Infertilidade feminina, bebês com atrasos mentais e outras deficiências. Estes são alguns dos riscos da radiação no espaço, pelo que seria desaconselhável ter relações sexuais em Marte que possam levar à concepção, revela um estudo publicado no Journal of Cosmology, do Centro de Pesquisa de Ames. A instituição pertence à Agência Espacial Norte-Americana (NASA), que impõe um código de conduta aos seus astronautas. As preocupações e recomendações do cientista Tore Straume revelam-se mais importantes na medida em que há projetos em curso para a futura colonização do Planeta Vermelho.
O estudo do biofísico Tore Straume aponta para os possíveis riscos de uma eventual colonização humana, por causa desses efeitos. De acordo com uma reportagem publicada sobre as conclusões do investigador, o DNA – que se encarrega do desenvolvimento do embrião e do funcionamento de todas as células do corpo – é facilmente danificado pela radiação, sendo que esta abunda em Marte, naturalmente do próprio planeta ou procedente das explosões solares. Pesquisas experimentais realizadas com animais provariam que, mesmo pequenas doses de radiação espacial, são suficientes para destruir células somáticas, tais como as da pele.
Entretanto, no âmbito da experiência internacional Marte 500 (uma expedição simulada), um voluntário russo e outro italiano estiveram recolhendo rochas na superfície marciana. O “grande passo para a humanidade” ocorreu a apenas alguns quilômetros de distância de Moscou, nas instalações do Centro de Controle de Vôos Espaciais da Rússia.