O rover Curiosity, que anda por Marte desde 2012, tem constantemente obtido imagens da superfície da cratera Gale, onde pousou há quase 10 anos. Suas fotos são, então, dispostas em um arquivo especial para revisão pública. E, novamente, mais uma delas mostrou algo interessante.
Enquanto examinava um arquivo, o escritor Paul Scott Anderson encontrou algo estranho entre as fotografias recentes. Ele escreveu sábado, 19 de fevereiro, no Twitter: “Olhe para esta rocha magnífica que o jipe-sonda Curiosity encontrou em Marte ontem.” Seu tuíte iniciou uma discussão sobre o que poderia estar causando as linhas fluidas e a aparência geral da rocha.
Dado que Marte já foi um mundo rico em água, é possível que a forma suave da rocha tenha sido moldada há bilhões de anos pelo líquido. Embora a NASA tenha divulgado a imagem ao público, Anderson disse que recebeu uma carta de cessação e desistência de uma empresa alegando que possui a imagem da rocha como NFT.
Os chamados lagos de cratera eram uma visão comum em Marte bilhões de anos atrás, quando havia água líquida na superfície do planeta. Quando a água na cratera se tornou excessiva, rompeu a borda da cratera, causando inundações catastróficas que cortaram os canais dos rios, cujo padrão agora vemos na superfície empoeirada do planeta. Um estudo de 2019 liderado pelo professor John Goodge, da Jackson School of Earth Sciences, da Universidade do Texas, descobriu que esses eventos ocorreram rapidamente.
A rocha lisa de Marte provocou um debate online sobre o que é e como foi formada, inclusive com teorias sobre sua origem artificial.
Fonte: NASA
O cientista disse: “Se pensarmos em como os sedimentos se moveram pela paisagem no antigo Marte, a inundação do lago foi um processo muito importante no planeta. E este é um resultado um pouco inesperado, porque por muito tempo foram consideradas anomalias únicas.” Talvez uma dessas inundações tenha “polido” esta rocha marciana.
Por outro lado, as teorias de que se trata de um pedaço de alguma estrutura ou templo pertencente a uma civilização inteligente agora extinta reacenderam as discussões na internet. A sede por evidências faz com que, muitas vezes, se pule logo para conclusões precipitadas. Mas há uma pergunta que nunca se cala: “E se realmente for uma evidência?”