Cientistas russos relançaram o debate sobre o misterioso cataclisma da Tunguska, na Sibéria, em 1908, afirmando ter encontrado nos locais da catástrofe pedras suspeitas e fragmentos do que teria sido uma nave extraterrestre, que teria se chocado com um cometa. No dia 30 de junho de 1908, um enorme clarão foi visto no céu da Sibéria, seguido de uma potente explosão, equivalente à de mil bombas atômicas, que devastou uma área de centenas de quilômetros ao longo do Rio Pidkamennaia Tunguska (região de Krasnoiarsk).
Os habitantes dos vilarejos e povoados siberianos sentiram uma espécie de terremoto – pessoas e animais foram afetados pela onda de choque. Como não foi encontrado na área nada que lembrasse um meteorito, os cientistas chegaram à conclusão de que teria sido a explosão de um cometa ou de um asteróide. O engenheiro Iuri Lavbine dedicou 12 anos de sua vida às pesquisas de rastros do “meteorito de Tunguska” e acredita ter finalmente solucionado um dos grandes mistérios do século 20, apesar do ceticismo dos meios científicos.
Lavbine preside a fundação “Fenômeno espacial de Tunguska” em Krasnoiarsk, que reúne cerca de quinze entusiastas – geólogos, químicos, físicos, mineralogistas – responsáveis pela organização regular desde 1994 de expedições aos locais da catástrofe. Segundo a hipótese de Lavbine, um cometa e um engenho voador misterioso teriam se chocado a uma altitude de 10 km, provocando o cataclisma. Lavbine e sua equipe afirmam ter encontrado durante uma expedição no fim de julho nas margens do Podkamennaia Tunguska, entre os vilarejos de Baikit e Poligus, duas estranhas pedras negras, em forma de cubos, de 1,5 m de diâmetro.
Essas pedras, cuja origem natural é desconhecida, teriam sido inteiramente calcinadas pelo fogo, mas sua matéria lembra as utilizadas para a construção de lançadores espaciais, embora se saiba que no início do século 20 não tinha nem aviões, explica Lavbine. O cientista acredita que poderia tratar-se dos restos de um engenho voador extraterrestre. Mas reconheceu que a análise das pedras ainda não começou. A importância da descoberta é minimizada pela ciência oficial.