Já há muito tempo são freqüentes casos de avistamentos de discos voadores no litoral brasileiro. As testemunhas, quase sempre pescadores, relatam detalhadamente as incríveis aparições, despertando até mesmo o interesse da Marinha e de autoridades civis em geral. A exemplo disso, temos um episódio ocorrido na década de 70, quando um UFO caiu na Praia de Navegantes (SC), atraindo a atenção de vários pesquisadores. Doze anos depois, com base em informações obtidas do boletim 126/128, de janeiro de 1979, da extinta Sociedade Brasileira de Estudos Sobre Discos Voadores (SBEDV) nós, membros do Centro de Investigação e Pesquisa Exobiológica (CIPEX), iniciamos as investigações na área. Fomos atraídos principalmente pela possibilidade de ainda estarem sendo desenvolvidas pesquisas secretas no local.
Naquele ano, fomos até a Praia de Navegantes e descobrimos, através de vários depoimentos, que a data divulgada pelo boletim do SBEDV, 13 de setembro de 1975, estava incorreta, pois o evento em questão aconteceu em 02 de julho de 1974. O caso tinha sido pesquisado pelos escoteiros Marcelino Edmundo Claudino, hoje editor do jornal Folha de Lages, e Belisário Rogério de Souza, que foram informados erradamente pelo pescador Humberto Generoso sobre a data do incidente. Ambos eram apreciadores do Fenômeno UFO e tinham, inclusive, fotografado dois discos voadores sobrevoando a cidade de Lages (SC).
Naquele dia, 02 de julho de 1974, entre 14:00 e 15:30 h, pescadores da região viram um estranho objeto discóide deslocando-se no ar, em velocidade aproximada de 50 km. Ele era branco ofuscante, não tinha asas ou luzes e não emitia qualquer ruído. Segundo Humberto Generoso, que passeava com a família pela praia, o objeto parecia ter cerca de oito metros de diâmetro e três de altura. Em determinado momento, no entanto, ele interrompeu seu vôo, baixou em direção à superfície da água, até tocá-la, e ficou boiando à cerca de 100 m da costa.
Há mais de três décadas perdura o mistério acerca da origem do objeto voador não identificado que caiu numa praia do litoral catarinense
Estado de Perigo — As testemunhas estavam preocupadas com o suposto acidente e, imaginando que alguém a bordo do aparelho pudesse estar em perigo, dirigiram-se para o local da queda rapidamente, na esperança de resgatar possíveis vítimas. O pescador Ubelino Severino, no entanto, afirmou ter encontrado apenas uma leve espuma na superfície da água. Disse também que, à medida que remava seu barco em direção ao incidente, notou que o estranho aparelho afundava. Em questão de minutos ele já estava completamente submerso. José Custódio, ex-marinheiro, disse que não teve coragem de mergulhar à procura, pois não sabia nadar.
O que mais intrigou os pescadores foi o fato de que, se fosse realmente um acidente de avião ou algo assim, o Aeroporto de Itajaí, que fica a alguns quilômetros do local, teria enviado socorro imediato, o que não aconteceu. Eles também notaram que nada foi publicado nos jornais. Contudo, pouco tempo depois, a notícia da queda de um UFO em Navegantes apareceu com destaque em vários jornais de toda a região sul do Estado. A praia foi invadida por fotógrafos, jornalistas e curiosos, o que obrigou o delegado local a investigar o ocorrido. Ele concluiu que o relato das testemunhas era autêntico, pois todos os detalhes coincidiam. Na época, os moradores da praia acreditavam que o objeto caído no mar fosse algum artefato secreto de origem norte-americana ou russa.
Algumas testemunhas mais afoitas afirmaram que, dias após a queda da nave, barcos norte-americanos, estampando logotipos da NASA, teriam navegado em águas próximas. A Capitania dos Portos de Itajaí, que garante a segurança do tráfego marítimo na região, investigou in loco o incidente, mas não fez nenhum pronunciamento oficial. Ela foi guiada ao ponto exato da ocorrência, indicado pelo pescador Ubelino Severino, onde um mergulhador da Marinha submergiu para procurar os destroços do objeto. Ao retornar à tona, ele afirmou que nada havia sido encontrado, mas, ao subir no convés, teve uma conversa particular com alguns oficiais, voltando a mergulhar – desta vez com uma corda, que estava presa por uma bóia sinalizadora. O comandante da operação pediu a Ubelino que o comunicasse imediatamente se alguém tentasse pegar a bóia ou mergulhar no local.
Retornando a sua residência, o pescador ficou observando o movimento no mar até o início da noite, quando cansou e resolveu dormir, pois tinha que acordar cedo para trabalhar. Na manhã seguinte, ele percebeu que a bóia havia sumido. Telefonou então à capitania para alertar o comandante, mas funcionários que o atenderam não deram importância ao fato. Ubelino nos chamou a atenção para a possível existência de algo embaixo d’água, pois achou estranho terem colocado uma bóia sinalizadora e não reclamarem seu desaparecimento. O pescador também ficou intrigado com a conversa entre o mergulhador e os oficiais, como também com o fato de terem amarrado algo no fundo do mar, onde, de acordo com os moradores que sempre realizam pesca de arrasto na região, há somente areia. Por outro lado, o mergulhador poderia tê-la atado na quina que aparentemente existia na popa do estranho objeto. Nas semanas seguintes ao incidente não foi possível pescar naquelas águas – os peixes desapareceram misteriosamente.
Durante vários anos, muitos pesquisadores estiveram na praia de Navegantes, inclusive dois oficiais do Exército de Florianópolis (SC), que colheram depoimentos de moradores e pescadores locais. Estes, ainda hoje, evitam comentar o ocorrido, pois temem que a capitania casse suas licenças de pesca artesanal. Quando Humberto Generoso informou a Marcelino e Belisário a data errada da ocorrência, é possível que tenha se confundido com um outro caso ufológico, já que temos notícias de outros avistamentos no litoral catarinense. Daí surge a desconfiança de que exista na região uma base submarina ou zona de interesse dos extraterrestres. O falecido médico Walter Karl Bühler, na época presidente da SBEDV, comparou o objeto relatado em Navegantes com outros dois casos de avistamentos. O primeiro ocorreu em São Paulo, quando o estudante Antonio Carlos Freitas fotografou um disco voador sobrevoando o Bairro Jardim Europa, às 17:00 h de 13 de outubro de 1968. A ocorrência teria sido investigada pelo médico Max Berezovsky, integrante da Associação Brasileira de Estudos de Civilizações Extraterrestres (ABECE). O segundo avistamento aconteceu nos Esta
dos Unidos, quando um objeto voador semelhante ao observado em Navegantes foi visto aterrissando, conforme noticiou o Mufon UFO Journal, de setembro de 1977. Também podemos comparar as características destas aparições com o estranho objeto fotografado nos céus do Estado de Michigan, em 1957.
Após a investigação realizada pela Capitania dos Portos de Itajaí, vários mergulhadores civis de Camboriú (SC) e de Curitiba exploraram a área, mas nada foi encontrado. Quando estivemos na praia de Navegantes observamos uma velha placa da Aeronáutica na estrada que dá acesso a Blumenau (SC). Nela constava algo relacionado a pesquisas sendo desenvolvidas. Segundo informes não oficiais, existiriam ali anomalias magnéticas que provocariam a queda de UFOs – e esse seria o principal interesse da Aeronáutica no local. Tais falhas magnéticas não permitiriam que essas naves, que utilizam os chamados corredores magnéticos – caso essa hipótese seja verdadeira –, se locomovessem normalmente. O senhor José Custódio mencionou em seu depoimento um caso ocorrido enquanto pescava com seus amigos. Eles avistaram uma espécie de cano com um periscópio preto saindo d’água, que percorreu alguns metros e desceu em seguida. Seria um submarino?
Objeto Metálico — Em 1984, estivemos novamente no litoral catarinense e, desta vez, entrevistamos o senhor João Manuel Barreto e quatro testemunhas, que presenciaram um segundo incidente ocorrido em Gravatá, praia vizinha a Navegantes, exatamente uma semana após o primeiro incidente. Em 09 de julho de 1974, Barreto, sua esposa, seus vizinhos e sua sobrinha esperavam um carregamento que havia sido comprado naquele mesmo dia. Tratava-se de uma cama de campanha que seus hóspedes utilizariam ainda naquela noite. Todos assistiam tevê quando a senhora Olinda resolveu dar uma “olhadela” nas estrelas, enquanto aguardava a encomenda. Inesperadamente, observou uma forte luz proveniente das montanhas, vindo em sua direção. Com a aproximação, ela notou que tratava-se de um enorme objeto metálico, que pairou sobre sua casa. Segundo a testemunha, ele produzia um zumbido “gim-gim-gim” e tinha o formato de dois pratos emborcados. O objeto possuía ainda uma cúpula, com uma pequena antena, e uma janela que permitia ver dois vultos, aparentemente humanos, se movendo.
Efeito Eletromagnético — Enquanto isso, dentro da residência de Olinda começaram a ocorrer estranhos fenômenos. Na televisão, por exemplo, que estava ligada, apareceram diversos chuviscos. Além disso, as lâmpadas tiveram a intensidade da luz diminuída gradativamente, até a total queda de energia. Esses fenômenos são conhecidos como eletromagnéticos (EM), e apóiam mais uma vez a tese de pesquisadores franceses de que os UFOs possuem uma espécie de propulsão relacionada às ondas eletromagnéticas.
Depois disso, Olinda pediu a todos que fossem para fora da casa, onde poderiam observar o disco voador, que aparentemente era fosforescente e tinha janelas quadradas e coloridas. Estas, ao aumentarem sua velocidade rotativa, fundiram-se em diversas cores, até tornarem-se avermelhadas. Para espanto das testemunhas, o objeto permaneceu em cima da casa por cerca de cinco minutos, quando retomou seu movimento e se dirigiu ao mar, exatamente sobre o local da primeira queda. Chegando lá, parou e emergiu lentamente sob as águas noturnas. As testemunhas não dormiram o resto da noite e ficaram comentando o fato, pois nunca haviam visto nada parecido. Às 10:00 h da manhã a praia estava repleta de repórteres e curiosos em busca de informações sobre o ocorrido. Várias matérias foram produzidas com base em relatos de testemunhas, que desenharam o objeto observado nas areias da praia.
Segundo Barreto, uma semana antes dois pescadores da região haviam mergulhado para visualizar o primeiro objeto, caído no mesmo local. Ao retornarem, relataram apavorados que haviam visto algo estranho enterrado na areia, que soltava bolhas muito quentes na água. Dias depois, os pescadores foram encontrados mortos, próximos a algumas rochas. De acordo com as testemunhas, os corpos foram encontrados nus e enterrados rapidamente, sem necrópsia, pois já estavam em decomposição. Aparentemente, eles teriam se afogado. O mais curioso, no entanto, é que os pescadores eram os melhores mergulhadores da região e apenas eles haviam se aproximado tanto do referido objeto. Já especulando, poderíamos supor que o calor emanado do aparelho fosse radiação, o que, com a aproximação incauta dos pescadores, sem equipamentos adequados, ocasionou suas mortes.
Quanto ao mergulhador da Marinha, que também se aproximou do local, não tivemos nenhuma confirmação de sua saúde, mesmo porque não chegamos a conhecê-lo. De toda forma, podemos supor que nada ocorreu, já que quando ele mergulhou, horas depois da queda, conseguiu amarrar a corda, provavelmente na pequena asa que se encontrava na parte traseira (popa) do objeto. Este incidente serve, sem dúvida, para alertar curiosos ou pesquisadores despreparados para que se previnam contra possíveis situações semelhantes. Barreto acrescentou que o segundo UFO teria parado em cima de sua residência – talvez para precisar o exato local em que o primeiro caiu, na tentativa de socorrê-lo. Outra hipótese seria a de que os UFOs não estariam na região por acaso. Eles utilizariam o local para propósitos bem definidos, infelizmente ainda desconhecidos por nós. Em outras entrevistas realizadas com moradores do litoral catarinense, fomos informados que os avistamentos ufológicos continuam acontecendo atualmente. Não haveria uma íntima relação desses casos de quedas de discos voadores no mar com os conhecidos objetos submarinos não identificados (OSNIs), vistos muitas vezes por veranistas e marinheiros? O mar, ainda pouco explorado pelo homem, cobre 70% de nosso planeta e seria um local adequado para a manutenção de bases submarinas ou simplesmente para refúgio dos seres extraterrestres.
Semelhante a um Periscópio — Um dos casos mais interessantes registrados até hoje, divulgado em UFO 71, mobilizou até mesmo a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O fato ocorreu em 1963, quando o pescador Mons Lagetig surpreendeu-se ao ver um estranho objeto, semelhante a um periscópio, emergir do mar. Logo em seguida, uma embarcação que estava nas proximidades conseguiu rastreá-lo. O barco de guerra Tr
odhen também confirmou a presença daquele aparelho, através de um sonar de bordo, e mobilizou as forças norueguesas, visto que poderia ser um submarino estrangeiro. A preocupação foi tamanha que o próprio governo da Noruega destacou outros 30 navios para o local, além de solicitar ajuda de uma frota da OTAN, que realizava manobras nas águas daquele país. Graças à ajuda imediata o objeto foi rapidamente localizado. No entanto, pouco depois, ele desapareceu misteriosamente. Ocorrências como esta são muito comuns em todo o mundo e os governos não medem esforços para desmenti-las, tanto quanto o fazem com fenômenos envolvendo discos voadores em nosso céu.
Chupacabras no cinema e em livro
O Chupacabras voltou a fazer parte das notícias da imprensa. Dessa vez, a “vítima” foi o roteirista Ravel Centeno-Rodriguez, que foi contratado pelo estúdio Joe Roth’s Revolution para fazer um filme sobre a criatura. O Chupacabras da produção terá cabeça ovalada, olhos esbugalhados, sangue de réptil, dentes afiados, compridos e língua pontiaguda. Ele será produzido de acordo com o relato e descrição das testemunhas que presenciaram a aparição de uma dessas criaturas em Porto Rico, no ano de 1995. Até mesmo aqui no Brasil o assunto volta a chamar a atenção.
O ufólogo Carlos Alberto Machado, atualmente o único pesquisador brasileiro do fenômeno, está lançando o livro Olhos de Dragão – Reflexões Para Uma Nova Realidade. Machado também é fundador e diretor do Centro de Investigações e Pesquisas Exobiológicas (CIPEX). “Todos pensam que o Chupacabras é apenas um mito. Até no dicionário Aurélio ele foi parar! Mas apenas os que o viram ou às suas vítimas é que conhecem a verdadeira realidade”, afirma o autor, que escreveu o livro baseando-se em anos de pesquisas que fez pessoalmente sobre o assunto.
Os interessados no livro Olhos de Dragão – Reflexões Para Uma Nova Realidade, com 364 páginas, podem adquiri-lo ao preço de R$ 28,00 mais despesas de correio. Pedidos devem ser feitos diretamente com o autor, no endereço: Caixa Postal 24.555, 81570-971 Curitiba (PR), e-mail cipexbr@yahoo.com. ou fone (41) 277-1148.