
Lendo a matéria O que Leva Alguém a Estudar os Discos Voadores? [Edição 79], de Vanderlei D’Agostino, lembrei-me que em abril de 1958 contraí uma enfermidade muito grave. Naquela época, com oito anos de idade, ainda não me despertara para a Ufologia. Isto só viria a acontecer anos mais tarde, quando, já na faculdade, tive a oportunidade de participar do curso de Ufologia oferecido pela Associação de Pesquisas Exológicas (APEX), ministrado pelo doutor Max Berezowski, seu então presidente. No período de abril a maio de 1958, acometido pela pólio ou paralisia infantil, em determinada noite acordei e vi pela veneziana da janela, refletido no teto do quarto onde eu estava, um ser de feições felinas.
Dias depois deste inusitado fato ter acontecido, já me restabelecia da enfermidade, como num passe de mágica. Hoje, aos 51 anos, como pesquisador desde a época da faculdade e do curso com doutor Max, tive a grata satisfação de rever aquelas feições felinas, um tanto quanto assustadoras para um menino de oito anos tão gravemente enfermo. Revi um ser exatamente igual aquele na capa de um antigo exemplar da Revista Ufo, edição 18, de dezembro de 1991, com o tema Há Perigo em Contatar um ET? Talvez ele tenha me restabelecido para que eu pudesse ajudá-lo no futuro com minhas pesquisas, pois elas poderão vir a influenciar a humanidade positivamente.
Paulo Frederico Ippolito Giordano,
Grupo de Estudos de Objetos Não Identificados (GEONI),
São Paulo (SP)
Seriam os ETs Insensíveis?
Gostaria de fazer um comentário sobre o artigo Falta de Emoção nos Atos dos Extraterrestres [Edição 82]. O senhor Antônio Nelso Tasca fala da frieza dos extraterrestres em seus relacionamentos com os humanos. Talvez isso seja resultado do pouco conhecimento que eles têm dos seres humanos, ou da maneira como se relacionam. Mas, frieza mesmo, eu vejo onde ele cita partes da Bíblia, onde Deus fala com Moisés e seu povo, e afirma que foram extraterrestres se fazendo passar pelo Senhor. Caso fossem mesmo ETs, poderia ele explicar de onde surgiu o universo, os planetas, a Terra e, principalmente, os seres humanos e alienígenas? Aparecer do nada seria impossível. Mesmo que tenha havido uma explosão e o universo tenha nascido, como se explica tudo o que acontece tão perfeitamente em nossa vida? Se ele não acredita que foi Deus que falou a Moisés, não acredita na existência do próprio Senhor. E como é que alguém que não acredita que foi criado por Deus pode ser levado a sério? Para mim, é como se essa pessoa não existisse. Quanto ao que os extraterrestres querem na Terra, talvez seja a nossa facilidade em procriar.
Denise Krämer,
Navegantes (SC)
De Olho na Ufologia
Provavelmente, esta será mais uma tentativa de participação na seção Busca de Respostas, porque percebo uma tendência natural da Revista Ufo em só dar espaço para elogios. Este recado não é somente dirigido aos responsáveis pela publicação, mas também aos leitores e fãs da Ufologia, como eu. Acompanho a revista desde as primeiras edições, da Ufologia Nacional & Internacional até a Ufo, tendo sempre no comando editorial, A. J. Gevaerd. Desde as edições iniciais, percebi a tendência por parte da revista em associar o estudo da Ufologia com outros não tão científicos como a parapsicologia, misticismo e esoterismo.
Particularmente, nunca vi com bons olhos essa relação de temas tão distintos. A única justificativa para tal seria, como o próprio Gevaerd admitiu numa entrevista para outra publicação, o interesse comercial. Ao meu ver, esse tipo de associação incentiva o surgimento de falsos gurus, profetas ou simplesmente oportunistas como Urandir Fernandes de Oliveira, Thomas Green Morton, Eduard Meier, Rael etc, que ainda são apoiados por gente como Gugu Liberato, Elba Ramalho, Tiazinha e Ratinho.
Entretanto, na edição 84 de Ufo, as matérias Movimentos de Cultos aos Extraterrestres, de Vanderlei D’Agostino, Primeiro Clone Humano Foi Inspirado em ETs, de Fabrina Martinez e Urandir Usa Criatividade e Intensifica Mistificação¸ de Gevaerd, vieram oportunamente nos alertar quanto ao crescimento de seitas ufológicas e mesmo esotéricas, que proliferam não só no Brasil como no mundo todo. Este é um grande negócio seguindo a estratégia de igrejas supostamente evangélicas e cristãs que querem explorar a fragilidade momentânea de pessoas de boa-fé, desprovidas de informação. Tais entidades lhes prometem uma abdução salvadora antes do armagedon, ou um lote especial no reino do céu, em troca de valores materiais mundanos. Assim, o meu alerta é para que colegas se informem ao máximo, dentro da capacidade econômica de cada um, através de livros, vídeos, internet e revistas, e não percam a capacidade de duvidar e questionar. A Ufologia é um tema sedutor e atraente, mas como tudo que seduz é perigoso, e também pode ser decepcionante. Porém, só podemos exigir a verdade, mesmo se no final, tudo for mentira!
Eumário José Teixeira,
Teófilo Otoni (MG)
“Causos” Ufológicos
Quantos casos e quantas viagens extraplanetárias foram realizadas por simples terráqueos como nós? Cito aqui um caso de uma paciente minha que sonhava constantemente com seu bebê numa cúpula de vidro, alojado num ambiente onde ocasionalmente era permitida sua visita. Sua filha mais velha fazia desenhos dos lugares que sua mãe sonhava. Casos como este se tornam “causos”, talvez por serem banais, corriqueiros e, muitas vezes, são desacreditados por não termos um instrumento preciso para se medir a veracidade de cada fato. Percebemos que estamos sendo vistos, observados, testados e manipulados.
Elaine Villela,
nani@urbi.com.br
Sobre Ashtar Sheran
No meu ponto de vista, as religiões não deveriam ser citadas ou mesmo acusadas como se fossem as verdadeiras detentoras de toda verdade ufológica. Muito pelo contrário. As religiões são apenas um complemento neste complexo mundo que é a Ufologia. Acredito que seja muito para as pessoas afirmarem e afunilarem suas teses, com toda convicção, apenas no quesito histórico-religioso. Creio piamente na existência de vida extraterrestre e na relação que estes seres têm com a religiosidade e nossa evolução desde os primórdios da humanidade. Felizmente, as religiões são apenas uma das várias ferramentas de pesquisa. Nelas não se encerram toda a verdade. Isto significa que temos que arregaçar as mangas e buscar respostas, fundamentos e conclusões em vários campos do conhecimento humano, e não só na religiosidade. Comparar extraterrestres com anjos ou demônios, ou simplesmente acusar as religiões como ultrapassadas, no que se refere à Ufologia, é muito f&a
acute;cil e cômodo frente ao que ainda temos para descobrir. Então pesquisadores, mãos a obra!
Roberto Passos,
ufoberto@bol.com.br