A Boeing firmou uma parceria com a empresa Space Adventures, que já enviou turistas para a Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo de naves russas Souyz, a fim de explorar esse segmento. Para isso, a organização aérea espera ter em 2015 sua nova nave espacial tripulada, a CST-100, operacional. Ela é muito semelhante a cápsula Orion desenvolvida pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA), que por sua vez é uma versão maior, reutilizável e produzida com a tecnologia atual da Apollo que levou os astronautas à Lua. Com capacidade para sete pessoas, a nave da Boeing deve operar na órbita baixa da Terra, onde também se encontra a Estação Espacial Internacional.
A Orion da NASA estava sendo desenvolvida para servir a ISS e levar os norte-americanos novamente à Lua, por iniciativa do presidente George W. Bush. Pouco após a posse, o presidente Barack Obama fez menção de cancelar todo o projeto, realizado sob o Programa Constellation, mas o protesto de várias pessoas influentes, incluindo ex-astronautas do Projeto Apollo, o fez voltar atrás. Prossegue, dessa forma, o desenvolvimento da Orion para que os americanos não dependam unicamente das naves russas Soyuz e de sistemas semelhantes desenvolvidos por europeus e japoneses. Além disso, Obama pediu à NASA estudos sobre formas de chegar a outros objetivos, incluindo Marte e uma viagem a asteróide próximo da Terra.
A Boeing CST-100 será oferecida como alternativa para levar astronautas ao espaço e os turistas espaciais ocupariam os lugares vagos nos vôos. O preço das passagens não foi ainda definido. Ao mesmo tempo, a empresa SpaceX testou em junho seu foguete lançador Falcon 9, e sua própria nave, Dragon. Este teste ainda não foi tripulado. Todas essas naves devem substituir os ônibus espaciais, que serão aposentados em 2011.