INTRODUÇÃO – A presente etapa da série Contatos com ETs no Brasil será dedicada exclusivamente à narrativa de um único caso: o Caso Villas-Boas, que, embora já conhecido mundialmente, requer uma apresentação mais detalhada ao nosso leitor, por tratar-se de um dos m ais excepcionais casos de contatos com ETs já registrado em todo o mundo.
O Caso Villas-Boas tem vários pontos que merecem especial destaque. Entre eles está o fato de que a testemunha, um jovem fazendeiro na época, praticamente inculto que, como residia numa cidade do interior, na zona rural e tendo o caso ocorrido em 1957, dificilmente poderia ter forjado a experiência. Mesmo se tivesse condições para criar uma história com tamanho número de detalhes e tal estranheza, dificilmente o faria em 1957, pois imediatamente seria considerado insano! Portanto, publicidade era o que menos queria Antonio Villas-Boas, a testemunha e vítima da ocorrência.
Por outro lado, Villas-Boas, tão logo decidiu-se a narrar sua experiência – e o fez exclusivamente a pesquisadores – contatou para analisá-la ufólogos do calibre do Dr. Olavo T. Fontes e Dr. Walter K. Buhler, entre outros. Motivado peta série de reportagens da revista “O Cruzeiro” sobre UFOs, que à época publicava séries inteiras dedicadas ao assunto, Villas-Boas chegou até o Dr. Fontes, então médico e já reconhecido mundialmente como um dos mais renomados ufólogos da década, representante que era da organização americana APRO, ou Aerial Phenomena Research Organization.
O Dr. Fontes pôde, clinicamente, constatar sintomas da experiência por qual passou Villas-Boas, tais como as marcas deixadas em seu corpo pelos ETs. Isso, associado ao parecer dado pelo Dr. Fontes, praticamente elimina suspeitas sobre o simples, humilde e iletrado mineiro , o primeiro que se tem notícia de ter ingressado num UFO para propósitos de acasalamento sexual. Hoje, Antonio Villas-Boas é um conhecido advogado, respeitado e admirado na comunidade que ainda confirma, sem alterar qualquer detalhe, sua experiência.
Esses são pontos extremamente positivos a respeito do Caso Villas-Boas, que o leitor deve considerar antes de tentar excluí-lo do contexto da Ufologia como uma experiência real. Além deles, no entanto, há ainda vários outros pontos que confirmam e credenciam a ocorrência. Pesquisadores de todo o mundo, literalmente, já se debruçaram sobre a mesma, tentando “desmascará-la”, atribuindo fatores de ordem psicológica, alucina-tória e outros à ocorrência. Até então não tiveram êxito!
“O CASO MAIS ASSUSTADOR” – Tão brilhantemente exposto pelo Dr. Fontes, o Caso Villas-Boas foi publicado em janeiro de 1965, pela primeira vez, na conceituada revista Flying Saucer Review, editada até hoje na Inglaterra por Charles Bowen e Gordon Creighton.
O caso, naturalmente, ganhou notoriedade a partir da citação do próprio Dr. Creighton, de que representava “o mais assustador caso de contatos com ETs até então”. De fato. Publicado e republicado em lodo o globo, dezenas de pesquisadores tiveram acesso aos seus registros e puderam examiná-lo cuidadosamente. Uma das melhores publicações – e mais completa – feitas da ocorrência pode ser encontrada no livro The Humanoids, editado por Charles Bowen (Futura Publications Limited, 49 Poiand Street, London W IA 2LC), ou no próprio Boletim SBEDV, da Sociedade Brasileira de Estudos Sobre Discos Voadores, (Caixa Postal 16017, Correio do Largo do Machado, 22222 Rio de Janeiro – RJ), responsável por esta série e de onde extraímos o relato de Villas-Boas presente nesta edição.
Porém, embora pioneiro no aspecto de intercursos sexuais com ETs, hoje o caso já não é considerado mais como único. Dezenas de outras ocorrências já tiveram lugar em todo o mundo, basicamente semelhantes ao Caso Villas-Boas. Muitas delas no Brasil (Caso Antônio Carlos, Caso do Estudante Gaúcho, Caso Juscelino de Mattos, entre outros que também serão abordados em UFO futuramente). Recentemente, um livro chegou a ser lançado sobre o assunto, tratando exclusivamente deste tipo de episódio entre terrestres e alienígenas: Contatos Sexuais com Extraterrestres, dos professores Álvaro Fernandes e Sônia Maria Trigo Alves, do Instituto de Estudos e Aplicação da Parapsicologia (ÍEAP), de São José do Rio Preto, SP (o livro pode ser obtido através dos anúncios nas páginas de serviços desta edição).
CONTRADIÇÕES – Porém, há argumentos contra a veracidade da experiência de Villas-Boas, que persistem durante anos à resistência dos ufólogos mais ortodoxos. Jaime Lauda, por exemplo, pesquisador e conferencista de Ufologia há 20 anos e autor do livro Ufologia: o Despertar de uma Nova Consciência (Editora Ler e Saber), embora aceite o caso, confessa que alguns pontos da narrativa do seqüestrado inspiram dúvidas. Convém conferir o que Lauda diz, transcrevendo o trecho a esse respeito publicado na revista Ufologia Nacional & Internacional (também do CPDV), nº 3, de julho/agosto de 1985, pág. 15: julgando que este caso foi analisado e estudado por grandes e eminentes Ufólogos como João Martins (na época repórter da revista “O Cruzeiro”) e o Dr. Olavo Fontes, nada há que desabone a análise dessas grandes autoridades. Apenas saltam à vista alguns tópicos que deveriam na época ter merecido maior atenção:
1. Como pôde a testemunha, em estado de excitação psicológica e forte traumatismo emocional, haver descrito com tal precisão as dimensões do objeto tão seguramente? Aparência externa e interna, plataforma, lâmpadas que se alternavam em luminosidade e rotação etc?
2. O seqüestrado nos relata que foi içado por uma escada metálica, empurrando a contragosto para cima. Seria isto compatível para uma astronave tão geniosamente descrita e que, presumivelmente, deveria dispor de um sistema de absorção bem mais complexo?
3. A descrição dos tripulantes pela testemunha chega as raias do excesso descabido, tais os detalhes descritos por alguém desejoso de escapar a qualquer preço.
4. A Psicologia afirma que, sob tais condições patológicas vividas, tais detalhes minuciosos jamais poderiam haver sido descritos pela testemunha em questão. Talvez algo de fundo emocional tenha influenciado sobremaneira 0 relato de Antonio, a ponto de ter “criado” condições para que o seu subconsciente preenchesse as lacunas no relato original.
Parece incrível que tais perguntas não tenham sido nunca formuladas por todos esses anos. Como também não.se compreende que Antonio Villas-Boas nunca tenha sido submetido a uma hipnose para justapô-la aos fatos empíricos por ele vivenciados.
Apesar dessas flagrantes incongruência, sigo aceitando este caso como um dos mais autênticos de que a Ufologia dispõe para alicerçar-se ao futuro, como uma fantástica Ciência.
Cabe, portanto, ap&o
acute;s nossa apresentação introdutória ao Caso Villas-Boas, deixar o leitor tirar suas próprias conclusões sobre a ocorrência, que ao que tudo indica, não só corresponde a um dos mais fantástico casos de contato com ETs, com o, sem dúvidas, ê o que mais foi discutido em todo o mundo. (A. J. Gevaerd).