Em 1928, na costa do Peru, especificamente na península de Pacaras, o arqueólogo peruano Julio César Tello desacobriu em escavações em Cerro Colorado cerca de 429 múmias. O local, conhecido como Wari Kayan, era uma grande estrutura subterrânea onde os corpos foram depositados cuidadosamente em cestas, em posição sentada e voltados para o norte. Estudos arqueológicos comprovaram que da cultura de Paracas derivou aquela de Nazca.
As múmias estavam envolvidas em capas de tecido de algodão, algumas destas ricamente costuradas e bordadas. Estavam todos preservados devido ao natural ressecamento e todos os corpos eram de homens que, devido aos objetos próximos a eles, foram considerados membros da alta classe daquela sociedade. Determinou-se que as múmias tinham cerca de 3.000 anos de idade e o aspecto mais surpreendente eram os crânios alongados dessas múmias, que nas décadas seguintes deram origem a muitas teorias e polêmicas.
Uma destas polêmicas surgiu recentemente, com o anúncio do autor Brian Foerster de haver convencido Juan Navarro, diretor e proprietário do Museu de História de Paracas, a ceder amostras de ossos, cabelos e outros materiais de algumas das múmias, a fim de que fosse conduzida uma análise de DNA. Forster alega que dessa maneira seria possível determinar a origem do povo de Paracas, bem como sua idade, e nisso especialistas em análise genética apontam uma falha grave, visto que de uma análise de DNA não é possível obter a idade do sujeito pesquisado.
ANÁLISE REVELARIA MATERIAL GENÉTICO DESCONHECIDO
Está bem estabelecido pela arqueologia e antropologia que várias culturas sul-americanas e africanas praticavam a deformação do crânio e o método mais conhecido é enfaixar a cabeça de recém-nascidos com faixas, apertando-as bem para que o crânio cresça e ganhe a forma alongada. Vários especialistas nesse processo afirmam que outra alegação de Foerster, de que o volume do crânio não sofre alteração, também não condiz com a verdade. Ainda vale lembrar que cada crânio de Paracas possui um formato único.
De acordo com as informações liberadas por Brien Foerster, o geneticista que analisou as amostras, e que não foi identificado, afirma: “As amostras possuem DNA mitocondrial com mutações desconhecidas em qualquer humano, primata ou animal conhecido. Mas alguns fragmentos foram possíveis de ser sequenciados e indicam que estamos lidando com uma nova criatura semelhante aos humanos, muito distante do Homo Sapiens ou Neanderthal”.
Vários sites que repercutiram a notícia anunciaram de forma sensacionalista que as informações apontam para os crânios de Paracas serem de alienígenas. Sites dedicados a apontar fraudes científicas, por outro lado, identificam o geneticista como Melba Ketchum, que em 2013 teria alegado haver descoberto DNA do Pé Grande. Também criticam Foerster por haver enviado as amostras para Lloyd Pye, recentemente falecido e ligado ao crânio Starchild. Teria sido Pye quem indicou a geneticista Ketchum para realizar as análises.
O geneticista que Foerster não identificou ainda que os dados não estão totalmente claros e vários sites apontam que isso não segue o padrão aceito do procedimento científico, fazer anúncios antes que uma análise completa e que possa ser verificada pela comunidade científica esteja pronta. De qualquer forma, a polêmica permanece longe de terminar e se podemos conceder o benefício da dúvida a Foerster, devemos também aguardar que evidências completas e convincentes sejam apresentadas, dada a natural importância da matéria.
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