Cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, dos EUA, e do Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear da Rússia descobriram o mais novo elemento químico superpesado, o elemento 118. O s resultado serão publicados na edição de outubro do periódico Physical Review C. Em experimentos conduzidos ao longo de 2006, os pesquisadores observaram o decaimento atômico em cadeias que demonstravam a existência do 118. Nessas cadeias, o elemento 116 – já observado anteriormente – era produzido a partir de do decaimento alfa de um elemento até então desconhecido, o 118. Decaimento alfa é o processo no qual um núcleo atômico expele dois prótons e dois nêutrons, unidos no conjunto chamado partícula alfa.
O experimento produziu três átomos do elemento 118, quando um alvo feito do elemento califórnio foi bombardeado com cálcio. A equipe observou o decaimento do elemento 118 no 116 e, depois, no 114. Essa descoberta eleva a cinco o total de novos elementos encontrados pela colaboração russo-americana (113, 114, 115, 116 e 118). “As propriedades do decaimento dos isótopos que fizemos até agora pintam um quadro de uma grande ´ilha de estabilidade´, e indica que poderemos ter sorte se tentarmos chegar a elementos ainda mais pesados”, disse o líder da equipe, Ken Moody. “Ilha de estabilidade” é um termo da Física Nuclear que descreve a possibilidade de existirem elementos com combinações especialmente estáveis de prótons e nêutrons, em números atômicos acima dos já obtidos. Todos os elementos com número atômico acima do 92 conhecidos até hoje são instáveis, e decaem em outros elementos com relativa rapidez. Espera-se que, quimicamente, o elemento 118 seja um gás nobre, entrando bem abaixo do radônio na tabela periódica.