algumas bases era considerável. Os seres da confederação também teriam à sua disposição um tipo de “nave voadora pessoal”, portátil e retrátil. Sendo do tamanho de uma mala e pesando apenas de 3 a 4 kg, esse veículo seria inflado quando fosse ser usado, o que exigiria certo espaço aberto para o que parecia ser um processo abrupto — Breccia também afirmou ter segurado um deles. O procedimento consistia em, após escolher o local apropriado, o operador apertar um botão, provocando uma pequena explosão que espalhava pequenos detritos na área. Instantaneamente, um disco voador de mais ou menos 9 m de diâmetro pairava no ar, pronto para uso.
O processo reverso, de retrair a nave até voltar ao formato do pequeno pacote, também provocaria um barulho semelhante. Alguns dos humanos participantes da Experiência Amicizia puderam usar esses aparelhos e aprenderam a pilotá-los. E havia também um veículo estranho que abrigava dois pilot
os sentados em cockpits adjacentes, mas parece que raramente era usado e quase não há relatos de seu avistamento — essa nave teria sido fotografada somente uma vez. Porém, o artefato de locomoção dos Akrij mais usado mesmo era uma espécie de traje voador, geralmente chamado de “sobretudo”, que foi dado a alguns humanos para que experimentassem tais unidades de propulsão.
Enquanto o sobretudo era um dispositivo protetor para quem o usava, era requerida certa habilidade para se voar com ele, livre no ar como um pássaro. Claro que o voo livre, sem a necessidade de pás giratórias ou foguetes retropropulsores, sempre foi uma das maiores fantasias do ser humano, desde as asas improvisadas de Ícaro, na Antiguidade, o que pode levar alguns a pensar que tudo não passou da imaginação fértil de alguns protagonistas do Caso Amicizia. Mas esse não é o caso, embora seja compreensível que tal surpreendente habilidade tenha gerado algumas das mais fantásticas histórias de todo esse processo de contatismo. Stefano Breccia conta, por exemplo, o caso de um alemão que perdeu o controle de seu traje voador e voou de cabeça para baixo por uma rua de Munique, colidindo contra estruturas e para o susto dos pedestres, até recuperar o controle da máquina.
Voo de alcance limitado
O traje voador dos Akrij, na verdade, parece ser um objeto quase biológico, programado para reconhecer os comandos apenas de uma pessoa designada a operá-lo. Os calcanhares grossos do traje conteriam o sistema de propulsão do veículo, que era ativado por um botão simples no cinto. O capuz manteria uma fonte de oxigênio, regulava a temperatura e cuidava dos dejetos expelidos pelo corpo — ele precisava ser descarregado deles e recarregado de oxigênio regularmente. O traje, enfim, alcançaria velocidades enormes, sendo capaz de levar o portador até o espaço, à Lua e a planetas próximos, embora seu uso principal não fosse esse.
O incrível sobretudo Akrij talvez explique, pelo menos em parte, avistamentos periódicos de humanoides voadores em diversas partes do mundo, como temos em abundância na literatura ufológica. Testemunhas, inclusive pilotos de linhas áreas comerciais, já viram e filmaram pessoas no ar, geralmente sem qualquer meio visível de propulsão. Eles não podem ser confundidos com cintos com foguetes propulsores, hoje existentes, que têm um tempo de voo limitado a poucos minutos, além de um alcance reduzido. Portanto, não foi isso que os pilotos viram. A capacidade de voar sem equipamento também é relatada em vários casos ufológicos, como, por exemplo, o episódio de Vlado Kapetanovic, que contou com múltiplas testemunhas no Peru, na década de 60.
Kapetanovic recebeu de seus contatantes alienígenas trajes que lhes permitiram voar em silêncio e com elegância, como se fosse um pássaro — sendo assim testemunhado por muita gente. Seu impressionante caso de contato, apesar de espetacular, foi muito mal documentado e é pouco conhecido pela Ufologia Mundial. Esse mesmo tipo de ocorrência também foi relatado mais recentemente no caso de seres de um tipo que parece ser muito específico em ação na Terra, que por sua cor bem branca e grande altura acabaram sendo chamados de “ETs Altos e Brancos”. Um dos que teve encontros com eles foi o norte-americano Charles Hall, enquanto servia no Exército dos Estados Unidos como observador meteorológico — durante dois anos no Deserto de Nevada, Hall via esses seres quase todos os dias, geralmente notando que a roupa especial que usavam lhes permitia levitar acima dos obstáculos.
Construindo uma nave voadora
Temática conhecida dos ufólogos e dos fãs da série Jornada nas Estrelas, as gigantescas naves-mãe que povoam nosso imaginário e que muitas vezes já foram vistas e registradas em nossos céus, quando são da Confederação Akrij, costumam ficar fora da atmosfera terrestre, funcionando como bases para atividades locais. Elas carregam múltiplas naves menores de reconhecimento — também chamadas de naves auxiliares —, que, por sua vez, transportam sondas ainda menores, usadas para monitorar o solo antes de as maiores pousarem. Isso remete ao fato de que, em anos recentes, um dos enigmas da Ufologia tem sido a incrível variedade de tamanhos e formas de naves relatadas por testemunhas de credibilidade.
De tão grande, esses números parecem desafiar o bom-senso, mesmo se levarmos em conta os múltiplos grupos de visitantes alienígenas que aqui vêm, suas inúmeras origens e mais variados motivos. O Caso Amicizia oferece uma explicação que parece resolver essas questões. Em um livro seguinte que escreveu — Amicizia: 50 Anni Dopo [Amicizia, 50 Anos Depois, em fase de publicação] —, Breccia revela novas informações dos anos em que se envolveu com os aliens da Confederação Akrij, especialmente acerca das variadas naves. A primeira surpresa para muitos leitores, quando o livro vir a público, será a revelação de que talvez a maioria dos discos voadores daquela espécie não seja construída com materiais leves, como magnésio ou alumínio, mas principalmente com ferro, sendo, portanto, muito pesados.
O ferro usado nas naves alienígenas, porém, é polarizado com um processo que forma um entrelaçamento de cristais do minério em um nível atômico. Entre outras coisas, essa propriedade permite que o metal fique transparente e que apareçam portas no bojo dos veículos, quando necessárias. A afirmação de Breccia, aparentemente absurda, de que o ferro pode ficar transparente torna-se bem mais plausível após o recente anúncio de que cientistas desenvolveram um tipo de alumínio transparente e que retém sua força. Ademais, deve-se ter em mente que o autor italiano era professor universitário e cientista, e sabia o que falava. Breccia também faz outra intrigante afirmação — a de que muitos discos voadores são montados em bases aqui na Terra, conforme a necessidade dos Akrij.
Sem rebites ou soldas
Se dermos crédito a Stefano Breccia, a maioria das naves alienígenas que são vistas em nossos céus seria montada dentro de bases que tais espécies teriam em nosso planeta. Segundo detalhou Breccia, o processo seria computadorizado e levaria cerca de duas horas. Pessoalmente, ele não viu isso acontecer, mas os Akrij lhe disseram que os discos eram montados por robôs e que os componentes eram acoplad
os por um campo de força, não por rebites, soldas ou engrenagens. As naves seriam montadas de acordo com a necessidade de cada missão — variações delas seriam feitas em relação à forma, tamanho e equipamento. A projeção ortográfica de algumas das fotos mais nítidas de UFOs em forma de sino, quando em voo baixo, mostra pequenas, porém mensuráveis, diferenças de curvatura que ilustram esse princípio.
Ainda segundo os Akrij, quando uma tarefa era completada, a nave usada na mesma voltaria à base de origem e o campo de força ao seu redor seria desligado — seus vários componentes simplesmente se desmontariam em uma pilha, possivelmente para ser reciclados. É interessante especular se a montagem realizada por computador seria um processo prático, como robôs criando um carro em linha de produção, ou algo mais exótico. Uma possibilidade sugerida pela ciência cada vez mais progressiva da nanotecnologia prevê que robôs minúsculos poderão, em tese, replicar objetos de qualquer tamanho e em qualquer quantidade em um futuro não muito distante. Alguns passos já foram dados nessa direção.
Outra possibilidade interessante vem do recente avanço da impressão em três dimensões, um processo que já existe e se baseia na habilidade de uma fotocopiadora fazer uma cópia exata de um objeto. Na impressão 3D, o artefato é escaneado e o arquivo gerado no computador cria camadas interseccionais que, por sua vez, são impressas uma por cima da outra para criar um objeto tridimensional. Hoje, cientistas estão experimentando tal técnica com objetos pequenos — um coração humano, joias, sapatos etc — de vários materiais. Com esse método, quando aperfeiçoado, ficará tão barato produzir uma única cópia quanto várias. Claro que civilizações avançadas e milhares de anos a nossa frente devem ter técnicas que fazem esses conceitos parecer primitivos, mas ainda nos permitem ver que os velhos pressupostos não são as únicas opções.
Propulsão alien e navegação
A Confederação Akrij usaria também uma variedade de sistemas de propulsão em seus veículos, segundo os parâmetros de cada missão e das naves utilizadas. Apesar de todo o seu conhecimento técnico do assunto, Stefano Breccia teve dificuldade para entender a tecnologia da propulsão dos artefatos voadores de nossos visitantes. Por exemplo, quando lhe mostraram uma fonte de força do tamanho de uma pequena bateria — a qual chamaram de “célula-mãe” —, ele não compreendeu como a enorme energia que ela gerava era transmitida aos sistemas de voo das naves. No entanto, com o passar dos anos de seu envolvimento com a experiência Amicizia, ele conseguiu entender o suficiente dos princípios operacionais para então nos dar explicações interessantes.
Algumas das informações de Breccia sobre os sistemas de propulsão dos UFOs corroboram especificamente as afirmações de George Adamski, o mais conhecido contatado de todos os tempos — ainda que muito polêmico —, e de George Hunt Williamson, um contemporâneo menos famoso. Os Akrij teriam uma nave grande e semelhante àquelas das famosas fotos de Adamski, inclusive com as semiesferas em sua base. A afirmação se choca com a tese de alguns detratores do Caso Adamski, para os quais tais naves nada seriam além de artefatos comuns usados para fraudar as fotos que ele apresentou ao mundo. Seja como for, em seu novo livro, em vias de publicação, Breccia dá detalhes de como o veículo funcionaria e como os campos gerados eram usados em voo.
É mais fácil para um leigo entender como as naves Akrij navegariam. Em vários locais no nosso mundo, afirmam esses seres que teriam “ancoras” suspensas na atmosfera, que funcionariam com pontos de referência para seus computadores. Fisicamente pequenos, esses objetos também podiam ser ativados conforme a necessidade de cada missão e teletransportados a uma dada posição desejada — a capacidade de teletransportar instantaneamente objetos, não pessoas, tem grande destaque no primeiro livro do autor e no documentário Estabelecendo Contato [Código DVD-041 da coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br].
Fotos do interior do UFO
Outra provável surpresa para os leitores será o fato de que, em muitos casos, as naves são basicamente vazias — seu interior seria composto apenas de uma sala circular sem quase nada dentro. Elas teriam nas paredes um painel de controle com telas do tipo toque, ou touch screen, que se mexeriam atendendo a vontade dos pilotos. As telas só teriam suas funções realmente disponíveis, ou utilizadas, no momento em que se necessitasse. Já os assentos da nave viriam do piso, também apenas quando necessários, e do mesmo modo apareciam visores, janelas e portas nas paredes. Stefano Breccia descreve que se sentou no chão de um disco voador Akrij durante uma viagem noturna de 90 minutos, enquanto registrava uma leitura das coordenadas e distâncias — o voo, ocorrido a partir da Itália, teria um piloto alemão e se deu em rota triangular ao Cairo e a Moscou, uma experiência para medir vários parâmetros.
Duas fotos que ilustram esse texto foram tiradas por outro protagonista do processo de contatismo com os Akrij, Giancarlo De Carlo, aparentemente o humano mais aventureiro a participar da Experiência Amicizia. Ele as obteve enquanto olhava para a cabine de uma nave pequena, aterrissada perto de Pescara, na Itália — era tão pequena que De Carlo não pôde entrar no veículo, mas tirou as fotos sob luz natural através da escotilha. Infelizmente, como é de se esperar, as imagens têm baixa qualidade, não apenas pelas circunstâncias em que foram obtidas, mas também porque isso se deu há várias décadas e em preto e branco, com equipamento de baixa resolução — para facilitar a visualização das imagens, uma reconstituição das mesmas é oferecida ao leitor.
Uma das fotos mostra o que seria o interior de um disco voador Akrij, que nesse caso não apresenta bordas definidas porque tudo nele seria arredondado, como em muitos outros veículos. Esse modelo de nave cont
eria quatro assentos para seus ocupantes e teria uma espécie de prateleira inclinada e dois monitores, além de uma coluna central, tudo em volta da parede interna. A outra foto oferecida é inédita e nunca foi publicada antes em lugar algum fora da Itália. Ela mostra o que seria outra visão do assento dos tripulantes. Nessa imagem, o mais interessante é algo que aparece do lado esquerdo, que se acredita ser a cabeça lisa e mal iluminada de uma pessoa pequena — ou ainda um capacete.
Como pilotar uma nave
Entre os materiais a respeito da ação da Terra de membros da Confederação Akrij consta um fantástico relato que seria parte da transcrição de uma gravação alegadamente realizada pela tripulação a bordo de um disco de nossos visitantes em missão de treinamento sobre a Europa. A transcrição, igualmente nunca antes publicada, é apresentada em um box na página 48. O fato teria se dado quando um protagonista italiano do Caso Amicizia estava sendo treinado para pilotar a nave e outros dois humanos estavam a bordo — todos em comunicação constante por rádio com um homem da Confederação Akrij que monitorava o andamento da aprendizagem a partir do solo.
Do diálogo tomam parte o piloto italiano do disco voador, que estaria sendo habilitado para voar “aeronaves normais” dos Akrij (identificado no box como “piloto”), o instrutor de voo extraterrestre, que estaria operando a nave por controle remoto (“treinador”), e outro humano não identificado a bordo do UFO (“passageiro”). Da Itália, os homens voaram com o veículo sobre o Mar Mediterrâneo, em direção à costa egípcia. “Pelo que se tem conhecimento, esse é o primeiro relato de como se dá uma viagem dentro de uma nave extraterrestre, embora essa só tivesse pilotos humanos a bordo”, disse a respeito o eminente ufólogo italiano Roberto Pinotti, correspondente internacional da Revista UFO. Não apenas ele, mas vários outros estudiosos de renome também endossam as descrições que Stefano Breccia faz do excepcional Caso Amicizia.
A leitura atenta da transcrição revela alguns detalhes interessantes. Por exemplo, quando o UFO se aproxima do barco, o piloto envia “discos de referência” da nave e, dali a segundos, a partir de uma nova transmissão, o piloto já sabe como aterrissar sobre a embarcação. É dito no diálogo que os anéis inferiores da nave são “despolarizados” e, em determinado momento, “esferas de aterrissagem” são baixadas. O treinador Akrij se mantém em constante comunicação por rádio — ele aponta erros no manuseio do veículo, mas também aprova a manobra perigosa escolhida pela tripulação. Fica claro, porém, que boa parte da operação do UFO Akrij é controlada automaticamente pelos computadores de bordo. Sobre isso, Breccia afirmava que, com instruções básicas, esse tipo de disco era mais fácil de pilotar do que uma aeronave feita pelos homens.
Além da supertecnologia
Penso compartilhar da opinião de muitos leitores, assim como de colegas da Comunidade Ufológica Mundial, que vislumbramos o próprio futuro da humanidade quando observamos atividade alienígena na Terra. O que estamos testemunhando aqui, na verdade, é o programa espacial de outros seres, mais avançados do que nós, em ação em nosso meio. Eles têm máquinas mais poderosas, dominam recursos mais robustos e têm condições efetivas de viajar pelo universo, coisa em que ainda apenas engatinhamos. As revelações do Caso Amicizia certamente nos dão uma visão maior de como seria uma cultura altamente desenvolvida — mas que, ainda assim, é capaz de se relacionar com uma mais atrasada, como a nossa.
Esses seres demonstram deter uma tecnologia extraordinária e sem igual a qualquer coisa que tenhamos desenvolvido aqui na Terra. Mas estamos caminhando para também termos em breve pelo menos algumas dessas conquistas, proporcionadas pelos recentes avanços científicos na área da engenharia, nanotecnologia, comunicação instantânea, energia limpa etc. Talvez em questão de pouco tempo será possível realizar viagens para qualquer ponto da Terra e até a outros planetas em poucos segundos — como certamente fazem nossos visitantes extraterrestres.
Paz mundial, prosperidade universal, igualdade global, longevidade, saúde física perfeita e recursos inimagináveis de conhecimento são, no mínimo, perspectivas encorajadoras que nos batem à porta, permitindo-nos que um dia nos aproximemos desses que ora nos visitam. É possível, porém, que os aspectos morais e espirituais menos tangíveis dos Akrij também nos ofereçam maiores razões para termos esperança quanto ao nosso próprio destino. Esses seres vêm de longe para nos visitar, são amigos que já andaram pelo caminho que hoje trilhamos e vivem no futuro que todos nós esperamos para o nosso mundo.
Nota do Editor — Para melhor compreensão desse texto, é recomendável que o leitor leia também o artigo anterior do autor, Contato Direto: O Caso Amicizia, que faz uma ampla e detalhada descrição de fatos ocorridos há algumas décadas, especialmente na Europa, em que seres alienígenas alegadamente de uma civilização chamada Akrij teriam convivido com pessoas da Terra. O referido texto pode ser encontrado na edição UFO 171, de novembro de 2010, agora disponível na íntegra no Portal da Ufologia Brasileira, no endereço: ufo.com.br.