A ciência procura vida fora da Terra movida pelo mesmo tipo de convicções de quem acredita que não estamos sós no universo. Até recentemente, a noção de vida extraterrestre – e muito menos de inteligência – era completamente especulativa porque não podia ser examinada por métodos científicos. Mas progressos numa ampla frente durante as últimas décadas convergiram para uma certeza: com a descoberta de mais de 300 planetas extrassolares é mais provável que exista vida extraterrestre, onde as condições são favoráveis. A vida pode estar amplamente espalhada pelo universo e existem sérias possibilidades de que a humanidade possa ser capaz de se comunicar com outras civilizações técnicas. Muitos sinais poderão estar viajando no espaço sideral a caminho do nosso planeta, mas é necessário se encontrar um sistema de tradução que decifre o que querem dizer. Uma experiência a bordo de um balão estratosférico da Agência Espacial Americana (NASA) detectou recentemente um sinal cósmico misterioso em freqüência de rádio. A descoberta foi anunciada durante a 213ª reunião da Sociedade Astronômica Americana, por cientistas que participam no projeto Absolute Radiometer for Cosmology, Astrophysics, and Diffuse Emission (ARCADE). A equipe detectou o sinal quando realizava medidas em microondas à procura da energia emitida pelas primeiras estrelas. A imensa maioria dos objetos cósmicos emite ondas de rádio, mas não existe um número suficiente de galáxias no universo que possa explicar a intensidade do sinal detectado. As galáxias teriam de estar praticamente coladas umas às outras, não havendo nenhum espaço entre elas para que o sinal dessas fontes pudesse ser medido com essa intensidade. Seria uma mensagem de uma remota civilização extraterrestre?
Diálogos cósmicos
Mensagens recebidas:
1. Geralmente são as antenas parabólicas gigantes que detectam ondas de rádio provenientes de estrelas longínquas, mas, desta vez, um misterioso sinal cósmico foi registrado por um balão estratosférico;
2. Chips capazes de realizar 50 mil milhões de cálculos por segundo identificam as ondas de rádio que podem ter origem em civilizações extraterrestres e separam-nas do ruído de fundo do universo;
3. O computador analisa os dados facilitados pelos chips e avisa os cientistas quando detecta um sinal que pode corresponder à vida inteligente extraterrestre.
Hipóteses mais viáveis
*Linguagem matemática – Segundo alguns cientistas, se existem extraterrestres inteligentes, estes deviam entender a matemática, já que toda a forma de vida inteligente necessita tratar com constantes de espaço, tempo e matéria;
*Raios laser – Alguns dos projetos SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence) procuram outros tipos de sinais, diferentes dos das ondas rádio. Se os extraterrestres utilizassem, por exemplo, raios laser, seria possível detectar a sua luz mesmo a 50 anos-luz, sendo então um método relativamente simples para se comunicar;
*Música – A música como veículo de comunicação é uma velha teoria. Se uma inteligência alienígena desenvolveu a música, esta deveria partilhar características com a nossa, pois as escalas a utilizar universalmente só podem ter de cinco a 31 tons. Mensagens emitidas
*Cartões de visita cósmicos – As sondas Pioneer 10 e 11 já abandonaram o Sistema Solar com cartões de visita cósmicos: uma placa a bordo nas quais estão gravadas mensagens gráficas. Indica como é o ser humano, o seu tamanho em relação às sondas e a posição da Terra no nosso Sistema Solar;
*LP para extraterrestres – Os cientistas da missão Voyager decidiram enviar informações sobre o nosso mundo e a nossa civilização. A solução óbvia foi fazer uso de uma tecnologia muito conhecida na época: a dos discos LP, capazes de armazenar informação em gravura que uma agulha traduz em sinais eletromagnéticos;
*Conversando com o espaço – É de cientistas do SETI a autoria da emissão da mensagem de Arecibo, enviada em 1974 pelo maior radiotelescópio do mundo para o agrupamento de estrelas M13, na constelação de Hércules e levará cerca de 26 mil anos até seu destino.
Distância e dificuldades
Nunca recebemos um sinal ou resposta de inteligências comprovadamente extraterrestres ou, se a recebemos, nossa ‘tecnologia de ponta\’ não conseguiu traduzir. Seria como um brasileiro conversando por telefone com um chinês. Quanto tempo seria necessário para conseguir um entendimento aceitável? Mesmo supondo que esses seres se parecessem conosco, já vimos em várias outras matérias que provavelmente os comportamentos seriam diferentes e, claro, os idiomas ou meios de comunicação também. Detectar uma mensagem alienígena é uma coisa, compreender e responder é outra. Temos também o fator distância, onde, por exemplo, se recebêssemos uma mensagem vinda de um planeta localizado a 70 anos-luz da Terra e respondêssemos rapidamente – com a mesma velocidade da luz, de aproximadamente 300 mil Km por segundo, demoraria outros 70 anos para aquela civilização receber nossa resposta, num total de aproximadamente 210 anos para completarmos apenas um ciclo de troca de “alôs”. A primeira e única transmissão do SETI foi feita em 1974, em direção ao aglomerado de Hércules (M13), a cerca de 26 mil anos-luz de distância, então uma resposta não pode ser esperada num prazo inferior a 52 mil anos, segundo nossos conhecimentos.
Conclusões – Sinceramente, não dá para se acreditar ainda que nosso aguardado contato com vizinhos cósmicos aconteça através da radioastronomia. Parece que nossos primitivos antepassados se comunicavam de maneira bem mais simples, rápida e eficaz com os “deuses”, onde monólitos, cavernas, tendas ou estranhos artefatos serviam como transmissores e receptores de mensagens ou ordens diretas de seres tecnologicamente superiores.
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