País desenvolve projetos com agências de outras nações Curitiba. A alta cúpula da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa), dos Estados Unidos, chega ao Brasil no final deste domingo, em Manaus.Presidida pelo administrador-geral, Sean Keefe, a comitiva está com toda sua direção para conhecer de perto o desenvolvimento das parcerias com o Brasil, principalmente nos acordos que envolvem a Amazônia. Esta é a segunda vez que o dirigente máximo da agência espacial norte-americana e a mais poderosa do mundo visita o país numa missão técnico-científica. Essa visita ocorre no momento em que o governo brasileiro procura se aproximar da Agência Espacial Européia (ESA) e do bloco dos países emergentes no segmento da ciência e tecnologia, como a Índia, África do Sul e Ucrânia.Além de consolidar parcerias com antigos rivais norte-americanos na corrida espacial, como Rússia e China. Um dos pontos dos acordos firmados com essas nações é a transferência de tecnologias tidas pelos EUA, como restritas e controladas, entre elas a do Veículo Lançador de Satélite (VLS). Segundo informou a Agência Espacial Brasileira (AEB), seu presidente, Luiz Bevilacqua, e o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Luiz Carlos Moura Miranda, participam de uma reunião na segunda-feira na sede do instituto, em São José dos Campos(SP). O grupo norte-americano visitará todas as instalações do centro de pesquisas e tratará também da participação do Brasil na Estação Espacial Internacional (EEI). O governo federal diminuiu o orçamento brasileiro na EEI de US$ 120 milhões para US$ 26 milhões, distribuídos para os próximos quatro anos. Também foi exigido que o astronauta Marcos Pontes participasse de uma das missões da Nasa no espaço até 2008. No auge do conflito entre as duas agências espaciais, surgido quando foram suspensas as verbas para a execução do cronograma da estação espacial, a Nasa chegou a dizer que assumiria todos os itens que seriam desenvolvidos pelo Brasil. Isto excluía os brasileiros do projeto. A maior parceria do país no setor espacial é feita com os Estados Unidos. O projeto LBA, que estuda detalhadamente o meio ambiente amazônico, tem uma grande presença de institutos e universidades norte-americanas. Essa relação é histórica. Por exemplo, o Centro de Lançamento Barreira do Inferno (CLBI), inaugurado em 1965, recebeu grande suporte norte-americano no começo de suas operações. A delegação da Nasa ainda visitará o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). O Brasil é o terceiro país da América Latina na agenda da missão. Outros encontros já ocorreram em Honduras e Guatemala. Nas próximas semanas os dirigentes dos EUA vão à Argentina e El Salvador.