No denso capítulo 13, iniciado à página 439 do manual Fire Officer\’s Guide to Disaster Control [Guia Oficial de Controle de Desastres, Fire Engineering Books & Videos, 1992], do Corpo de Bombeiros e organizações afins, intitulado Enemy Attack and UFO Potencial [Ataque Inimigo e Potencial UFO], a partir da página 458 há o tópico The UFO Threat – A Fact [A Ameaça UFO – Um Fato], que inicia-se assim: “Neste capítulo, vamos voltar nossa atenção para a ameaça real representada por objetos voadores não identificados (OVNIs), se ela existe ou não”. Prossegue dizendo: “Vamos ver, à medida que continuamos nossa discussão neste capítulo, que apagões generalizados, perturbações na comunicação e outras condições potencialmente desastrosas foram ligadas diretamente aos avistamentos de UFOs”. O documento discute o caso da Batalha de Los Angeles (1942) [Saiba mais clicando aqui] e outros incidentes ufológicos.
Para termos uma idéia melhor sobre a amplitude do que discute exatamente o conteúdo, listamos as legendas do capítulo:
I. A Ameaça UFO – Um Fato
a. Discussões sobre UFOs – Por que agora?
b. Informações gerais de UFOs
c. UFOs – O que são?
d. Sistema de classificação de UFOs
e. Formas de UFOs
f. A história dos UFOs
g. Organizações ufológicas
h. Por que o segredo?
i. Missões UFO
II. Potenciais Adversos de UFOs
a. Perigos dos UFOs
b. Impacto de campo de força
c. Rompimento de comunicações
d. Força de apagões regionais
e. Bolas de fogo sobre Syracusa – A conexão com blecautes
f. UFOs – O perigo de pânico
g. Riscos pessoais – Fisiológicos
III. UFOs – Ação de Emergência
Embora as informações possam não trazer surpresas para os ufólogos mais experientes, é impressionante, especialmente quando se considera que este é um guia oficial de ação em desastres. O manual não sai dizendo abertamente que UFOs são reais, mas está escrito como se soubessem que eles são. “Alguém” pensou que sejam reais o suficiente para justificar a inclusão emergente neste manual. Faremos uma breve síntese sobre ele.
“Atenção: Próximo a abordagens de UFOs pode ser perigoso para seres humanos que não estejam ao abrigo de um UFO que paira em baixa altitude. Não tocar ou tentar tocar um disco voador pousado, em ambos os casos,… a melhor coisa a fazer é sair de lá rapidamente e deixar as Forças Armadas assumirem. Existe a possibilidade de perigo de radiação e são conhecidos casos onde pessoas foram queimadas por raios que emanam de UFOs. Não há chances com os UFOs!”
Guarda contra a complacência
É fácil para determinados países considerarem a possibilidade de um ataque inimigo como sendo bastante remota, embora seja verdade a morte e a destruição que acompanham guerras passadas. Encontramos a cada geração que as batalhas são muito comuns e podem, de fato, em alguma data futura, envolver nossas nações. Certamente, muitas partes estão dentro do alcance fácil do inimigo, submarinos nucleares, por exemplo, que poderiam de repente envolver territórios em um conflito.
A Guerra do Golfo Pérsico serviu de exemplo da rapidez com que os Estados Unidos podem encontrar-se em conflitos militares. Portanto, da mesma forma que esperar por uma ajuda externa, divinizada, há sempre uma necessidade de se proteger contra algo, expectativas que têm evoluído mundialmente.
Ameaça – Neste subtítulo voltamos nossa atenção para a ameaça real representada e militarmente levada sob séria consideração. A bem documentada e altamente publicitada Guerra dos Mundos mostrou como até mesmo uma existência percebida como criaturas alienígenas pode causar um desastre muito real, como condições de pânico entre uma população. Se as visitas aparentes por seres extraterrestres e seus veículos espaciais devem representar qualquer tipo de ameaça, quem vai ser chamado numa situação dessas, como sempre, é o serviço dos bombeiros, apresentando a primeira linha de defesa para salvar vidas e mitigação de desastres.
Em 25 de abril de 1991, a estação de rádio KSHE em St. Louis, Missouri, foi multada em 25 mil dólares pela Comissão Federal de Comunicações (FCC) pela transmissão de um alerta falso de um ataque nuclear durante a Guerra do Golfo Pérsico. A seriedade com que a FCC tratou este caso é indicativo do pânico muito real que pode ser criado a partir de fenômenos, mesmo ilusória ou ficticiamente.
Se esses eventos inexplicáveis – ufológicos – tornam-se mais prevalentes, a possibilidade de pânico pode ser ainda maior e, outra vez, o Corpo de Bombeiros será o órgão chamado para lidar com a situação. Qualquer plano anti-catástrofe global deverá abordar o potencial para pânico e outros efeitos prejudiciais que possam ser efetivos numa área povoada quando os fenômenos inexplicáveis ocorrem. Apagões generalizados, distúrbios e rompimento de comunicação, outras condições potencialmente desastrosas foram ligados diretamente aos avistamentos de UFOs. Então, líderes de serviços que querem assegurar que o seu planejamento contra desastres seja completo, não irão descuidar do apêndice para explicar o que poderia ser feito em preparação ou na ocorrência de tais eventos.
Ao longo do capítulo especificado, muitas das referências a acontecimentos reais são baseados nas experiências de ambos os autores [William M. Kramer e Charles W. Bahme]. No entanto, grande parte da pesquisa foi realizadad por Bahme. Seu interesse em UFOs acentuou quando o
Congresso Norte-Americano aprovou em 1969 uma Lei (14 CFR Ch. V Part 1211 – Extraterrestrial Exposure) dando ao administrador da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) o critério arbitrário para a quarentena sob guarda armada de qualquer objeto, pessoa ou outra forma de vida que tenha sido exposta a presença extraterrestre. O próprio fato de que os congressistas acreditavam que havia uma necessidade de autoridade tão drástica fez Bahme se perguntar se eles só tinham os nossos astronautas em mente quando adotaram a Lei. Poderia ser aplicado a qualquer pessoa que tenha tido um encontro com UFO, mas caso tivesse ou não, não é provável que seria um tópico para divulgação pública.
Desde o final dos anos 50 – O assunto não foi incluído nas edições anteriores deste guia. A primeira edição foi o Handbook of Disaster Control [Manual de Controle de Desastres, 1952] no conflito da Guerra das Coréias, em que Bahme atuava como coordenador de segurança para o chefe de Operações Navais, envolvendo a criação de uma organização mundial de controle de desastres para a proteção das propriedades físicas da Marinha. As diretivas aprovadas na época (1950) não refletiam qualquer preocupação significativa para uma ameaça por discos voadores.
Já na década de 90, era duvidoso que o potencial dos UFOs seriam “escovados” com tanta facilidade pelas forças de segurança militar. Esta mudança de atitude foi evidenciada já em 24 de dezembro de 1959, quando o corregedor-geral da Força Aérea emitiu a seguinte Ordem de Operações e Treinamento: “Objetos voadores não indentificados, por vezes tratados com ligeireza e anonimato pela imprensa e referidos como \’Discos Voadores\’ devem ser rápida e precisamente identificados como coisa séria pela Força Aérea …”
Não existe incerteza sobre a realidade da guerra entre as nações do nosso planeta e os efeitos desastrosos das ações militares. Por outro lado, há muitas pessoas que podem acreditar que uma discussão teórica do dano que poderia ser causado por uma invasão real ou imaginária de naves extraterrestres seria “blasfêmia”. Mas não é assim para as milhares de testemunhas de fenômenos aéreos inexplicáveis.
O interesse de Charles W. Bahme começou durante a madrugada de 26 de agosto de 1942, enquanto andava de patins de sua casa até a estação dos bombeiros a poucos quarteirões de distância, o soar repentino das sirenes sinalizava um alerta extremo e houve um apagão. Era muito mais excitante estar ao ar livre onde se podia ver o espetacular show aéreo que encheu os céus ao redor. Poucos moradores dos EUA tinham experimentado uma invasão real ou imaginária de UFOs, como a que ocorreu nesta ocasião e ficou conhecida como A Batalha de Los Angeles. O Exército anunciou a aproximação de aeronaves hostis e o aviso do sistema entrou em vigor pela primeira vez na Segunda Guerra Mundial. A defesa a este “ataque” é descrita em termos dramáticos no parágrafo abaixo.
“Mas o inimigo havia sido derrotado? Ninguém nunca soube. Todos os bombeiros viram no céu, eram 15 ou 20 “coisasa” que se deslocavam e mudavam de curso em grande velocidade, aparentemente não afetado pelo estouro do fogo antiaéreo ao seu redor. Rumores de que um tinha sido abatido nunca foram verificados, nem a explicação de que estes invasores eram balões meteorológicos.”
Informações gerais – Sem nenhuma intenção de tentar provar ou refutar a autenticidade dos inúmeros encontros com discos voadores, muitas vezes relatadas por testemunhas muito credíveis, incluindo companhias aéreas e pilotos militares, astronautas, políciais, bombeiros, membros do Congresso e até mesmo pelo menos um presidente dos EUA, o saldo deste capítulo apresenta um breve histórico e natureza de UFOs e seus alegados ocupantes. Seus avistamentos generalizaram-se sobre o mundo desde os tempos antigos, a sua aparência, origem de propulsão e os possíveis motivos para a continuidade de reconhecimento.
Uma rápida olhada em alguns dos clássicos dos encontros imediatos documentados em inúmeras publicações estrangeiras e dos EUA podem nos ajudar a avaliar a magnitude da ameaça real. Se for o caso, para a estabilidade social e se julgado conveniente, foi proposto um plano de emergência para lidar com alguns dos efeitos catastróficos concebíveis que estes objetos poderiam produzir sobre as cidades e regiões densamente povoadas. Para os leitores que já têm em suas mentes que não existe tal coisa, apesar da esmagadora evidência do contrário, deve-se salientar que há indícios de que alguns efeitos desastrosos já foram atribuídos à atividades ufológicas em mais de uma nação, incluindo os Estados Unidos.
Quem seriam eles – William Shakespeare colocou uma observação encaixada na boca de Hamlet, príncipe da Dinamarca, que dizia “Há mais coisas entre o céu e a terra Horácio, do que sonha a tua filosofia”. Se Hamlet estava se referindo às estranhas luzes e objetos que aparecem no céu ou perto do solo e não possuem causa conhecida, nunca saberemos. Várias teorias têm sido propostas quanto ao que poderiam ser. Alguns cientistas acham que eles são de origem extraterrestre, conjecturas de vários oficiais militares também indicam que possam ser naves extraterrestres. Outros atribuem a todos causas naturais como meteoros, cometas, reflexos do Sol, de luz, gás de pântano, raios bola etc, apesar de admitir que os cientistas não conseguem explicar todos os relatos. Ainda há os que estão inclinados a acreditar que eles podem ser formas de outras dimensões e se materializam e desmaterializam à vontade, talvez fazendo uma transição de comprimento de onda ou freqüência, de modo a tornarem-se invisíveis para os seres humanos. Também existe a teoria de que sejam viajantes do tempo.
Bombeiros informados sobre emergências ufológicas
Segundo a edição de janeiro de 1995 da revista OMNI, a Federal Emergency M
anagement Agency [Agênica Federal de Gestão de Emergência, FEMA], a Academia Nacional de Formação de Emergência e Programa de Aprendizagem estaria usando um livro para as equipes de emergência intitulado Guia do Bombeiro de Controle de Desastres. De acordo com o artigo, “só faz sentido se o pessoal de emergência e da polícia civil podem ser chamados para a cena de um encontro próximo, real ou não …” Em linguagem prática, o manual examinaria os problemas potenciais, como a interrupção do transporte e comunicação, possíveis impactos psicológicos, físicos e especulações sobre sigilo governamental, apresentando também um encontro hipotético alienígena.
Baixe aqui o manual Fire Officer\’s Guide to Disaster Control.