A abordagem feita por Nicholas Roerich, um educador que pertence a uma nova escola de pensamento e atitude, é a de que “educar não significa dar um registro de informação técnica. Educar é formar uma consciência mundial, o que se atinge pela síntese; não pela síntese dos acasos, mas pela síntese da perfeição e da criatividade”. A professora Leda Jesuíno, no seu texto Educação Holística- Considerações Gerais, publicado na revista da Academia Baiana de Educação, faz referências à palavra educação, mostrando sua complexidade. Ela cita: “Educação é uma palavra de muitas capas e de muitas fases, maleável demais, capaz de, por si só, salvar ou matar. Insidiosa, caminha, às vezes, por sendas perigosas e veredas estreitas. Por isso mesmo, sedutora”.
A mesma autora conceitua que “educação é uma palavra controversa. Está no vocabulário dos economistas, dos políticos, dos governadores, dos juízes, dos pais e do homem do povo. E uma palavra de tal magnitude que não cabe apenas na linguagem específica dos educadores, para os quais ela é o enigma da esfinge, constante nas suas agendas de todos os dias, conduzindo-os a incessantes esforços para decifrar-lhes os profundos recônditos da sua própria essência. E, como sobre seus sonhos pesa demais a responsabilidade de contribuir na formação do homem de amanhã, à educação se impõe, necessariamente, a reflexão sobre o papel que lhe cabe na construção do Futuro”.
A fragmentação que aconteceu em todos os ramos do conhecimento muito contribuiu para o isolamento do homem, numa sociedade complexa no seu sentido micro, repercutindo também no macro. Como dizia Hermes Trimegisto, “o que está em cima é o mesmo que está embaixo”. O processo educacional imposto ao homem durante séculos contribuiu para que o homem chegasse a este isolamento; contribuiu para que a Terra, este ser vivo, também se isolasse na confederação intergaláctica, passando a ser chamada pelos nossos irmãos cósmicos de “Shan”, que significa “O planeta solitário”. Hoje, com o despertar da consciência do homem e os ensinamentos que recebemos através de várias épocas, quando o Plano da Hierarquia Divina enviou seres para o desenvolvimento de determinados aspectos, sabemos que as sementes do verdadeiro conhecimento já foram implantadas em nosso ser, mostrando neste processo que não estamos sós.
GRANDE TRANSIÇÃO – Sentimos que estamos sendo sacudidos e que as informações recebidas estão emergindo de nosso interior em direção à superfície, para que o processo de mudança nos diversos ramos do conhecimento, no qual o processo “alternativo” se faz presente, mostre essa grande transição. O divórcio entre ciência, arte, filosofia, tradições culturais e linguagem da ciência, tecnologia e ética é, segundo Pierre Weil, o responsável pelo caos estabelecido.
Quando o homem se lançou em direção ao espaço, marcou a busca da alma para o espaço interior, o retomo ao princípio da totalidade, isto é, a busca da unidade. A existência de civilizações superiores e os constantes aparecimentos dos objetos voadores no espaço são verdadeiros relacionamentos diplomáticos que nos convidam a escrever uma nova história.
A justificativa para isto é que o mundo está passando por grandes transformações. A falta de reflexão é o traço da correria cotidiana do nosso século. Porém, no limiar do Século XXI, o Brasil ainda é um país cujo quadro educacional, para os mais otimistas, poderíamos caracterizar de preocupante e que os pessimistas preferem até defini-lo como catastrófico. Entendemos que através do processo educacional é que se trabalha a formação de um povo em todos os seus níveis. Podemos observar ao longo da história que os dispositivos legais não foram omissos, porém as leis não foram observadas e nem cumpridas no seu sentido mais amplo, restringindo-as.
DESENVOLVIMENTO E AUTO-REALIZAÇÃO – Podemos citar como exemplo o artigo 1º da Lei 7044, que diz: “O ensino de 1º e 2º graus tem por objetivo geral proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização, preparação para o exercício consciente da cidadania”. A amplitude deste artigo está nas seguintes palavras chaves “desenvolvimento de suas potencialidades” e “auto-realização”. E agora nos perguntamos: Até onde trabalhamos o educando para o desenvolvimento pleno?
Até onde foi dado o entendimento real da palavra auto-realização? Será que nos prendemos exclusivamente ao cumprimento formal do currículo escolar, no seu sentido mais restrito e distante da atualidade? Um currículo que, em alguns aspectos, encontra-se desatualizado, berrando ao ser humano entendimento do cidadão cósmico que ele é, deixando-o com uma visão globalizada limitada, interferindo no desenvolvimento das suas potencialidades. Hoje a legislação em vigor é de uma amplitude bem mais alta. O artigo 225 da Constituição de 1998 trata do meio ambiente. No parágrafo 1º, no inciso I, reporta-se aos processos ecológicos essenciais, às espécies e ecossistemas. O inciso VI é bem mais amplo e abrangente, voltando diretamente para o processo educativo (não apenas de ensino), como também o artigo 205, que trata da Educação. Para o desenvolvimento da pessoa, isto é, a “educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente, sabendo-se que este foi considerado na sua totalidade um bem essencial à sadia qualidade de vida” (artigo 225).
O artigo 206, inciso III, erigiu à condição de princípio orientador do sistema de ensino e do pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, sobretudo quando elas, cientificamente, contêm a demonstração, no curso da história, de que o homem é um ser cósmico, com suas interações permanentes com os demais seres do Cosmo, formando uma indizível perfeição. Sem dúvida, o homem está a todo o momento contido no relacionamento cósmico, como demonstram os estudos da astronomia, astrologia, cosmologia, astrofísica, quântica e outros.
Reportamo-nos agora à Lei 9394/96 – a nova Lei de Diretrizes e Bases. O artigo 3º, incisos II e III, reporta-se à “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura e ao pluralismo de idéias”. O artigo 26, parágrafo 1º, diz sobre o “conhecimento do mundo físico e natural” (não apenas da Terra). O artigo 32, inciso II, fala da compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, tecnologia, artes e dos valores. Sendo este de muita importância, combinado com as disposições da Constituição, para se chegar ao inciso III, que fala do desen
volvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.
O artigo 36, I parágrafo 1º, III, fala da Filosofia (os estudos da Cosmologia integram a Filosofia e ensejam o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura). O artigo 43, incisos III e IV, oferece base sólida para esta proposta, com muita ênfase nos incisos IV, V, VI e VII, que é de estimular o desenvolvimento do espírito científico, promover a divulgação destes conhecimentos, suscitar o desejo de aperfeiçoamento, estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente e promover a extensão aberta à participação da população, visando à difusão das pesquisas.
Como vemos, ao longo da nossa história da Educação, sabemos que os dispositivos legais não foram tão omissos, porém temos que ter uma consciência maior para que as interpretações não se confundam com as nossas cristalizações. O movimento de renovação aí está. Os novos paradigmas da educação já se destacam: a globalização, a transdisciplinaridade e a visão holística são novas tendências que nos conduzem a um estado de paz e à defesa do meio ambiente.
A introdução dos estudos cosmológicos nas escolas é uma ação tão grandiosa como o próprio Universo. A nova Lei de Ensino foi de uma grande sabedoria quando abriu caminho até para a introdução dos temas transversais no currículo já existente. Enquanto a nova educação não se estabelece, precisamos inserir estudos sobre o assunto
COMUNIDADE ESCOLAR – E que, dentro do aspecto da globalização, o meio ambiente não seja mais visto no campo restrito, que o homem não se sinta pertencente a este espaço-terra, e sim um cidadão do Cosmo. Pois toda a coletividade está testemunhando a chegada do novo conhecimento, e a comunidade escolar não deve ficar distante dessas informações. Não deve ficar a mercê do que a mídia lhe oferece, e sim participando ativamente da atualidade, conhecendo o passado histórico e vendo as conseqüências que o mesmo trouxe para o presente momento. A introdução dos estudos cosmológicos nas escolas é uma ação tão grandiosa como o próprio Universo e a nova Lei de Ensino foi de uma grande sabedoria quando abriu o caminho até para a introdução dos temas transversais no currículo já existente.
Enquanto a nova educação não se estabelece, precisamos inserir, nas disciplinas do núcleo comum, estudos sobre o assunto, porque nos tornamos testemunhas de fatos que afirmam, com toda a nitidez, o compromisso de uma mudança de consciência. Este projeto é ambicioso, sem dúvida. E um projeto que vai mexer com estruturas consolidadas, com mentalidades resistentes, com a descrença generalizada, mas é preciso que compreendamos o que há de grandeza e de determinação nesta proposta. Nosso objetivo e ensejar aos educandos a verdadeira compreensão da vida cósmica universal, corrigindo a atual visão distorcida do Universo e atualizá-los sobre as pesquisas existentes.
Sua operacionalização inclui no currículo de 1º e 2º graus estudos relacionados com a nova visão. No 1º grau (1ª a 4ª séries) seria integrar aos estudos de ciências e estudos sociais assuntos denominados introdução aos estudos cosmológicos. Já de 5ª a 8ª séries seria integrar os estudos de ciências, geografia humana e política, estudos exobiológicos como componentes da iniciação à cosmologia, para um aprofundamento maior no ensino Médio. Este projeto foi elaborado pelo Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS), presidido por esta autora.
A pedagoga e presidente do Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS), sediado em Salvador (BA), Ana Santos, 50, é consultora das revistas UFO e UFO Especial e participa do Movimento de União das Sociedades Espiritualistas desde 1974. Esta ufóloga crê que os estudos cosmológicos sejam um caminho para o reconhecimento da Ufologia como ciência. Por esse motivo, propôs a instituição de um novo currículo nas escolas de primeiro e segundo graus, o qual tratará de diversos temas relacionados às ciências, tais como Astronomia, Astrologia, Física Quântica, Astrofísica e, claro, Ufologia. Pois a pedagoga acredita que o currículo escolar empregado hoje em dia está demasiadamente desatualizado em relação aos acontecimentos científico-filosóficos de nossa época.