A Administração Nacional Espacial da China divulgou novas imagens da sonda Chang’e-4, que no dia 03 de janeiro pousou com sucesso no lado oculto da Lua pela primeira vez na história. Além de registrar uma foto do panorama lunar, o equipamento chinês também fez um autorretrato em que é possível observar os diferentes componentes da sonda e as crateras lunares.
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (11), os pesquisadores chineses afirmaram que a análise preliminar da topografia da superfície lunar foi realizada com sucesso, graças à expedição do jipe espacial Yutu 2, que deixou o módulo de pouso e agora realiza a exploração de um local conhecido como Cratera Von Kármán, próximo ao Polo Sul lunar.
O Yutu 2 conta com um sistema de deslocamento especialmente desenvolvido para percorrer terrenos irregulares e apresentar um bom desempenho mesmo com a baixa gravidade da Lua.
(Autoretrato feito pela sonda chinesa Chang’e-4. Crédito: Divulgação)
A sonda Chang’e 4 pousou na Lua com um detector de radiação de nêutrons e outro detector de átomos para estudar como os ventos solares afetam a superfície do satélite. De acordo com a Administração Nacional Espacial da China, os equipamentos realizarão medições detalhadas do terreno e da composição mineral lunar: acredita-se que a região do Polo Sul lunar tenha sido formada durante uma gigantesca colisão.
A imagem foi liberada pelo Chinese Lunar Exploration Project (CLEP — o escritório chinês de exploração lunar) no Weibo, sendo replicada no Twitter de YE Quanzhi, pesquisador da Caltech. Na foto, vemos o módulo de pouso (lander) atrás do rover, que já está percorrendo o terreno lunar em sua missão.
(A imagem de 360º preparada pela agência espacial chinesa CNSA. Clique na foto para ver em maior resolução.)
A imagem foi enviada para a Terra pelo satélite de retransmissão Queqiao, posicionado em um local estratégico entre as órbitas da Lua e de nosso planeta justamente para permitir a comunicação da Chang’e 4 com os cientistas chineses, uma vez que a comunicação direta com o lado afastado da Lua não é possível.
O lander fez a fotografia logo depois de o Yutu-2 “acordar”, no dia 4 de janeiro, e a transmissão bem sucedida mostra que tudo está funcionando nos conformes, tanto a câmera e o rover, quanto o satélite de comunicação.
CLEP just released the first panorama from the #ChangE4 lander: https://t.co/4PeSrsqusg also confirms that @2Yutu has awoken and is doing well. pic.twitter.com/Q2LqbVqs9m
— YE Quanzhi (@Yeqzids) 11 de janeiro de 2019
Por conta da sincronia entre os movimentos da Terra e da Lua, parte do nosso satélite sempre permanece oculto ao nosso olhar, o que também dificulta o lançamento de naves para essa região: é a primeira vez que uma sonda desembarca nesse local. A agência espacial chinesa também divulgou um vídeo em que é possível observar as fotos do lado oculto da Lua em sequência:
Fonte: CNSA, Galileu
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