Israel faz parte de uma região de conflitos políticos e religiosos em busca de poder e terras. Abrangendo uma área de 21.946 km2, é um país que conta com duas capitais federais, Telaviv e Jerusalém, e comporta seis distritos, 31 municípios, 115 conselhos locais e 49 regionais. Entretanto, Israel não é só cenário de guerra e violência como pensa a maioria da população. Em seu território, como em quase todo o mundo, existem provas incontestáveis da incidência do Fenômeno UFO, seja em meio a ruínas antigas ou entre a vegetação.
Zur Moshe, Bourgata, Nazret e Achihod são apenas algumas cidades onde se dão seguidos avistamentos e descobertas. Sorte é que muitos israelenses se interessam pelo assunto e procuram pesquisá-lo com o maior senso de responsabilidade possível, divulgando os fatos mais inusitados. Na maior parte das vezes, esses pesquisadores se dirigem até o outro lado do país, se necessário, para checar marcas e queimadas freqüentemente deixadas por UFOs. Os principais veículos de comunicação também abrem espaço para difundir a casuística ufológica local, relacionando-a a qualquer feito aparentemente inexplicável, como por exemplo as mortes de animais. Em janeiro de 1995, a cidade de Moshav Porath registrou um caso de mutilação onde centenas de carneiros foram encontrados em pedaços estirados no chão.
Mas o episódio digno da maior repercussão ocorreu em dezembro passado, quando o programa de televisão Evening News levou ao ar a bombástica notícia referente ao inédito aparecimento de um ET na colônia agrícola de Achihod, na Galiléia Israelense. A matéria dava conta de que um irreverente ser de cor verde, com cinco centímetros de altura, teria sido capturado e detido num frasco por um casal de camponeses da região. O suposto ET, extraviado de uma nave, ficou mantido sob um sistema refrigerado para evitar a deterioração precoce.
Conforme o testemunho do agricultor Yisrael Damti, o encontro face a face de sua esposa com o alienígena tinha acontecido numa noite de intensa atividade ufológica – o que na opinião dele atestava a origem extraplanetária do ET. Ao escutar um barulho anormal, Tziona, a esposa, teria saído para o quintal, de onde divisou a imagem imóvel e sinistra de uma criatura desconhecida próxima ao celeiro. Incrédula e assustada, encaminhou-se novamente para dentro da casa, voltando a dormir em seguida. Qual não foi porém a surpresa, quando ao abrir a porta, na manhã seguinte, o alienígena de forma humanóide, com cabeça grande, pés e mãos pequenas e sem orelhas, ainda estava lá, vivo, na mesma posição, segregando uma substância amarelada. Sem perder mais tempo, Tziona acionou a polícia para fazer uma diligência pelas imediações da fazenda.
Tentativa fracassada – A partir daí, a história vazou para a mídia, através do operador de rádio da localidade. Lá chegando, os policiais bem que tentaram uma aproximação com o ser no intuito de capturá-lo e colocá-lo num balde, porém o último foi mais esperto e pulou em suas costas, deixando-os completamente aturdidos. Na opinião da polícia, o ser não apresentava perigo à população, por isso foi deixado do mesmo jeito e lugar. Essa atitude foi motivo mais do que suficiente para suscitar o caso na mídia e o circo se armar.
O jornalista Barry Chamish, correspondente de um jornal em Israel, entrou em contato com o marido de Tziona, pedindo uma autorização para que pudesse filmar o alien. Permitindo, Yisrael disse que o corpo do ET estava se desintegrando rapidamente e parte de sua cabeça já havia derretido, “por isso é importante que venha logo”. Chamish, então, pediu para que o corpo fosse colocado em um saco de náilon e, depois, congelado. No dia seguinte, o Jerusalém Post divulgou em primeira página o caso do ET conservado num refrigerador doméstico.
Chegando à casa da família, Chamish não encontrou Yisrael. Segundo Tziona, seu marido tinha ido até um laboratório no Instituto Tecnológico Technion, acompanhado por outros profissionais da mídia. Mais tarde, Yisrael telefonou desculpando-se por não poder atendê-lo e comunicando que o alienígena seria submetido a uma autópsia. Logo em seguida, Chamish recebeu outro telefonema. Desta vez, eram Debby Segal, de um grupo de entusiastas de Ufologia, e Uri Avishav, avisando-o que não entrasse no jogo de Yisrael. “Tudo não passa de uma mera invenção e estratégia de marketing”, alertaram. Chamish, porém, cumpria ordens do editor do jornal para o qual trabalhava, e este havia lhe dito que se obtivesse a filmagem ou fotos de um alienígena real, poderia conseguir um bom financiamento para as pesquisas sobre o Fenômeno UFO.
Se inicialmente Yisrael e sua esposa haviam concordado com a filmagem da criatura, sem qualquer custo adicional, depois, com o interesse demostrado pelo jornalista, o casal exigiu o pagamento dos direitos autorais da fita. “Yisrael estava convicto de que seria um homem rico, caso a proposta fosse por mim aceita. Como não houve acordo entre nós, a filmagem foi cancelada. A partir daí, comecei a cogitar a hipótese de uma falsificação”, confessou Chamish. Sem outra alternativa, o repórter entrevistou Tziona, sem a promessa de pagá-la. E de acordo com sua declaração, a estatura do alienígena variava de cinco a vinte centímetros, “ficando, por vezes, do tamanho de um dedo indicador”, e o mesmo expelia uma grande quantidade de um líquido amarelo. Ao examiná-lo através de uma fotografia, Chamish atribuiu-lhe ainda outras características: olhos grandes e negros, corpo parecido com de um lagarto ou réptil, com quatro membros e sem dedos.
Fenômeno inédito – O ufólogo israelense Doron Rotwem, que investiga os UFOs há 24 anos, tendo a certeza de que era tudo invenção, informou à Imprensa que não tinha conhecimento sobre alienígenas com estas proporções. “Por isso duvido de sua veracidade”. No dia seguinte, Doron foi novamente à televisão, desta vez, para desmascarar os envolvidos no incidente. Depois dessa última entrevista, o ufólogo recebeu ameaças de membros da comunidade ufológica que, na opinião dele, exigiam um Roswell em Israel. “Mas eu tive coragem para dizer-lhes que este não era o caso”, contrapôs. Pelo que parece, o alienígena de Archihod era um jogo encenado, onde as vítimas eram Yisrael e esposa. Ou Tziona, impressionada pelos comentários sobre os avistamentos que se seguiam, imaginou ser extraterrestre um simples embrião de lagartixa ou réptil.
No dia seguinte, os noticiários anunciavam que um laboratório, cujo nome não seria mencionado, iria oferecer provas da veracidade da origem da criatura encontrada por Tziona. Ao ouvir tamanha barbárie, Chamish foi até a residência da doutora Fishman, médica especialista que analisou a substância desprendida do corpo alienígena, que emitiu a
seguinte opinião: “Uma simples biópsia feita com uma agulha revelou, em poucas horas, que a criatura, na verdade, era um embrião vertebrado aquático ou terrestre recém nascido, que achava-se ainda coberto com uma bolsa de múltiplas camadas gelatinosas”.
Doron Rotwem também concordou com esse ponto de vista, pois desde o início das investigações percebeu a fraude. “Eu cheguei a essa conclusão a partir do testemunho de Tziona. Ela disse que o ser estava morto no momento em que foi visto pela primeira vez. Entrou em contradição quando reportou mais tarde que a criatura estava miraculosamente viva e foi escondida em um refrigerador.
Apesar de não ter conseguido chegar ao intento de filmar um ET de verdade, Chamish elaborou um material sobre as ocorrências ufológicas, incluindo o caso de um fazendeiro, criador de ovelhas, que inexplicavelmente perdeu 15 de seus animais – coincidentemente na mesma noite em que foram vistos nos céus de Achihod e Tamara, na Arábia, alguns discos azuis luminescentes. Houve, portanto, atividade UFO naquela área do Oriente Médio. Em outros periódicos foram publicadas várias reportagens sobre eles, além de depoimentos traçando conexões entre os fenômenos em questão e o sumiço e mortes de animais.
Israel é um país sobre o qual muito pouco se fala em termos de Ufologia, assim como a maioria das nações do Oriente Médio. Isso dá a impressão ao leitor de que o país não se envolve em discussões sobre o Fenômeno UFO, talvez por questões religiosas. Mas nada está mais longe da verdade. “Existem alguns grandes ufólogos em Israel e estamos, juntos, investigando os melhores acontecimentos dos últimos anos”, disse ao editor de UFO o pesquisador alemão Michael Hesemann. Hesemann, editor da revista Magazin 2000, esteve no país recentemente para produzir mais um documentário a ser integrado à sua série.
Israel divulga sua casuística
Imagens chocante sobrecasos de pousos e ataques de UFOs a seres humanos e animais, em Israel, aparecem quase todos os meses nas primeiras páginas dos jornais ou em redes de televisão. Esses veículos de comunicação, apesar de estarem cumprindo com o compromisso de divulgar a verdade, não poupam recursos para denegrir e ridicularizar a imagem de qualquer pessoa envolvida com fenômenos ufológicos. A última vítima de que se tem notícia foi um fazendeiro da cidade de Nazret, o senhor Yuri Isakov que, no dia 14 de setembro passado, avistou uma enorme espaçonave a poucos metros do local de onde se encontrava. Com a sensação estranha de estar sendo sugado pelo UFO, minutos depois, o contatado se viu defronte a três criaturas anãs com no máximo um metro de altura e uma aparência descomunal, semelhantes a robôs, na companhia das quais permaneceu cerca de uma hora.
Tais seres, de cabeça e olhos grandes e sem nariz, falavam entre si em uma linguagem totalmente desconhecida e incompreensível. Não demorou para que surgissem outros anões, com aspecto físico um pouco diferente dos primeiros. Estes provavelmente eram os comandantes, pois ditavam ordens ao restante da tripulação. Dentre elas, a de espalhar uma substância amarela sobre o corpo do israelense, que entrando em estado de inconsciência completa, não assistiu aos demais procedimentos de abdução, ficando a mercê dos alienígenas até o momento em que acordou no pátio de uma escola da cidade. Ao recuperar totalmente a memória, o contatado procurou uma delegacia para registrar a ocorrência.
No início, os policiais de plantão não deram crédito ao relato do fazendeiro. Contudo, ao perceberem algumas marcas de picada de agulha em seu corpo, ainda sujo do pó amarelo, interrogaram-no. Então, o senhor Yuri recordou-se de que na ocasião sentiu uma repentina ardência no rosto, como se estivesse sendo queimado. Depois disso, foi submetido a exames laboratoriais que objetivavam a análise do resíduo da substância, onde foi, posteriormente, comprovada a presença de certos minerais, com exceção do componente básico da areia terrestre: a sílica.
Toda a experiência dramática vivida por Yuri Isakov foi transmitida em detalhes pelas redes regionais de televisão com base nas entrevistas feitas com um médico, a polícia e a vítima. O jornal israelense Maariv, em sua edição do dia 17 de setembro de 1996, também publicou a história, dando continuidade à série de matérias que vinha noticiando sobre o assunto desde o mês de agosto, quando a casuística em Israel atingiu seu ápice.
Errata da edição UFO Especial 17
Editar uma revista é um trabalho que parece simples, mas é bem complexo. UFO recebe textos para publicações de várias fontes. Autores nacionais e internacionais enviam o material que produzem às vezes datilografado, às vezes manuscrito, noutras até digitado ou em fitas cassete. Também extraímos boa quantidade de informações da Internet e de outras revistas ufológicas, geralmente internacionais, que são traduzidas por nosso pessoal.
De maneira geral, todos os textos que nos chegam para publicação, por serem originados de fontes diversas e nos mais variados formatos, devem receber uma revisão completa chamada copidesque, antes de serem publicados. Este processo consiste em corrigir erros ortográficos e tornar os textos mais legíveis ou jornalísticos, dando-lhes uma linguagem padronizada. A Equipe UFO tem três pessoas para fazer esse serviço.
O copidesque é essencial para tornar a leitura mais agradável, mas às vezes acontecem erros involuntários que mudam o sentido de alguns parágrafos publicados na revista. Na UFO Especial 17 aconteceu um desses equívocos, que mudou completamente o sentido de uma frase publicada no artigo de nosso co-editor, Marco Antonio Petit, à página 28.
Na primeira coluna, no 3° parágrafo, Petit queria dizer que, por terem vindo aos ufólogos para relatarem os fatos que presenciaram – em sigilo –, de forma alguma os militares envolvidos poderiam ser considerados como delatores, traidores da Pátria ou mesmo infratores da lei. Infelizmente, durante o processo de copidesque, nossa equipe trocou a ordem das palavras, parecendo aos leitores que, de alguma forma esses militares seriam delatores, traidores da Pátria ou infratores da lei.
Muitos leitores nos ligaram para informar a existência do erro, além, é claro, do próprio Petit, que acabou numa situação delicada pelo erro cometido em UFO Especial. Assim, publicamos essa errata para que os leitores tenham certeza do que o nosso co-editor quis falar. Aliás, cumpre aqui mais uma ressalva: é graças aos militares envolvidos, que vieram até os ufólogos para relatarem o que aconteceu, é que o Brasil e o mundo sabem a verdade sobre o Caso Varginha. Estes homens são, de fato, exemplos de decência, coragem e amor à P&aac
ute;tria.
A. J. Gevaerd, editor