Pela segunda vez em dois anos, o empresário e bilionário Elon Musk sentou-se com o podcaster Joe Rogan para conversar sobre o futuro da IA e seu papel na simbiose entre homem e máquina. Se você pensou na Skynet de O Exterminador do Futuro [1985], não foi o único.
Quem já leu sobre abduções, ainda que superficialmente, deve ter se deparado com algum relato envolvendo implantes que supostamente teriam a função de “monitorar” o abduzido, funcionando como uma espécie de localizador para que os alienígenas sempre soubessem onde aquela pessoa estaria.
Essa teoria surgida nas últimas décadas do século passado, muito antes de existirem smartphones e GPS, parece ter sido “esquecida” pela Ufologia, mas de forma alguma os implantes foram esquecidos pelo futurismo científico.
Em uma conversa recente com o podcaster Joe Rogan, Musk revelou que sua startup secreta de estimulação cerebral Neuralink, está perto de começar a fazer testes em humanos.
“Ainda não estamos testando pessoas, mas acho que não vai demorar muito”, disse Musk a Rogan. “Poderemos implantar um link neural em menos de um ano em uma pessoa. eu acho”.
A notícia veio depois que Musk disse, em fevereiro, que a startup de interface cérebro-computador estava trabalhando em uma nova versão impressionante.
Chutando a TV
Inteligência Artificial em cérebro humano
Crédito: Olhar Digital
Em julho de 2019, a empresa mostrou planos de fazer furos no crânio de indivíduos, utilizando lasers e colocar eletrodos com fios flexíveis em seus cérebros.
Em sua conversa mais recente com Rogan, Musk revelou que o implante da empresa tem cerca de 2,5 cm de diâmetro e deve ser implantado removendo uma pequena parte do crânio. O bilionário subestimou os riscos envolvidos em tal procedimento, alegando que há “um risco muito baixo de rejeição [do implante]“.
“As pessoas colocam monitores cardíacos e coisas para convulsões epilépticas, simulação cerebral profunda, quadris e joelhos artificiais, todo esse tipo de coisa. Então sabemos o que causa uma rejeição ou não”. Musk comparou o processo de seu dispositivo de estimulação neural de zapear o cérebro a “chutar uma TV”.
Embora isso pareça violento, o objetivo é restaurar a funcionalidade do cérebro. Por exemplo, aqueles com Alzheimer podem ter suas memórias restauradas. “É como um monte de circuitos e esses circuitos estão quebrados”, explicou Musk.
Mas a tecnologia ainda está em seus estágios iniciais.
O futuro
Robô de o Exterminador do Futuro. Foto divulgação
“Ainda há muito trabalho a fazer”, disse Musk. Voltando ao cronograma de testes em um ano, ele observou que “temos a chance de colocar um link em alguém e deixá-lo saudável e restaurar algumas funcionalidades que eles perderam”.
Quando Rogan levantou a hipótese de unir humanos e máquinas em um futuro distante, Musk respondeu que “precisamos acompanhar o processo”.
“Mesmo em um cenário benigno, seremos superados pela Inteligência Artificial. Então, é uma questão de escolha, eu penso que se você não pode vencê-los, junte-se a eles”, disse Musk.
Ao ser questionado por Rogan sobre o impacto de sua criação em nossa sociedade, o bilionário disse que o projeto não deveria surpreender, já que “somos cyborgs até certo ponto. Se perdemos o telefone ou computador, parece que está faltando um membro de nosso corpo”.
Skynet à vista?
Fontes: Olhar Digital, Futurism
Veja, abaixo, um video sobre Elon Musk: