![Corumbá: Uma cidade pantaneira com intensa atividade ufológica 1 ceb3e6971b618170216029264e6c3bfa1527281228](/manutencaowp-content/uploads/2022/12/ceb3e6971b618170216029264e6c3bfa1527281228.jpg)
A incidência de casos ufológicos em nosso país é muito maior do que podemos imaginar, mas devido ao tamanho de nosso território e ao número restrito de pesquisadores, a maioria deles não chega ao conhecimento público. Além disso, muitos eventos ligados ao Fenômeno UFO são confundidos com lendas e histórias folclóricas, muitas vezes regionais, e as pessoas não levam os relatos a sério. A vasta região do Pantanal não é exceção e, além de suas belezas, guarda também muitos segredos.
Corumbá é a capital do Pantanal, uma cidade do Mato Grosso do Sul plantada à beira do Rio Paraguai e que faz fronteira terrestre e fluvial com Puerto Quijarro, na Bolívia. Os seus cerca de 110 mil habitantes vivem longe do restante do país, devido à isolada localização geográfica do município. O Rio Paraguai, sobre o qual Corumbá está debruçada, nasce na Serra do Arapoé, no vizinho Mato Grosso, e é alimentado por grandes lagoas do interior e por seus 26 afluentes. Na estação das chuvas, as águas sobem provocando enchentes, alagando as margens do rio e planícies adjacentes, transformando toda a região no que é historicamente conhecido como o Mar de Xaraés.
Funcionando apenas como um local de origem ou de chegada, Corumbá não tem o movimento oriundo da passagem de viajantes e por isso não usufrui dos benefícios econômicos que tal movimento poderia lhe fornecer — é uma cidade onde os passantes são raros e a maioria daqueles que chegam são pescadores desportivos que, de imediato, são levados para bordo dos barcos-hotel e partem rio afora. Talvez devido a esse isolamento, várias passagens da história de Corumbá não são do conhecimento de muitos brasileiros. Existem episódios cheios de significado e dignos de serem contados, que desde sempre se encontram no limbo do esquecimento. Levá-los até o conhecimento de todos, nas breves linhas que se seguem, é uma obrigação.
O contexto histórico
O primeiro homem branco a chegar à região foi o português Aleixo Garcia, em 1524, pelo Rio Paraguai. Mais de 250 anos depois, em 1778, foi fundado o Arraial de Nossa Senhora de Conceição de Albuquerque pelo sargento-mor Marcelino Camponês, a mando do capitão-general Luis de Albuquerque, ambos também portugueses. Durante a guerra com o Paraguai, entre 1864 e 1870, a cidade passou a ser denominada Freguesia de Santa Cruz de Corumbá. Finalmente, em 1878, obteve-se o estatuto de cidade, com o nome de Corumbá, encontrando-se inserida em uma região cuja área é de 64.980 km², por onde se espraia a maior parte do Pantanal brasileiro.
Após o término da Guerra do Paraguai, com a mudança do eixo econômico para Campo Grande, a capital do estado, houve conflitos territoriais por causa da posse de terras entre a grande empresa de então, a Mate Laranjeira, e os colonos vindos do Rio Grande do Sul, reforçando as ideias separatistas dos antigos coronéis e políticos do sul de Mato Grosso. Em 1892, Corumbá rebelou-se, decretando o rompimento com o Governo do país e criando unilateralmente a “Tresloucada República Transatlântica”. Esse acontecimento, que pouco tempo depois foi anulado militarmente em Brasília, teve o apoio dos ingleses que, inclusive, chegaram até Cuiabá com a sua marinha, derrubando o então Governo estadual vigente.
Naquele tempo, quando o único meio de contato com o resto do mundo era o Rio Paraguai, Corumbá teve o seu momento áureo — era um local movimentado, onde embarcações vindas das mais diversas origens aportavam para deixar suas cargas e efetuar o intercâmbio comercial, movimentando a economia. Como concorrido porto fluvial do interior, no século XIX a cidade chegou a ser o terceiro porto mais importante da América Latina. Por ele entrava todo o comércio que abastecia o estado de Mato Grosso, o sul da Bolívia, o sudoeste do estado de Goiás e o oeste do estado de São Paulo. Como centro de negócios, Corumbá prosperava.
Mas, em 1952, com a inauguração da ferrovia, seu declínio teve início. Pouco depois, com a abertura da estrada que a liga a Campo Grande, Corumbá passou a ser um lugar distante. Ficou longe de tudo. E finalmente, em 1977, com a criação do estado do Mato Grosso do Sul, Corumbá tornou-se um dos raros exemplos em que o progresso e as facilidades por ele trazidas provocaram a estagnação e, quiçá, um retrocesso. Hoje, sem a extração do minério de ferro e de manganês e, acima de tudo, sem a criação de gado, cujo número chega a quatro milhões de cabeças, únicas atividades econômicas do estado, Corumbá provavelmente não subsistiria.
Personagens históricos
Contudo, no decorrer dos tempos, Corumbá e toda a região que dela faz parte foram lugar de passagem ou de estadia de grandes personagens da história do Brasil e do mundo. Homens que comandaram o Brasil, os Estados Unidos e a economia mundial passaram por essa pequena e pacata cidade. O primeiro presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, foi comandante do Exército em Ladário, cidade que conta hoje com cerca de 20.000 habitantes, geograficamente ligada a Corumbá e que atualmente é a base do Comando do 6º Distrito Naval da Marinha Aristóteles Onassis, o multimilionário grego, antes de partir para a Argentina, onde iniciou a sua colossal fortuna, serviu como garçom no antigo e já extinto Hotel Venezelos, em Corumbá. Outro multimilionário, John Davison Rockfeller, e o presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt, paravam em Corumbá quando vinham fazer as suas caçadas na Região Pantaneira.
O diabólico médico nazista Josef Mengele, conhecido como “o anjo da morte” no abominável campo de concentração de Auschwitz, viveu escondido durante certo período na região de Corumbá, onde, com uma bela senhora local, teve um casal de filhos. Na década de 70, quando do espólio dos bens do médico, o Governo Alemão soube da existência dos dois descendentes de Mengele e, por meio de sua embaixada, notificou as autoridades locais para que os identificasse a fim receberem a herança que lhes fora deixada. O filho nunca foi encontrado, mas a filha, que vivia em Corumbá e trabalhava nos serviços de limpeza da enfermaria de um hospital e como doméstica em uma casa particular, recebeu a notificação e viajou até à Alemanha.
Casos ufológicos
Esses são alguns dos notáveis e
esquecidos dados da história de Corumbá, que obrigatoriamente teriam de ser mencionados. Mas outros acontecimentos existem e são o verdadeiro motivo deste artigo — os discos voadores. Muitos dos cidadãos corumbaenses têm presenciado ao longo do tempo as manifestações desses objetos desconhecidos em nosso ambiente — alguns desses acontecimentos, nunca antes relatados publicamente, serão agora e pela primeira vez levados ao conhecimento de todos.
Devido ao fato de Corumbá ser uma cidade pequena, onde quase todos se conhecem e por isso algumas testemunhas e protagonistas que vivenciaram os casos ufológicos que apresentaremos solicitaram o anonimato. Tal solicitação, segundo os próprios, deve-se ao fato de que na sociedade corumbaense ainda existem muitos céticos e descrentes do fenômeno, o que, infelizmente, os tornaria alvo de algum tipo de falta de credibilidade, quer social, profissional e até familiar, além de terem que se sujeitar à habitual chacota.
Alguns dos casos que serão expostos já foram apresentados por este autor em artigos para a Revista UFO. Outros estão inseridos em meu livro 50 Anos Sem Resposta [Anunaki, 2015] e outros ainda são inéditos. Os acontecimentos que não têm consistência suficiente ou que ainda não foram devidamente investigados, não serão mencionados. Como veremos, é notória a quantidade de ocorrências ufológicas reportadas no decorrer do primeiro semestre do ano de 2011 — fato que mostra que naquele período houve uma acentuada atividade ufológica no Pantanal, especialmente na região de Corumbá.
Eventos nos anos 70 e 80
Maria Esther Provenzano, socióloga, contou que em uma noite de verão de 1978 voltava para casa, por volta das 22h00, quando testemunhou algo inédito. Estava acompanhada de suas irmãs Benedita, Lurdes e Glória quando, ao chegar ao cruzamento da Rua 15 com a Rua Cuiabá, observou sobre o casarão da esquina um clássico disco voador pairando sobre o telhado. “Era um disco perfeito e emitia uma fraca luz amarela que o envolvia por completo. Não tinha janelas visíveis nem nenhuma cúpula se destacava, e também não produzia qualquer som. Estava a uns quatro ou cinco metros acima do telhado e a sua luz iluminava toda a casa”, disse. A testemunha não soube precisar qual seria o tamanho do artefato, mas o mesmo “era bem grande, pois cobria toda a residência”.
Após dois minutos de observação, o disco começou a mover-se muito lentamente, saindo do seu campo de visão ao ficar encoberto por outras construções. Sua irmã Lurdes, em depoimento que prestou a posteriori e separadamente, confirmou a narração de Esther, acrescentando que chegou a correr pela rua, procurando não perder o UFO de vista — ambas disseram ter conhecimento que outras pessoas, naquela e em outras ocasiões, também observaram um objeto semelhante.
No ano de 1982, Alcindo de Sousa, garçom, à época um adolescente, testemunhou uma “luz piscando” que cruzava Corumbá em direção ao interior do Pantanal, passando perpendicularmente ao Porto Geral. Desde que o objeto apareceu até ao momento em que atingiu a margem oposta do Rio Paraguai, as luzes da cidade apagaram. O tempo do avistamento, segundo Sousa, deve ter sido de cerca de meia hora. Outras crianças se encontravam com ele.
O médico local, que chamaremos de Manuel, sem ter conhecimento do testemunho de Sousa, relatou ter presenciado o mesmo acontecimento. Acrescentou ainda que, quando a luz se encontrava sobre o Rio Paraguai, conseguiu visualizar os seus contornos. Enxergou então um aparelho circular com cerca de 15 m de diâmetro, em cujas extremidades piscavam pequenas luzes com várias cores. Outros cidadãos relataram que se lembram do apagão de 1982, mas atribuíram o fato a origens diversas.
Ainda em 1982, Edson Castro estudava na Escola Santa Teresa e, em um determinado dia, cuja data não se recorda, através das janelas da sala de aula toda a classe assistiu à passagem de um objeto circular brilhante que refletia a luz do Sol. O UFO veio de um morro, sobrevoou a cidade em velocidade moderada e seguiu para o interior do Pantanal, onde desapareceu. Pouco tempo depois, constataram um movimento não usual — dois pequenos aviões passaram seguindo a mesma rota do objeto Pantanal adentro.
Também nos anos 90
Em uma noite do verão de 1990, Mateus Pereira, pescador, encontrava-se no Rio Paraguai com seu amigo de longa data e companheiro de trabalho Valmir Souza, que tivera um acidente com um barco e quase não conseguia mexer a perna esquerda. Logo depois da meia-noite, ambos se encontravam pegando iscas no viveiro de Pereira, que seriam entregues a um barco-hotel de pesca desportiva que passaria durante a madrugada pelo local. A noite estava clara e quente.
Nas margens do viveiro os homens colocaram dois lampiões de querosene que iluminaram a área. Pouco depois de iniciarem a coleta das iscas, a 100 m de distância deles e dentro do mato, acendeu-se um forte holofote — um silvo forte e estranho soou ao mesmo tempo em que o holofote se elevava acima das copas das árvores, iluminando “como se fosse dia” o local onde se encontravam. Surpresos e assustados, os dois homens pularam para dentro do rio, protegendo-se encostados ao bote com que haviam chegado até ali.
Este acontecimento marcou muito a vida de meu pai, pois, até falecer, nove anos mais tarde, eu o ouvi contar a história mais de uma centena de vezes, sempre da mesma maneira e com a mesma emoção. Até eu me sinto tocado por esta ocorrência
Em seguida, a luz movimentou-se, parando sobre o viveiro. Nesta altura conseguiram enxergar que o holofote estava na parte de baixo de uma “máquina voadora redonda”, com cerca de 10 m de diâmetro. Perplexos, viram o holofote apagar-se e o artefato elevar-se mais um pouco, ficando a uns sete ou 8 m de altura. Então, outra luz em forma de cone, mais fraca e amarelada, projetou-se do centro abaixo do UFO e foi “esticando” até se fixar no chão, junto à margem do viveiro. Era um largo faixo de luz que permitia ver através dele e que não se projetou de uma só vez, como acontece com uma luz normal. Foi aumentando o seu comprimento e largura, o que dava a sensação de ser algo sólido.
Tão logo tocou no chão, um “anão desceu por dentro dela”, sempre no dizer das testemunhas. Mas não usou nenhum tipo de escada ou corda: simplesmente flutuou. O ser tinha o tamanho e o corpo de uma criança magra, de oito ou nove anos de idade, e “uma cabeça em forma de melão”, desproporcionalmente grande para o corpo. Os braços também eram demasiadamente compridos, chegando, ou mesmo passando, da altura dos joelhos. Quando atingiu o solo, o ser a
baixou-se e com um recipiente que trazia preso à cintura recolheu um pouco da água do viveiro.
Barulho de catraca
Depois, pegou alguns dos utensílios que Pereira e Souza usavam em seu trabalho, observou-os longamente e voltou a depositá-los onde os encontrara. Em seguida entrou novamente no faixo de luz amarelada e começou a flutuar, subindo em direção ao UFO, no qual desapareceu. Nessa altura, o feixe de luz apagou-se.
O objeto manteve-se estacionário e em silêncio por mais alguns minutos. Depois começou a emitir um barulho como o de uma catraca, ao mesmo tempo que o ar se agitava fortemente criando um redemoinho, como um tornado, o que fez com que os lampiões se apagassem. Simultaneamente, a água do viveiro começou a rodar como se estivesse “sendo mexida por uma colher”, e uma coluna de água com iscas dentro dela elevou-se na direção da parte inferior do UFO, como se estivesse sendo “sugada por uma bomba”.
O ruído do aparelho cessou e após mais alguns minutos ele começou a mover-se lentamente, sobrevoando o Rio Paraguai em direção à margem oposta — ainda sobre o rio, parou por instantes, jogando fora a água e os peixes que havia sugado do viveiro. Após essa operação, continuou seguindo lentamente sobrevoando a mata, voltou a acender o holofote branco e dirigiu-se para o interior do Pantanal, onde desapareceu pouco depois.
Os dois homens, então, saíram de dentro do rio e se dirigiram ao viveiro. Cerca de metade da água e das iscas haviam sumido. Pereira e Souza ficaram revoltados, pois aquilo que havia sido retirado do viveiro correspondia a muitas horas de seu árduo trabalho e cansaço — não podiam entender porque motivo “aquela coisa” lhes provocara um prejuízo tão grande. Mais tarde, depois de entregarem as iscas ao barco-hotel, regressaram à casa de Pereira a 10 minutos de navegação do viveiro.
Esse acontecimento foi relatado a este autor pelo ribeirinho Isaque Pereira, filho do já falecido Mateus Pereira, que continua explorando o negócio que era de seu pai. “Na madrugada em que tudo isso aconteceu, eram quase 03h00 quando meu pai chegou em casa muito agitado e falando alto. Eu tinha sete anos de idade e fiquei muito nervoso porque nunca vira meu pai tão descontrolado. Seu amigo Valmir Souza, tomado pela emoção, falava atabalhoadamente, dizendo que ia abandonar o rio de uma vez por todas, porque este só lhe trazia sofrimento. Minha mãe, sem entender muito bem o que se havia passado, tentava acalmar o meu pai e consolar o Valmir. Nessa noite ninguém mais dormiu”, contou Isaque Pereira.
Toda a experiência, no entanto, deixou marcas emocionais nas testemunhas. Segundo o filho, “este acontecimento marcou muito a vida de meu pai, pois, até falecer, nove anos mais tarde, eu o ouvi contar a história mais de uma centena de vezes, sempre da mesma maneira e com a mesma emoção. Certa vez um primo dele que nos visitou e a quem contou o sucedido, não sei se por brincadeira ou não, caçoou dele perguntando se naquela noite não havia bebido umas cachaças a mais e depois vira ‘coisas’. Meu pai ficou tão furioso que quase bateu no homem, expulsando-o de casa e não voltando mais a falar com ele”.
Também nos anos 90, em 1997, a advogada Bruna Assad encontrava-se em Ladário, em um ponto de ônibus aguardando o transporte para Corumbá. Já era noite e o tempo estava quente com o céu limpo. Em determinado momento, uma luz branca apareceu voando não muito alta no céu, passando sobre o local onde Bruna se encontrava. Durante a passagem da luz, tudo ao redor ficou em silêncio. Nada se escutava.
Outra luz misteriosa
Às 03h00 de 08 de setembro de 2000, uma embarcação regressava à sua base em Corumbá, navegando pelo Rio Paraguai. À sua frente, em uma das curvas do rio que serpenteia cortando a terra, uma fortíssima claridade surgiu. Por se encontrarem ainda a alguma distância da luz e devido à sua potência não ser possível enxergarem de onde provinha, os tripulantes presumiram que se tratava de um dos grandes rebocadores que desciam o rio com todas as luzes acesas.
Como o Paraguai é relativamente estreito no local onde se encontravam, o comandante do pequeno rebocador, H. Vandir, por precaução, encostou à margem para aguardar a passagem da outra embarcação. Entretanto, via rádio, chamou várias vezes o outro barco e com o potente farol de bordo fez diversos sinais de aviso, além de usar intensamente a buzina, “tudo para chamar a atenção sobre a nossa presença”, conforme relatado.
Passado algum tempo, como não houve qualquer resposta, e porque o enorme clarão se encontrava no lugar inicial sem se aproximar do rebocador, Vandir resolveu retornar à navegação, pois deduziu que a outra embarcação estava parada. Navegou, então, muito lentamente por mais 40 minutos, até chegar ao local de onde partia o clarão. Na ponte de comando, juntamente com o comandante, encontravam-se o contramestre fluvial Reinaldo Marques e o marinheiro conhecido apenas como “Chapada”. O restante da tripulação estava dormindo.
Tão logo a luz tocou o chão, um ‘anão’ desceu por dentro dela. Mas não usou nenhum tipo de escada ou corda. Ele simplesmente flutuou. O ser tinha o tamanho e o corpo de uma criança magra, de oito ou nove anos de idade, e estava curioso
Quando chegaram a cerca de 500 m da fonte do clarão, ao contornarem a última curva existente entre eles, a luz se apagou. E ao atingirem o local de onde a luz emanara, nada encontraram. Admirados, pararam o rebocador e com os faróis de bordo iniciaram a busca pelo outro barco — mas, por mais que procurassem no rio e nas margens, nada encontraram. Resolveram, então, aguardar a chegada do dia para verificar melhor e se certificarem do que ocorrera naquele local. Para eles não fazia qualquer sentido. Alguma coisa havia produzido aquele forte clarão e não podia, simplesmente, ter desaparecido.
Já com a luz do dia e com toda a tripulação ativa, iniciaram uma busca mais apurada, inclusive desembarcando em ambas as margens para verificarem se em terra existia alguma coisa que pudesse ter emanado tamanha claridade. Verificaram também se havia algo submerso, mas, duas horas depois de iniciarem as buscas, se deram por vencidos ao confirmarem que ali não havia nada mesmo. Os três tripulantes que participaram de todo o acontecimento desde o seu início disseram que “aquele potente clarão, cuja luz era extremamente branca, fora do comum, teve que ser produzido por alguma coisa. Como foi possível que nada encontrás
semos quando fizemos as buscas? Desapareceu em frente aos nossos olhos sem deixar rasto! Como? Algo incomum aconteceu”.
“Não era desse mundo”
Às 17h30 de 11 de junho de 2006, Mario França, 51, fazendeiro, atolou a sua camionete na saída de um pequeno lamaçal na porção norte de sua fazenda, nas proximidades de Corumbá. Com ele estavam dois de seus funcionários. Um deles retornou a pé à sede da propriedade para pegar o trator e com ele poderem desatolar a camionete. Pouco tempo depois da partida do funcionário, França e o outro homem, ambos sentados em um tronco de árvore caído fora do atoleiro, começaram então a escutar um silvo baixo que se aproximava, lembrando o “barulho de ar comprimido saindo por um pequeno furo”.
Logo em seguida apareceu um objeto voando muito lentamente sobre a copa das árvores atrás deles. “Era um disco perfeito de metal polido que refletia a luz do Sol do fim de tarde. Tinha uns 12 m de diâmetro, por pouco mais de três de altura. Era totalmente liso. No topo e ao centro tinha uma pequena cúpula com cerca de 2 m de diâmetro e menos de um de altura, de cor mais escura que a do restante do objeto. Em toda a volta de suas extremidades havia uma tênue nuvem de vapor que ía para baixo do disco, onde se dissipava. Não possuía nenhuma luz”, contou França.
O UFO parou 7 m acima da camionete, mantendo-se estacionário por cerca de dois minutos. Passado esse tempo, o objeto seguiu em linha reta por aproximadamente 500 m, oscilou ligeiramente e, sem parar ou efetuar uma curva, inverteu a marcha 180º, voltando para cima da camionete — poucos segundos depois, elevou-se mais alguns metros e partiu verticalmente, a 90º, com uma velocidade incrível, desaparecendo rapidamente no céu.
Durante todo o tempo que presenciaram o UFO, o silvo manteve-se. Apesar da inusitada situação, nem França nem o seu funcionário sentiram que corriam perigo ou tiveram medo. Ficaram pasmos, claro, pois aquilo que enxergavam “com certeza não era deste mundo”. Quando a nave se elevou perpendicularmente do solo, o ar ficou ligeiramente agitado. França terminou seu relato dizendo que “ter enxergado um disco voador foi uma coisa indescritível, um privilégio. Não posso descrever o que senti. O fato de ele ter invertido o seu voo — seguia em frente e de repente voltou para trás — sem efetuar nenhuma manobra não é algo possível de ser executado por nenhuma aeronave feita pelo homem. Já quando partiu, elevando-se na vertical do chão, sua velocidade era de muitos milhares de quilômetros por hora”.
Um grande iate
Em 13 de fevereiro de 2009, por volta da 01h00, depois de terem terminado o trabalho de reboque das barcaças de minério de ferro no Porto Esperança, próximo de Corumbá, a tripulação de um rebocador regressava para esta cidade. Subindo o Rio Paraguai, no final de uma curva depois de Porto Morrinho, também próximo, algo insólito aconteceu que marcou para sempre a vida de todos os tripulantes. José Rondon, marinheiro fluvial de convés, relatou que estava na proa da embarcação conversando com o seu colega João Santos quando, de repente, a 700 m à frente do rebocador, se acendeu uma forte luminosidade. Tão forte “que não permitia à tripulação enxergar a fonte que a produzia”, disse Rondon — a luz iluminava todo o leito do rio, que naquele ponto é bastante largo, assim como as suas margens.
Admirados, gritaram para o comandante João Batista, que se encontrava pilotando na cabine de comando, dois metros acima do convés, para ver se ele sabia o que era aquele “troço”. Batista respondeu que não sabia e iniciou uma série de procedimentos a fim de alertar para a sua presença. Não obteve qualquer resposta por parte da luz e pouco depois verificou que a mesma não se encontrava parada, pois mantinha sempre a mesma distância do rebocador, apesar de este estar navegando em velocidade muito baixa. “Subitamente, a luz subiu uns 10 m sobre o nível do rio e partiu em nossa direção a uma velocidade louca. O comandante então acionou o reverso dos motores e manobrou para estibordo, ao mesmo tempo que eu e Santos nos jogávamos no chão do convés, para nos protegermos. Aquela coisa passou sobre o rebocador em extrema velocidade, mas nós pudemos vê-lo”, explicou a testemunha.
Ainda segundo seus relatos, “era um objeto em forma de tubo, com janelas laterais. Tinha cerca de 150 m de comprimento por uns cinco ou 6 m de diâmetro. Parecia emitir uma luz fluorescente brilhante muito branca. Não produziu qualquer som, não agitou a água e nem o seu deslocamento balançou a vegetação das margens. Parecia um grande iate e desapareceu sobre o Pantanal, assim que passou sobre o nosso barco. Aquilo se evaporou. Deu medo na gente. Nunca tinha visto nada igual, e não quero voltar a ver”. O maquinista da embarcação, conhecido como “Cérebro”, foi a quarta testemunha do acontecimento, se bem que apenas tenha enxergado a luz passando sobre eles — sobre o seu ângulo de visão, declarou que “aquele montão de luz foi a coisa mais bonita que vi na minha vida”.